quarta-feira, novembro 18, 2009

Dar de...

Frosques, o que são e para que servem? “Vou dar de frosques!” é uma expressão muito comum, no entanto, que objectos misteriosos são os frosques? Qual a sua forma? Que efeito têm nas marmotas? E no preço do barril de petróleo? Qual a etimologia da palavra frosques? O que é que isso interessa? Não sei, mas gosto de lançar perguntas para o ar. Não tenho a mais pequena ideia sobre o que serão frosques, mas há qualquer coisa nesta palavra que me faz lembrar cavalos. Cavalos e frosques são duas coisas que combinam lindamente, por exemplo: “Vou colocar frosques bordados a ouro em todos os cavalos” ou, de forma muito mais elaborada “Frosques! Grande cavalona!”. Penso que não há grande discussão acerca disto, a não ser que se queira discutir o significado de frosques. No entanto, sobre frosques não vou escrever muito mais, nem sobre cavalos e muito menos sobre o preço do barril de petróleo. Gostava apenas de referir que, apesar de não ter elucidado ninguém sobre o significado de frosques, (mesmo que ,à primeira vista, este texto aparente ser sobre frosques) é possível que “F.R.O.S.Q.U.E.S.” seja o título do próximo livro de Dan Brown o que seria uma grande ajuda para desvendar o mistério dos frosques. Já agora, este texto é, na realidade, uma análise da tendência de precipitação mensal na Amadora.

Bom, está na altura…vou dar de frosques! Ala que se faz tarde!

Saudações

domingo, agosto 16, 2009

Carta de campista: licença para martelar

Depois de Bona, estou de volta a casa e pronto para escrever sobre algo que me faz uma ligeira comichãozita no neurónio. Há uns dias atrás soube da existência de uma das melhores invenções de sempre, a carta de campista! Como é que eu arranjo esta carta?!! Imagino que tenha que estudar o código do trilho com módulos como “A escolha do melhor local”, “Pedras: o que fazer com elas?” ou mesmo “O mistério da defecação no mato”, sem esquecer claro, as aulas práticas e exame final de campista ali em Monsanto.

Por enquanto só tenho a carta de condução mas estou seriamente a pensar em tirar a carta de campista para ligeiros, tipo tendas para 1-2 pessoas e quiçá a carta de montanhismo também.

Como era de esperar, o tunning campista também tem alguns adeptos e até existe um nome para esses gajos -
“escuteiros”.

É tudo e até breve.

Saudações.

segunda-feira, julho 13, 2009

Escovagem dos dentes

A escovagem dos dentes está envolta num misticismo tal que é para mim muito difícil falar nela, por isso vou antes falar do diagrama de carga da rede nacional eléctrica. Ora bem, hoje, dia 13 de Julho de 2009, observou-se um pico na carga da rede eléctrica por volta do meio dia, estando o valor da carga em cerca de 5200 MW (MegaWatt, para os leigos). No entanto, este valor esteve um pouco aquém do previsto, os 5400 MW, por volta das 11 horas da manhã. Razões para esta falha de previsão? Não as sei. Mas sei que a partir de agora vou estar mais atento a estes gráficos da REN onde posso seguir em tempo real os diagramas de carga da rede.

Muito interessante... Mas interessante mesmo é o tema das escovas de dentes. Tão interessante que só de chegar perto de falar do tema até se me eriçam todos os pelinhos do corpo - PAUSA Curioso como a palavra eriçam é tão parecida com ouriço, e de vez em quando os pêlos do ouriço eriçam-se FIM DE PAUSA - gerando um arrepio.

Então mas o que é que a escovagem dos dentes tem de tão entusiasmante? Principalmente o facto de molharmos a escova sempre antes de escovarmos os dentes. Eu nunca percebi bem para que servia este gesto. Ao início pensei que fosse para limpar a escova que tinha passado a noite ali no seu suporte a apanhar bicharada e portanto, antes de colocar a pasta, passava-se a escova por água e esta ficava limpinha. No entanto, esta minha certeza desvaneceu-se quando vi pessoas a passar a escova por água apenas depois de colocarem a pasta. Neste caso a água já não chega a todas as cerdas, porque algumas delas estão tapadas por pasta de dentes. Para que serve então esta segunda passagem? Não sei, nem a consigo explicar, no entanto, pelo sim pelo não passei a passar a escova por água, quer antes de lhe colocar pasta de dentes, quer depois de lhe colocar pasta de dentes. Esta segunda faço simplesmente para que um dia ninguém me venha apontar o dedo e berrar os ouvidos "ENTÃO MAS TU NÃO PASSAS A ESCOVA POR BAIXO DE ÁGUA DEPOIS DE PORES PASTA?!". Assim, perde-se nuns mililitros de água, mas ganha-se em termos de aparelhos auditivos para estes meus tímpanos.

Não tão espectacular é o facto dos adultos não terem direito a pastas com sabor a morango! Porque é que para os adultos estão apenas reservados os sabor baseados no mentol? Eu também gostava de poder usar uma pasta que fosse em forma de estrela, cor de rosa e com um travo a morango. E gostava de poder fazer tudo isto sem ter de estar na fila do supermercado e dizer para a senhora da caixa "Esta pasta é para o meu filho..." e ela responder-me "Ai é? Que pena não o ter trazido, se o tivesse trazido não só a pasta era gratuita, como todo o resto das compras e ainda tinha um vale de 1000 euros para futuras compras aqui nesta superfície comercial. Ah, e eu (e quem me estaria a atender seria uma modelo dinamarquesa com as medidas 96-60-86, loira e premiada com o prémio "Mulher mais bonita do mundo 2009" (e sim, essa pessoa pessoa estaria a trabalhar numa caixa de um hipermercado em Portugal)) quero já fazer amor consigo aqui em cima deste tapete rolante! Não o trouxe, vou ter de lhe cobrar um imposto por levar pastas para crianças sem trazer a criança.".

Para o final deste post queria só relembrar que o blog continua e que estamos aqui para as curvas. Por isso esperem novo post lá para Setembro ou Outubro. Cumprimentos a todos!

domingo, abril 05, 2009

Bona - Vinhaça da boa

Ok, é o último por hoje! Só para mostrar o meu vício nos primeiros dias em Bona para afogar as más ideias sobre o gueto. Vinhaça da boa pá! Importante para a sua aquisição foi o facto de se poder abrir a garrafa sem saca-rolhas, e a qualidade claro (sou um verdadeiro conneceur em termos de vinho!) Este vinho é típico de Bona como se pode deduzir pelo nome "Coeur de Méditeerranée".

Saudações.

Bona - O comprimido

Olá outra vez! É só para deixar aqui o link para o myspace da banda cujo vocalista conhecemos aqui em Bona. A banda tem um som bastante interessante e chama-se "The Pill", o que até está relacionado com o mundo farmacêutico.


Link: http://www.myspace.com/wearethepill


Saudações.

Bona - Chegada e instalação

Hallo! Pelos vistos ainda não roubaram o meu portátil. Isto aqui no Hawai tem estado especta....em Bona tem estado razoável. Já estive na minha casa in gueto e deixo-vos um pequeno vislumbre da selva que é este gueto com pequena uma nota para pessoas mais sensíveis - 'Tás a ler isto? Sensível?!?! Que larilas! André pára de ler e olha para a foto! O GUETO:

(Reparem naquele gatuno cor-de-rosa mesmo em frente....fosca-se)

O que rodeia a residência é tão mau que estou a aproveitar uma longa estadia no apartamento da minha mais que tudo que tem vista para umas árvores muito mais jeitosas e esquilos. Não, não caço para comer. Já fizémos amizades e participámos num protesto com uma cadeira vermelha e tudo (parece estúpido mas é real).

Os comboios/eléctricos têm máquinas para comprar bilhetes dentro das carruagens o que é bastante bom. O problema é que só aceitam moedas mas as máquinas exteriores aceitam notas também. Porém, dado que na linha em que apanhamos o eléctrico cerca de 90% das estações não têm máquinas exteriores, é lixado quando só temos notas, o que já aconteceu. É das poucas coisas que não percebo por estas bandas. Isso, o jantar às 18:00, que é a hora do lanchito, e o facto de ter visto uma senhora a apanhar banhos de sol num relvado enorme em frente à universidde apenas de soutien e cuecas, uma visão um pouco aterradora uma vez que que ela tinha, assim de olho, cerca de 100 Kg.

Saudações

sexta-feira, março 27, 2009

Bona - Antes da Viagem

ERASMUS é o nome do programa a que me candidatei e consegui ficar colocado em Bona durante 3 meses. Bona...Quando pensamos em Bona pensamos em quê? Não sei, mas alguém me disse que a casa do Beethoven é para essas bandas. A viagem está marcada para dia 30 de Março, próxima segunda-feira, e o que é que me passa pela cabeça? "O penálti a favor do Benfica na final da taça da liga".
O meu entusiasmo esmoreceu um pouco quando me apercebi que a minha residência fica no chamado "gueto de Bona" com o nome de Tannenbusch, e, surpreendentemente, a residência chama-se Tannenbusch II. A princípio senti-me um pouco angustiado mas depois relembrei-me onde vivo e fiquei mais animadito. Note-se que a minha casa localiza-se na freguesia da venteira, Amadora. Se sobrevivi 23 anos aqui, 3 meses no "gueto" de Bona não me parece assim tão mau.
Além disso, estou super preparado para viver uns tempos na Alemanha, sei o essencial de alemão como "Ich möchte ein Bier" que traduzido fica "A razão, por si só, é falível, e essa falibilidade tem que encontrar um lugar na nossa lógica" o que dá sempre jeito em qualquer situação. Para além disso sei quase de cor algumas falas da série "Hamburgo 112".
Se houver alguma coisa kassabiana por lá reportarei de bom grado (a menos que me roubem o portátil).

Tschüs.

terça-feira, março 10, 2009

Soluções para a crise!

Acho que já não há volta a dar, temos de admitir que o país (e o mundo) está (estão) em crise. Podemos fazer alguma coisa para contrariar a crise e voltar a uma época de prosperidade? Provavelmente não. Os mercados económicos são demasiado complicados para que pessoas como nós entendamos o que por lá se passa. O que sabemos é que já não estamos em tempo de vacas gordas (para os que não conhecem esta expressão: não vão já a correr ali para a zona do instituto superior técnico à procura de senhoras que passam recibos verdes só porque pensam que elas perderam peso!). Então o que havemos de fazer se não percebemos nada de spread's, TAEG's e bailouts? "Diz-nos André, como é que podemos sobreviver a esta crise?!" Querem a resposta a isso? Simples! Escrevam um livro sobre a crise e como sobreviver a ela.

É verdade. Já passaram recentemente por uma dessas lojas cujo nome começa em F, termina em C e no meio tem completamente ao acaso as letras NA? Olhem bem para os expositores. Cada vez mais se acumulam livros com títulos como "Sobreviva à crise!", "Entenda a bolsa", "Mude a sua vida", "O segredo", e mais uma dezena de livros da autora Margarida Rebelo Pinto. Algum deles tem soluções viáveis para ultrapassarmos a crise? Não sei, nunca li nenhum, mas os da Margarida não têm de certeza, estes não apresentam soluções para a crise nem para nada que seja humanamente interessante. Quanto aos outros, pelo que sei as soluções que apresentam são coisas como "Poupe dinheiro e invista-o quando os preços forem baixos", "Se possível não se endivide em demasia". É preciso um sacana de um livro de €10 para me dizer isto? Não valia mais eu ter poupado os €10? E propõem-se estes senhores a orientar a minha vida e a prometer-me que daqui para a frente o único trabalho que vou ter é estender o braço para ir buscar uma pina colada que está pousada na areia, junto à minha espreguiçadeira, numa praia em Bali.

Já pensaram que quem orientou a sua vida foram eles a dar conselhos que todos nós já sabíamos? Por isso, como eu só quero o vosso bem, eis, completamente grátis (só para verem que o dinheiro não me interessa), um excerto do primeiro capítulo do livro que vou lançar lá para Maio a um preço promocional de €79:

"Olá! O meu nome é André e desde já bem vindo ao livro que vai resolver todos os seus problemas relacionados com a crise. Digo-lhe desde já que para sobreviver à crise já tomou o rumo certo: comprou este livro! Apresentarei de seguida uma série de soluções para que você e a sua família possam viver desafogadamente nos próximos anos. A primeira solução que lhe apresento é não comprar mais livros acerca de medidas para superar a crise, muitos deles tentam enganá-lo dizendo que têm soluções para a crise, quando na verdade são apenas uma maneira do autor ganhar dinheiro e poder sobreviver à crise. A segunda solução é que seja feliz: Viva todos os seus dias com uma felicidade imensa e contagiante. A terceira solução..."

O livro continua, mas se quiserem continuar a lê-lo apressem-se a chegar às livrarias em Maio, já que a partir de Junho o livro passará a custar €99, e (eis mais uma dica) isso não é bom para a vossa carteira.

sexta-feira, janeiro 02, 2009

Ajudante virtual

Estou a enviar estas letras para aqui apenas para informar que no site de uma cadeia de grandes lojas que vendem mobília e acessórios para a casa cujo nome começa com um "I", acaba num "A", e no meio tem a frase "O que é?" dita de uma forma extremamente rápida, existe uma ajudante virtual que pode deliciar o comum utilizador do PC por algum tempo. Basicamente, a ajudante virtual tem o objectivo de esclarecer algumas dúvidas colocadas pelos visitantes do site. A criatividade pode ser a chave de uns 20 minutos, vá lá de uma meia hora bem passada.

Saudações

O prometido é devido

Não me enterrei em livros ou em textos da internet para aprender alguma coisa sobre centopeias. Na verdade, não aprendi nada, e a pesquisa que realizei foi quase nula, conseguindo, no entanto, puxá-la um pouco para cima e encaixá-la na secção das "pesquisas bastantes insuficientes". Como o prometido é devido, aqui vai algo sobre os nossos amigos patudos: (podem ficar com a sensação que o que se segue é copy-paste de um site. Não faço comentários sobre isso, vou deixá-los mergulhar nesse mistério sem uma resposta para terem algo em que pensar naqueles momentos antes de adormecer).

Centopeia - É um predador que não é esquisito na comidinha. Os insectos fazem parte do seu menu, mas (e isto tem piada) não se sabe ao certo o que realmente come, comendo quase tudo com corpo mole e tamanho acessível. Suspeita-se que as minhocas sejam uma grande fonte de alimentação. Aprecia locais húmidos uma vez que perde muita água. Vive em vários tipos de habitat - savanas, florestas, desertos, entre outros.


Pensei que escrever sobre o ambiente e a alimentação das centopeias seria mais interessante do que o solo preferido, pelo menos para quem pretende criar uns bichinhos destes. Para além disso, pesquisar especificamente acerca do solo preferido das centopeias pareceu-me uma tarefa bastante mais difícil e um pouco mais parva.


Saudações

quarta-feira, dezembro 31, 2008

Toda a cerveja tem um preço

Toda a cerveja tem um preço. Poderia parecer um título absurdo ao considerar a cerveja um ser vivo passível de ser corrompível, no entanto, todos nós sabemos que não há nada mais íntegro que uma cervejola bem fresquinha! Porém, não é sobre honestidade que quero escrever, mas sim sobre cerveja e o seu preço.

Estive a fazer umas compras num grande hipermercado e passeava com um daqueles carrinhos azuis pequeninos que dá para levar tipo trolley. Dentro do carrinho só coisas saudáveis! Iogurtes dos bons e laranjas biológias! A certa altura lembrei-me "Para acompanhar os iogurtes e as laranjas, nada melhor que umas mines!". Claro que não podiam ser umas mines quaisquer, tinham que ser daquela marca cujo nome é semelhante a Super Homem, e também a Super Boca (e Super Bróculo também!). Lá fui eu para a secção das mines e pensei em comprar aqueles packs de 10. Se a memória não me falha, eram tara perdida e cada um custava cerca de 3 euros e 69 cêntimos. Antes de aviar um destes packs para dentro do carrinho, reparei no preço das mines a vulso com tara retornável - 24 ou 28 cêntimos a mine (+ 0,04 euros da tara por mine, mas não se esqueçam que é retornável). Mesmo se não fosse tara retornável, não são precisos grandes golpes de matemática para perceber que fica bastante mais barato comprar a vulso. Fiquei cerca de um minuto a pensar nisto e a resposta para este enigma surgiu - é o cartão do pack que encarece o produto! O título deste post deveria ser "Todo o cartão tem um preço".
É tudo por hoje.Talvez faça uma dissertação sobre o melhor piso para criar centopeias numa próxima vez.
Saudações.

sábado, dezembro 13, 2008

Auto-plágio

O plágio é uma arte muito bonita. A ideia de pegar em palavras ou ideias de outro e fazê-las passar por nossas ideias é genial. Para além do conceito, a própria palavra plágio é bonita. Plágio. Plágio parece um nome de jogador de futebol italiano, "plátchió". Com tanto elogio ao plágio, vocês devem estar a questionar-se "Será que os temas e as rábulas tão engraçadas que o André traz a este espaço de comédia não são plagiadas de algum lado?". Ao que eu vos respondo com palavras da minha autoria "Só sei que nada sei!".

A verdade é que reparei que recentemente plagiei alguém. O meu problema é que eu não posso ser como as pessoas normais e ir plagiar autores de renome, ou autores só de nome, mas com ideias, de facto, boas. Não. Aqui o André foi plagiar quem? Ele próprio, e neste próprio blog. O acontecimento deste acto demonstra várias coisas.

A primeira, é que ao contrário do que eu esperava, este blog não tem fãs histéricas à porta à espera que eu chegue. Fãs que saibam os meus textos de cor. Fãs que saibam até onde se põem as vírgulas nos meus textos. Na verdade, quem lê isto, nem repara assim tanto no que eu escrevo, senão teriam reparado que os posts "A história dos três porquês" e "Os três talheres" começam exactamente com a mesma alegoria. Um paralelo muito parvo entre histórias sobre três coisas e o conto infantil dos três porquinhos. Sim, é verdade. Constatem-no com os próprios olhos. Pior, depois da comparação entre as duas situações, eu digo praticamente a mesma coisa, digo que fiz um trocadilho entre as duas situações. E toda a gente sabe que uma comparação parva entre duas histórias não é um trocadilho. Um trocadilho é qualquer coisa como esta, que eu inventei "Estou em forma... Redondo é uma forma, não é?". Isto sim é um trocadilho de qualidade da minha autoria. E repito, da minha autoria, especialmente se se puder considerar plágio como coisas da minha autoria.

A segunda coisa que este acontecimento permite demonstrar é que eu tenho uma vida muito triste. Que outro autor de blog lê os seus próprios textos tantas vezes que consiga reparar que escreveu em tempos diferentes dois posts com piadas iguais? Porque é que o autor deste blog não vai fazer outras coisas tão interessantes na vida, como ir ler outros blogs? A resposta a esta pergunta é fácil. Simplesmente porque tenho medo de me inspirar de tal maneira pelas ideias dos outros que acabe por fazê-las passar por minhas ideias. É que há pessoas com muito boas ideias.

Uma terceira coisa demonstrada por este episódio, e esta sim, é mais feliz, é que eu tenho um tipo de humor muito coerente, de tal ordem coerente que consigo repetir as mesmas piadas vezes sem conta até que as pessoas se riam.

segunda-feira, outubro 06, 2008

Papéis e películas...

São coisas indispensáveis de qualquer dispensa que se preze, daí o adjectivo: indispensável na dispensa. Feito o trocadilho inicial estúpido, e já habitual, resta-me falar desses tais produtos, são eles o papel de alumínio, a película aderente e o papel vegetal. Atrevo-me a classificá-los como os produtos mais estranhos alguma vez criados à face do planeta Terra, e podiam ter sido criados e mantidos isolados, mas não, curiosamente andam sempre juntos.

Vamos agora reflectir em cada um deles em separado, nas suas propriedades e características, para que, também vocês, fiquem com a ideia de quão estranhos são estes bens.

Comecemos pelas senhoras, a película aderente. Tal como os outros vem sob a forma de um rolinho, mas esta deve ser a pior maneira de arrumarem aquilo. Assim como com a fita-cola, se perderem a ponta da película aderente podem deitar fora a salada de frutas que iam tapar com aquilo. É que, seguramente, não vai aguentar os 30 minutos que vão perder de volta daquele rolinho à procura da ponta. Pior, quando encontrarem essa ponta, provavelmente, vão ter dificuldade em descolá-la de um lado ao outro. E mesmo que o consigam fazer, vai ser impossível manterem aquilo esticado sem que se comece a enrolar, como que guiado por forças invisíveis. E na possibilidade ínfima de terem conseguido manter ali uma folha esticadinha, eu pergunto, como é que aquilo se corta?

Deixo esta pergunta no ar e passo para o próximo artigo, o papel vegetal. Começa logo pelo nome, aquilo tem origem numa planta? Eu sempre ouvi dizer que o papel vinha das árvores, sendo assim todos os tipos de papel são vegetais e este devia chamar-se simplesmente papel. A menos que tivesse uma origem diferente, vindo por exemplo, de uma girafa, passando a chamar-se papel animal. Se estranho é o nome, mais estranhas são as propriedades deste papel, especialmente aquela que fascina todas as crianças, a capacidade de fazer cópias. Não é estranho que seja possível desenharem um boneco de um lado e virando a folha ao contrário com o simples passar de um lápis por cima do boneco ele fique desenhado numa folha branca? Muito estranho.

Deixei para o fim o que talvez me fascina mais, o papel de alumínio. Não só pela forma como aquilo vem arrumado. Sim, é um rolinho como os outros, mas experimentem desenrolar e voltar a enrolar um pouco. É impossível, vai ficar cheio de vincos. Como é que eles conseguem enrolar aquilo sem nenhum vinco? Outra propriedade interessante é o facto de, por mais tempo que o deixem no forno, aquilo não aquece. Não acreditam? Ponham um tabuleiro de metal com uma folha de papel de alumínio por cima no forno, para tirarem o tabuleiro de metal precisam de uma luva, mas a folha até um bebé tira. Por fim, para experimentarem a característica mais gira requer algum trabalho. Primeiro têm de comer muitos doces e não lavar os dentes durante algum tempo, até que ganhem uma cárie. Depois vão ao dentista e peçam que ele vos trate dos dentes. Por último, quando chegarem a casa, façam uma bolinha de papel de prata e trinquem com um dos dentes que tenha sido recentemente chumbado! Yuu-uuu!

São ou não são as 3 invenções mais idiotas da história?

P.S. - A administração deste blog não se responsabiliza por eventuais danos causados à saúde pela ingestão de doces em excesso.

sábado, outubro 04, 2008

CAPTCHA!

O acrónimo CAPTCHA deve derivar de Caraças As Palavras esTão Complicadas paHra cAraças! Peço desculpa pela minha idiotice, mas depois de ver tantos CAPTCHAs os neurónios começam a deixar de funcionar. O que é o CAPTCHA? Para vos explicar temos de voltar uns anos atrás.

O primeiro computador surge com a invenção do transístor... Ok, não é necessário ser tantos anos. Vamos andar um pouco para a frente até ao surgimento da internet. Já estamos no ano em que surgiu a internet e se começaram a trocar e-mails? Ok. Então decerto se lembrarão que foi mais ou menos nesta altura que surgiram as primeiras mensagens de spam. Querem que explique o que é o spam? Irra, que vocês são chatos... O spam são aqueles e-mails que recebemos e que nos prometem relações sexuais duradouras, se comprarmos um comprimido qualquer milagroso, ou que nos prometem fotografias e vídeos de moças desnudadas. São portanto aqueles e-mails que devem ir directamente para o lixo sem passar pela casa de partida, nem receber 2000 escudos. Aliás o acrónimo SPAM significa Só Porcaria no(A) Mail. Senti que por momentos vocês acreditaram que eu ia de facto dizer qual era a origem etiológica da palavra spam.
Bom, e onde é que entra o CAPTCHA no meio disto tudo? Entra no sentido de combater o spam. Como? Uma vez que actualmente o spam já não está só nas caixas de e-mail, mas também sob a forma de comentários em blogs ou em qualquer sítio na internet onde se possa deixar uma mensagem, e já que muitas destas mensagens de spam são enviadas por robots que procuram justamente esses sítios onde se podem deixar mensagens, uns senhores da informática decidiram arranjar uma maneira de impedir que esses robots conseguissem publicar o spam.

Como é que eles o fizeram? Pensaram o que seria difícil um robot fazer automaticamente, e chegaram à conclusão que seria ler letras a partir de uma imagem, os tais CAPTCHAs. Obviamente que os senhores do spam arranjaram logo uma maneira de por esses robots a ler estas letras. Foi necessário então arranjar mais artifícios para impedir que os robots o façam. Então aproximaram mais as letras, para os robots não perceberem onde começa e acaba cada letra; passaram a colocar as letras em várias fontes, para os robots não saberem de que tipo de letra estão à espera; distorceram as letras; desfocaram as letras; ou colocaram riscos por cima das palavras.

O problema é que ao fazerem tudo isto esqueceram-se de uma coisa, é que os humanos é suposto continuarem a conseguir ler aquilo! Eu já vi algumas destas coisas tão complicadas que fiquei na dúvida se aquela letra era um Q ou um I. Eu acho que isto está a chegar a um ponto em que vamos ter de instalar um programa de spam no nosso computador que seja capaz de deslindar que letras são aquelas...

Se ainda têm dúvidas do que é um CAPTCHA ou se nunca viram nenhum, tentem publicar um comentário aqui no blog, já que este evita mensagens de publicidade nos comentários recorrendo a este método.

domingo, setembro 21, 2008

Tu queres ver?

Corria o ano de 2005. Corria se calhar é um termo exagerado... O ano de 2005 está para o ano de 2008, como o Francis Obikwelo está para o Usain Bolt. O ano de 2005 é um avião comercial e o de 2008 é um caça. O ano de 2005... Ok, acho que já perceberam. Mas então, o que aconteceu no ano de 2005? Foi fundado o Kassabian. E em que dia? Dia 7 de Setembro. E este é um post de parabéns? É sim, senhor. Percebem agora porque é que eu digo que o de 2005 andava e este corre? (Todos em coro) Percebemos!

Na altura, e nos anos seguintes, eu conseguia escrever com regularidade e conseguia até lembrar-me de mandar um beijinho de parabéns ao blog. Este ano passou-me completamente ao lado. É até desprestigiante para um blog que fez tanto por mim. Estamos a falar do meu primeiro (e até à data único) blog. Aquele em que eu escrevi as primeiras palavras. Aquele que me permitiu ser reconhecido na rua, quando alguém apontou para mim e disse "Tu és o André... do Kassabian...". Aquele onde eu pude vestir-me de mulher pela primeira vez sem ter medo que as pessoas apontassem o dedo e dissessem "Granda pa*#@!eiro que este gajo me saiu!". As pessoas viram-me vestido de mulher e disseram "Ahahah! Este André é mesmo engraçado!". Na verdade, homens que ainda não tiveram oportunidade de se vestir de mulher por vergonha, e querem dar-se a esse prazer, criem um blog, garanto-vos que depois de escreverem meia dúzia de larachas ninguém vos vai olhar de lado.

Já passaram 3 anos! Será que isto vai continuar? Talvez continue, apenas com a regularidade de um post mensal. Mas eu gostava de ter 84 anos e ainda vos poder escrever de Marte no meu teclado holográfico. Sim, eu acredito que em 2070 já ninguém habitará a Terra. A Terra será a Buraca do Universo. Eu hei-de morar em Marte, que será o equivalente à actual Amadora. É que fica ali às portas da capital do sistema solar, Júpiter. Sim, Portugal ficará com o sistema solar. Nessa altura a grande superpotência universal estará situada na galáxia 76-X-34 e no sistema Klinigot.

Posto isto, fica então aqui, um grande beijinho de parabéns (atrasados) para o meu blog mais querido. Na esperança de para o ano eu me lembrar dele 14 dias antes.

domingo, agosto 31, 2008

Os três talheres...

Eram uma vez três talheres que decidiram fazer um prato. O primeiro fez um prato de palha. Veio o utilizador e, como a comida estava quente, soprou e o prato voou. O segundo [...]. O terceiro fez um de loiça e esse resistiu. Não criei o título deste post apenas para fazer um trocadilho com a história dos três porquinhos. Criei-o porque há algo que me aflige há algum tempo e que são as refeições que vêm acompanhadas de três talheres: um garfo, uma faca e uma colher.

O exemplo mais comum disto é num restaurante chinês, quando pedimos gelado frito. Para começar o conceito de gelado frito é, já em si, estranho. É aquecer uma coisa que é gelada. Faz tanto sentido como um gelado de chocolate quente. Mas a acompanhar este erro da culinária vem geralmente acoplado um kit de três talheres. A minha recorrente pergunta, que inclusivé já cheguei a colocar ao empregado do restaurante, mas à qual ele me responde sempre a sorrir e dizendo "Quele pauzinhos pala comele gelado?", é "O que é que eu devo fazer com estes três talheres?".

Eu nasci com dois braços, os quais têm na extremidade uma mão cada um, perfazendo um total de duas mãos. São estas mãos que são utilizadas para segurar os talheres. Ora, fazendo as contas, com duas mãos faria sentido virem dois talheres. Mas o que é que esta gente dos restaurantes faz? Como não sabem exactamente com que talheres se deve comer um gelado frito, porque se por um lado é gelado deveria ser comido com uma colher, por outro é um frito, e tal como os douradinhos, deveria ser comido de garfo e faca, dão-nos os três talheres e deixam a decisão nas nossas mãos (literalmente).

É aqui que reside sempre a minha dúvida. Eu vou a um restaurante para que me sirvam, para que eu não tenha de pensar muito, para me divertir. Estes senhores fazem-me a perder o meu tempo, e fazem com que o meu gelado acabe por derreter, pelo simples facto de não terem dito para eles "O gelado frito é com garfo e faca!". Não custava nada e eu não tinha de ficar com uma casca frita e um "molho" de baunilha no meu prato. É que quando chega o gelado eu vejo-me obrigado a fazer as três combinações possíveis de talheres: Garfo+Faca, Garfo+Colher, Faca+Colher. É que todas são viáveis e com todas é possível comer a sobremesa, embora tenhamos de ser bastante rápidos a fazer a decisão se optarmos pela primeira hipótese, uma vez que se torna muito difícil apanhar o que resta do gelado de baunilha com o garfo. Partimos então para a segunda hipótese, que sendo também possível, torna-se difícil de concretizar devido à dureza substância crocante à superfície do gelado. O lógico seria então a terceira hipótese. Mas que raio de combinação de talheres é esta? Nunca vi, num restaurante, um prato a vir acompanhado de uma faca e de uma colher.

Sinceramente não sei o que fazer, mas penso que para tornar este jogo mais divertido, seria interessante juntarem também dois pauzinhos e um daqueles instrumentos para servir o esparguete ao kit que acompanha o gelado.

sábado, julho 26, 2008

Profissionalismo

Há muita gente que se considera profissional nalguma coisa. Há profissionais no atletismo, há profissionais no futebol, há até quem se auto-intitule "O melhor" a fazer umas ameijoas à bulhão pato, todos esses são bons a fazer algo. Até há pouco tempo eu achava que não prestava para muita coisa, já que desportos, cozinha ou golfe não são o meu forte. Hoje, finalmente, eu descobri a actividade em que me destaco, o "fazer a cama a puxar as orelhas".

Muitos estarão a pensar, como é que ele consegue fazer a cama enquanto tem as duas mãos ocupadas a puxar as orelhas? Para essas pessoas vou explicar em que consiste este meu exercício. Consiste na capacidade de fazer a cama sem puxar individualmente cada um dos lençóis e cobertores, mas sim de puxar tudo ao mesmo tempo. Esta é uma técnica que requer algum treino, já que muitos amadores que a praticam acabam por não ter atenção aos pormenores e deixar os lençóis que estão por baixo com alguns vincos. É necessário ter cuidado, e depois de esticar os cobertores, por uma "mãozinha" por baixo destes, procurar os lençóis e dar um "esticão" para que tudo fique direito.

Eu considero-me tão bom nesta técnica que desafio qualquer pessoa sensível, daquelas pessoas que dizem que se os lençóis não estiverem perfeitamente esticados não conseguem dormir, a comparar uma cama feita por mim e uma cama feita pelo maior profissional de "cama às camadas". Acho piada a essas pessoas. Como é possível que pelo simples facto de terem um vinco por baixo do braço esquerdo não consigam dormir? Aquilo causa-lhes uma tamanha comichão que se ficam a coçar durante toda a noite e não conseguem pregar olho? Arranjem qualquer coisa com que se entreter, estilo empilhar revistas só com uma mão ou equilibrarem ursos de pelúcia no dedo mindinho... Actividades em que também considero que sou razoavelmente bom...

quinta-feira, julho 10, 2008

Diário de um caçador de melgas...

5h30: Acordei, porque tal como um bom pescador que se levanta cedo, é esta a hora que as melgas mordem mais. Na verdade, acordei porque ouvi um zumbido. Penso que as leis da selecção natural de Darwin não se aplicam às melgas, aliás, acho que toda a teoria da evolução se desfaz quando consideramos as melgas. Em teoria estes bichos já não deveriam fazer qualquer barulho a voar (para que as suas vítimas não os ouvissem), mas o que acontece na realidade é que não só fazem muito barulho, como insistem em fazê-lo aos nossos ouvidos.

5h35: Depois de tentar dormir por tapar as minhas orelhas com um cobertor, começo a sentir demasiado calor e sou obrigado a destapar-me. Não vale a pena, vou ter de acender a luz.

5h36: Acendo a luz da mesa de cabeceira e caminho até ao interruptor para ligar a luz.

5h38: Ligo o modo "Seek and Destroy" e não demoro mais de 1 minuto a encontrar o meu alvo numa parede. Mais uma vez as leis de Darwin não se aplicam: as melgas já deveriam ser brancas para se confundirem com a parede.

5h40: Procuro uma almofada e aproximo-a lentamente da parede, sei que um movimento em falso me fará custar várias horas de sono. Quando a almofada se encontra a 10 cm da parede decido atacar. Simples e eficaz! Matei a melga! Agora tenho mais 5 horas de sono pela frente. Desligo as luzes, puxo os lençóis e tento dormir.

5h45: Será que este barulho era um zumbido? Ou já estarei apenas a imaginar coisas? Não deve ser nada. Vou mas é tentar dormir.

5h47: Agora tenho a certeza que era um zumbido, mas está tão longe. Talvez não seja. Talvez seja apenas um carro a passar numa rua distante, ou o vento na janela.

5h50: "Zummmm..." foi o que ela fez aos meus ouvidos. Não acredito que tenho mais uma melga no meu quarto... Repito todo o processo de ligar as luzes e activo mais uma vez o modo "Seek and Destroy".

5h55: Consigo encontrá-la numa parede. Qual é a probabilidade de a encontrar tão facilmente? Esta vai ser destruída tal como a sua parente.

5h56: Não acredito que falhei! Onde é que está agora a melga? Quanto tempo vai levar a pousar? Será que vou ficar acordado muito tempo?

6h15: Pela primeira vez consigo voltar a encontrá-la em voo, mas rapidamente a perdi de vista porque na sua trajectória ficou com os cortinados como pano de fundo. Agora percebo porque as melgas são escuras. Afinal Darwin ainda tem razão.

6h30: Voltei a encontrá-la e ela está a voar para a mesma parede onde esteve parada há 30 minutos. Parou! Não acredito que vou poder finalmente dormir. Preparo a almofada. Devagar. Porra! Falhei!

6h40: Vou ter de desistir. Ela levou a melhor. Vou tentar cobrir-me com o lençol e dormir.

7h20: Consigo ouvi-la do outro lado do lençol, mas sei que não vou passar de predador a presa pois ela não será capaz de passar a o lençol. Julgo até ouvi-la a tentar picar o lençol. Acabei por levar a melhor. Apesar de não conseguir dormir por causa do barulho, também não a deixo alimentar-se.

10h20: Acabo por me levantar, se a apanhasse agora iria fazê-la sofrer. Não encontro e desisto, vou fazer a minha vida normal.

10h30: Lembro-me que tenho uma maneira de a destruir. Vou usar o que Paul Ehrlich chamava de balas mágicas, algo que mata apenas os parasitas e não o ser humano, "Raid - Casa e Plantas". Ahahah!

10h40: Continuo ainda com o meu riso maléfico. Mas, de repente lembro-me: e se ela sobreviveu? Não vou conseguir fazer mais nada o dia todo, estou a viver um filme de terror, parece-me que sempre que cruzo uma esquina ouço aquela música de suspense. Ou será apenas ela a zumbir-me aos ouvidos?

quarta-feira, julho 02, 2008

Pensamentos...

Já não escrevo no blog há algum tempo. Principalmente por falta de tempo, mas também por falta de imaginação. No entanto, há algo que me tem deixado intrigado nos últimos dias e que tenho de deixar aqui sob a forma de um pensamento.

Muitas pessoas têm blogs apenas com pensamentos e frases chave, como "Viva um dia de cada vez" ou "Pare, pense e peça, são tudo palavras começadas com P, mas que nada têm a ver umas com as outras". Julgo que neste blog nunca se fez um post com um pensamento e acho que chegou a hora. Portanto, aqui vai.

Se quem tem medo compra um cão, quem tem medo de cães o que é que faz?

E para não dizerem que vão daqui sem levar nada, aqui está mais um pensamento.

Será que o maior arqui-inimigo de um super-herói cujo seu poder é transformar-se em água é o rolo de papel de cozinha super absorvente?

E pronto, por hoje acho que é tudo. Despeço-me com votos de felicidade e que nunca se esqueçam que "O Amor é aquele que está presente, quando se está ausente".

segunda-feira, abril 28, 2008

Relógios

Relógios são algo que não utilizo. Tudo começou quando descobri que o telemóvel me poderia dar as horas e, para além disso, o facto de não ostentar sinais exteriores de riqueza, me daria maiores probabilidades de não ser assaltado. Desde a altura em que deixei de usar relógio que não voltei a ter vontade nem necessidade de ter um. Até porque o relógio me levanta alguns problemas, como o "Será que devo usar no braço direito ou esquerdo?". Um pouco como o risco do cabelo. Por todas essas razões acabei com os relógios, e também com o risco no cabelo...

Há situações em que pode ser aborrecido não ter um relógio. Por exemplo, num exame não consigo saber quanto tempo tenho para acabar de o fazer. No entanto, isso tem a vantagem de não aumentar o meu nível de nervosismo. Penso que deve haver pessoas que não fazem os exames, não porque não saibam, mas porque estão constantemente a pensar "Já só tenho 60 minutos para acabar o exame... Já só tenho 30 minutos para acabar o exame... Já só tenho 5 minutos para acabar o exame... Já devia ter entregue o exame no momento em que o professor saiu da sala.".

Tudo isto dos relógios envolve um grande mistério. Esse mistério não é o "Como é que eles funcionam?", mas sim o "Porque é que a partir de uma certa idade as pessoas, em especial mulheres, passam a andar com o relógio com o mostrador virado para a palma da mão, e para verem as horas têm de articular um movimento de rotação com um arregaçar de manga, em vez do simples arregaçar de manga?". É que se olharmos para as raparigas e mulheres jovens todas elas apresentam o relógio com o mostrador virado para "cima", sendo "cima" definido como a parte do braço que inclui as costas da mão. No entanto a partir de uma certa idade, talvez por volta dos 60 anos, acontece uma rotação dos mostradores do relógio.

Não sei se isto é fisiológico, talvez seja hormonal e seja um efeito retardado da menopausa. O que é certo é que para se prevenirem problemas nas articulações destas senhoras têm de ser feitas campanhas de sensibilização.

sexta-feira, abril 11, 2008

Homens e mulheres...

Existem muitas diferenças entre homens e mulheres. Uma delas é que um dos grupos possui voluptuosos seios. Ok, há alguns homens que também possuem seios grandes, mas esses são uma pequena maioria. Agora, a grande diferença entre homens e mulheres reside na situação de introduzir um novo electrodoméstico em casa. Tomemos como exemplo a aquisição de um novo sistema de home cinema (DVD + Sistema de som).

A situação começa quando o homem ia ao hipermercado para fazer as compras do mês, enquanto a mulher ficava a limpar a sala. Juntou-se o útil ao agradável, a mulher tinha espaço livre para poder limpar à vontade e ficavam as compras feitas. O que acontece quando o homem chega ao centro comercial é que se esquece completamente da razão pela qual ia lá e decide ir dar uma espreitadela à loja de electrodomésticos. Porque os homens são assim... Gostam de ir ver televisões, computadores, olhar para cabos, não se percebe bem porquê... Mas se virmos bem as coisas as mulheres também gostam de ir ver roupa, mesmo que não seja para comprarem algo. Voltando à situação, o homem estava na loja e vê uma grande promoção num sistema de home cinema e pensa em trocar o velho que tinha lá em casa.

Está a chegar a casa com aquilo e lembra-se que não fez as compras. Volta ao centro comercial, faz as compras e regressa a casa. Chegado a casa, coloca as compras na cozinha para que a mulher arrume, mostra-lhe a sua compra, dizendo "Olha-me isto que eu comprei!", ao que a mulher responde invariavelmente "Para que queremos outro leitor de DVD's, o que tínhamos aí não estava bom?" e o homem faz uma descrição das características técnicas da novidade.

Depois vai um para cada lado. O homem desempacota tudo e prepara-se para deitar mãos à obra. Afasta o móvel da televisão e é neste momento que a mulher acaba de arrumar as compras e vai à sala ver o que o homem está a fazer. É aqui que reside a grande diferença. A única coisa que o homem quer fazer é montar aquilo o mais depressa possível para ver se tem mais qualidade do que o antigo, quanto à mulher, vendo o móvel afastado pega imediatamente numa vassoura para limpar a parte de trás do móvel. A seguir faz o mesmo quando ele afasta o sofá para colocar os fios das colunas. A mulher sente uma imensa necessidade de limpeza. Se avaria a máquina de lavar, a mulher não quer saber se a nova vai funcionar, quer apenas que alguém lhe tire dali a velha para ela poder limpar por baixo. Eu até desconfio que são as mulheres que avariam a máquina de lavar de propósito só para poderem limpar aquela zona.

Uma vez montei um disco novo dentro do meu computador e disse à minha mãe que o tinha feito. A primeira pergunta que ela me fez foi "E aproveitaste para limpar lá por dentro e por trás do computador?". Aquilo era um disco de 120 GB! Ela deveria era ter perguntado, e quantos rpm é que isso dá? Tem muita memória cache? A única pergunta que ela tinha era sobre limpeza...

Não pretendo ser machista com este post, mas isto parece-me que retrata mesmo o que se passa por essas casas fora.

segunda-feira, abril 07, 2008

Os aviões e a segurança...

Uma coisa que eu tenho andado a pensar é se os aviões terão uma chave? Os carros têm uma chave para que possamos entrar neles e depois os ligar. Será que os aviões têm o mesmo sistema, ou deixam-nos na pista abertos? É que tendo ou não tendo chave alguns problemas se põem.

Caso A: O avião não tem nenhuma chave.
Como é que nunca ninguém foi dar uma voltinha de avião? Está ali, parado na pista, basta abrir a porta, saltar para os comandos e levantar voo. A única dificuldade é a parte de chegar à porta, mas isso não é nada que um escadote comprado no AKI não resolva. A sério, o que é que custa? Bastava chegar lá, carregar num botão vermelho que diz "START" e o avião estava pronto.

Caso B: O avião tem uma chave.
Como é que nunca ninguém se esqueceu da chave? Será por isso que às vezes os voos se atrasam? "Senhores passageiros, o voo vai atrasar um pouco devido a problemas técnicos." É nesta altura que o pessoal começa a ficar preocupado. Será que era um problema nos motores? Ou será que era no trem de aterragem? Não... O único problema técnico é que o piloto foi para uma danceteria na noite anterior e perdeu as chaves do avião. Agora tiveram de ir a casa dele buscar uma cópia que ele lá tinha e é por isso que estão a demorar um pouco mais.
Será que no caso de alguém se esquecer da chave aquilo não pegava de empurrão? Bastava porem os passageiros todos a empurrar, o comandante ia a dar uma ajudinha com o ombro encostado à porta e quando aquilo tivesse embalado saltava tudo lá para dentro, o piloto metia a primeira e o avião pegava.
E o depósito de gasolina? Também tem uma chave? O piloto chega ao avião, vira-se para o tipo do camião da gasolina enquanto lhe entrega as chaves e diz "É para meter 5500 euros de hiper, se faz favor.". Sim, eu acho que eles nos aviões ainda não têm a gasolina sem chumbo 230 octanas, ainda usam a hiper. E acho que há aviões que ainda andam a mistura. É que se não têm chave qualquer pessoa vai lá com um tubinho, liga ao depósito e passa a gasolina para o avião dele.

Alguém que me diga como é que isto funciona, é que eu não consegui dormir esta noite a pensar nisto.

domingo, março 30, 2008

Pedido a uma qualquer estação de televisão...

Qualquer programa com convidados. Talkshow, concurso, entrevista... Sempre sonhei ir a um. Não para ser conhecido, mas por uma razão apenas, já repararam que sempre que esses programas estão a ir para intervalo ou estão a acabar, naquele momento em que a música sobe, os convidados continuam a falar com os apresentadores? O que é que eles estão a dizer? Sempre fiquei curioso.

Se eu fosse a um desses programas, quando visse a música a subir o que eu diria era "O que é que vocês dizem neste momento? Fingem apenas que estão a falar e dão uma gargalhada como se a vossa conversa estivesse muito animada? Ahahah". Porque eu acho que é isto que acontece. No fundo, eles passaram ali uns 30 minutos à conversa, o que é que eles podem ter mais para dizer? Já falaram sobre o seu trabalho, a família... Estão a discutir a cor das cortinas da cozinha ou qual o melhor crédito habitação?

E nas telenovelas, quando a cena muda? Nos programas anteriormente referidos até se podia continuar uma conversa, às vezes não há tempo para perguntar tudo. Mas numa telenovela aquilo são actores, quando eles estão a falar, não estão a falar de si, estão simplesmente a encarnar uma personagem. O que é que há para dizer depois de alguém dizer "Sim, 'bora à praia das Conchas, ouvi dizer que há lá um torneio de volei de praia! Vai ser super divertido!", momento em que a música sobe e vemos os actores a entrar alegremente para o seu carro e a continuar com uma conversa muito animada. Aposto que nesse momento eles estão a dizer "Epah, não estive nada bem nesta cena...", e o outro responde "Ya! Eu também não estive muito bem, mas que se lixe, vamos só rir um pouco como se eu tivesse dito alguma coisa com muita piada! Ahahah!". Porque todos estes momentos terminam com uma gargalhada e um fade-out, para quem não sabe é o ecrã a ficar preto. O fade out deixa-me ainda mais intrigado com o que se passará depois.

É por isso que venho aqui pedir a um qualquer apresentador de programas, que me convide. Eu não tenho nada de especial para contar, a não ser daquela vez que consegui levar 5 copos da sala para a cozinha numa única viagem. Mas eu nem queria que o programa passasse na televisão, seria chato... Sou um indivíduo tão atraente, que a estação de televisão receberia milhares de chamadas no dia seguinte a perguntar a minha morada e o meu número de telefone, e eu não gosto de atrapalhar o trabalho das pessoas. A única razão pela qual eu queria ir, era por causa daqueles 10 segundos de conversa...

domingo, fevereiro 17, 2008

"Trip"

Dei por mim a relembrar-me que não aprecio musicais.

Até o facto dos personagens cantarem durante 15 minutos qualquer coisa que poderia ser dita numa frase, consigo digerir! Agora, quando um número elevado de pessoas, completamente desconhecidas ao enredo, saem de cacifos, armários, por trás de sofás, debaixo das camas, etc., e dançam e cantam alegremente junto das personagens sem que estas esbocem, sequer, uma cara de surpresa, é que a coisa não está bem!

Esquematizando - Musical: Personagens exageradamente expressivas; Cantam e dançam que se fartam; Pessoas completamente desconhecidas ao enredo aparecem a cantar e a dançar e ninguém acha estranho; As personagens repetem a mesma ideia durante demasiado tempo - Para mim é claro que nem tijolo! Os musicais não passam de uma espécie de "bad trip" de alguma droga bastante potente, talvez derivada da "aparecimentus dus pessoasis au cantarius eis dançaris comosis nãosis houvessus amanhãnis" - Realço que esta é apenas e somente a minha opinião. Se calhar não, porque é uma ideia verdadeiramente parva e não sei se dela deva abdicar.

Relembro que tudo o que escrevo no blog é da mais pura estupidez, não sendo para levar a sério.

Saudações

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

O outro lado...

Perdi algum tempo do meu dia de hoje a pensar nos gestos que fazemos com os dedos. Já não falo na imitação do órgão sexual masculino pelo simples levantar do dedo médio da mão. Falo de outros mais estranhos como o "fixe" com o polegar esticado ou os dedos indicador e médio cruzados, em forma de figa, como que a dizer que estamos a mentir, ou mesmo para nos dar sorte.

Como é que surgiram estes gestos? Como é que um mesmo símbolo como as figas podem indicar sorte e mentira ao mesmo tempo? Pior do que isso é quem é que decide se o que estamos a pedir é sorte ou se estamos a mentir? Por exemplo quando o nosso clube de futebol está prestes a marcar um penálti, nós cruzamos os dedos e dizemos "Espero que ele marque!". Quem vê isto de fora pode não saber exactamente o que queremos. Queremos sorte ou estamos só a mentir e por isso fazemos as figas? Deve ser por isso que há tantos penáltis a serem falhados...

Há mais simbologia parva! Quem é que daqui nunca chegou ao pé de uma criança e deslizando o nariz do petiz entre os seus dedos indicador e médio, e substituindo o espaço ocupado com o polegar, disse "Arranquei-te o nariz!"? Alguma vez o polegar enfiado entre os dois dedos se parece com um nariz? Não! Se quisermos ser correctos na verdade aquilo que se vê na mão seria a parte de trás do nariz e eu não ponho as minhas mãos no fogo dizendo que a parte de trás de um nariz não é assim. Não sei. Nunca vi nenhuma. Ainda assim aquilo continua a não me parecer um nariz. Essa simbologia parece-me tanto um nariz como tocar com a ponta do meu indicador da mão esquerda na ponta do dedo anelar da mão direita parece um pinguim a caçar um sargo.

E os senhores dos símbolos? Aqueles que passam os telejornais da RTP2 a tentar distrair-nos fazendo palhaçadas no canto do ecrã? O que é que eles estão a querer dizer? Eu não conheço assim tantos símbolos com as mãos. Consigo fazer um fixe, um pénis, a parte de trás de um nariz, um telefone, um par de chifres, mas de resto aquela gesticulação toda não percebo o que significa. Para mim aquilo é capaz de ser princípio de epilepsia, se calhar alguém devia ir lá ver se está tudo bem com estes senhores...

sábado, janeiro 26, 2008

Hat-trick!

Eis o terceiro post seguido sobre animais. Daí o nome do post, hat-trick, que significa em inglês truque com um chapéu, mas que geralmente designa o jogador de futebol que bisou 3 vezes, isto é, fez 3 tentos de belo efeito, numa única partida. A etimologia desta palavra remete-nos para o início do século XX, altura em que o futebol foi inventado. Nesta altura, como todos sabemos, a maioria das pessoas usava uma cartola e os jogadores de futebol não eram excepção. Quando marcavam o seu terceiro golo numa partida eram obrigados pela regulamentação da FIFA a fazerem um truque com a sua cartola sob pena de, se não o fizessem, levarem um cartão amarelo. O cartão amarelo e o cartão vermelho também têm uma história, mas eu não sei qual é... Por isso vamos passar ao post.

Os cães tinham de ter qualquer coisa melhor do que os homens. Já não lhes bastava vangloriarem-se porque podem cheirar os rabos uns dos outros, ou por poderem fazer um cocó no meio do jardim sem que isso seja socialmente inaceitável, ainda tinham de fazer 7 anos enquanto nós fazemos apenas 1... Porque é que 1 ano humano vale 7 anos de cão?

Que eu saiba vivemos todos no mesmo planeta. A Terra não dá sete voltas para o cão enquanto só dá uma volta para nós, caso contrário, só veríamos o nosso cão de sete em sete anos, altura em que as duas Terras se encontravam. O ano está definido como o tempo que demora a que o planeta em que vivemos dê uma volta ao sol, um ano de cão é igual a um ano de humano!

É que isto traz uma enorme vantagem em termos do cão poder gozar connosco. Reparem que quando nós fazemos o nosso primeiro ano de idade, altura em que se conseguirmos articular alguma palavra será "goo... dáaa... páaaa", já o cão consegue ler as legendas! Ele já tem 7 anos! O cão entra para a universidade quando nós fazemos 3 anos!

É por isto que eu não gosto de animais. Tão ali todos armados em bons a tentar mostrar que são melhores que nós! E os pássaros que conseguem voar? E as abelhas que têm um dispositivo próprio para nos aleijar? E os peixes que conseguem respirar debaixo de água? Todos eles estão simplesmente a gabar-se... Sim, porque eu gostava de poder fazer todas estas coisas que eles fazem. Imaginem o que era se quando acasalássemos a nossa mulher nos cortasse a cabeça como a viúva negra? Ok, isso não ia ser bom. Mas, por exemplo, termos de lutar para acasalar tal como os leões marinhos era bom! Andar ali à pancada, puder morrer... Podem pensar que isto não era grande coisa, mas se considerarmos que vivo na Amadora nem era mau de todo. Aqui posso sair à rua, ser baleado e nem sequer ter a parte agradável do acasalamento se não falecer...

Vá lá, parem com a expressão "vida de cão", porque uma vida de cão é bastante mais agradável do que uma vida humana.

A história dos três porquês...

Era uma vez três porquês que decidiram construir, cada um deles, uma casa. O primeiro porquê construiu uma casa de palha, veio o lobo (que não sofria de asma) soprou e a casa foi ao ar. O segundo porquê construiu uma casa de madeira, o lobo chegou, bufou e a casa voou. O terceiro construiu uma casa de tijolo, o lobo meteu-se dentro de uma retroescavadora e destruiu a casa. Conclusão, os porcos não sabem construir casas e por isso é que os comemos no espeto. Fim.

Depois de esta introdução bastante estúpida em que tentei fazer um trocadilho entre a palavra porquê e porquinho vamos ao post. Se calhar ainda não vamos... Ok, agora podemos ir...

O primeiro porquê que se levanta é: Porque é que os homens gostam de cozinhar mas não gostam de fazer as lides da casa? A resposta a isto é simples e surgiu-me no outro dia enquanto estava a cozinhar. Sim, eu de vez em quando gosto de fazer o meu jantar. Mas a razão pela qual eu gosto de fazer isto, é porque posso chegar ao fim, pegar na frigideira e colocá-la debaixo de água fria e ouvir aquele barulho "pfffff...". É esta a verdadeira razão pela qual os homens são movidos para a cozinha. Se quando se pusesse um pano no chão se ouvisse o barulho "pfffff...", então certamente os homens iriam gostar de limpar o chão. Ou se ao se ligar o aspirador se ouvisse o "pffff..." era ver homens a aspirar a casa todos os fins de semana. Se querem mover um homem basta darem-lhe barulhos estúpidos. É por isto que os homens gostam de cerveja. Todos sabemos que aquilo sabe mal, mas quando abre faz "pffff...".

O segundo porquê é: Porque é que os actores de teatro vêem sempre fazer uma vénia duas vezes no final do espectáculo? Não tenho resposta para isto, por isso vou passar ao próximo porquê.

O terceiro, e último, porquê é: Porque é que fazemos tantas perguntas começadas por porquê? Desde o início dos tempos que o homem, ser humano, hominídeo, Homo sapiens, a versão 2.0 do macaco se tem questionado acerca de tudo o que o rodeia. A condição humana impele-o para tal, é uma necessidade básica. Tal como o cão insiste em cheirar o rabo de outro, o homem busca o saber, o conhecimen... Esperem lá, isto estava a tornar-se demasiado erudito. Isto é suposto ter piada (comentário do autor: ok, eu sei que não tem tido muita... Tenho de fazer mais vezes o meu exercício de inspiração, que consiste em dizer 3 palavras estúpidas antes de começar a escrever um post, aqui vai: banana, mocassin, berlinde). A razão pela qual o homem se questiona é porque não sabe responder às perguntas. Façam um teste simples: tentem encontrar uma pessoa que não tenha um relógio. Perguntem-lhe as horas, se ela não vos souber responder vai de certeza perguntar "Porquê?".

Agora o que eu me questiono é porque estão a ler este post?

sábado, janeiro 19, 2008

É simples, basta escolher as palavras certas...

Basta juntar 100 g de imaginação, 200 g de piadas e uma pitada de sátira à actualidade (como alternativa pode usar-se temas do quotidiano). Escreve-se tudo, deixa-se a marinar um pouco e vai ao forno a 250 ºC, durante 5 minutos, para ficar chocante. E pronto, está feito mais um post... Este é o modo mais simples e talvez mais antigo de fazer publicidade, transformar aquilo que se pretende publicitar numa receita! E isto... já chateia um pouco...

Especialmente se os publicitários optarem por colocar, em vez de um cozinheiro de renome, 4 animais a fazer o prato. Hã?! O que é que se passa no anúncio daquela marca que publicita uma "Casa" "Óptima" (para quem não percebeu falo do anúncio do Optimus Home)? Alguém consegue perceber o que é que fazem uma catatua, um cão, um gato e um peixe dourado num anúncio a um telefone? A única relação que eu vejo é o facto de o telefone não ter assinatura e estes animais também não saberem assinar o seu nome, mas por este prisma podíamos ter um computador portátil a falar, visto que o telefone é portátil, ou um amendoim, visto que que o telefone tem forma de amendoim.

Tipicamente esta é mais uma das ideias de publicidade que foi feita sob o efeito de drogas.

Publicitário 1 - E se a gente pusesse uma planta de Marijuana a falar?
Publicitário 2 - Népia, man! Isso é muita má onda... A gente quer essas plantas é para fumar! Debaixo dos holofotes íamos estragar a droga...
Publicitário 1 - Yah, man! Então o que é que podemos sacrificar debaixo de uns holofotes?
Publicitário 2 - Epah podíamos por este cão e este gato que nos estão aqui a comer a droga toda...
Publicitário 1 - Yah, man! E podemos esturricar também o peixinho?
Publicitário 2 - Na boa, man! E já agora mandamos também o pássaro ao ar...
Publicitário 1 - Fixe, man! 'Bora gravar...
Publicitário 2 - 'Bora lá, man!

Dito e feito... Por favor, parem com a publicidade com receitas. É fácil, basta juntarem uma pitada de outro tipo de publicidade, filtram para retirar a publicidade a receitas. E pronto, está feito... Por falar em má publicidade, o que é o anúncio da Carnalentejana? Deixo-vos aqui para pensarem um bocadinho, reflictam no diálogo entre este homem e o seu boi.


Agora todos: Hoooba! Hoooba! Muuuuuu... Fantástico.

segunda-feira, dezembro 31, 2007

De que cor é o lápis cor de pele?

De certeza que já houve um espertinho aí desse lado a responder ao título com a expressão "É cor de burro quando foge!". Desde já, um muito obrigado por interromper este post logo no início... Posso continuar ou vai continuar com essas parvoíces? Obrigado.

Esta pergunta já surgiu há algum tempo, mas ainda não tinha escrito este post não só pela falta de tempo, mas também porque não quero parecer racista. Ora bem, a grande dúvida que me surgiu foi como tratar os pretos. Sim, pretos. É assim que vou chamar a essa raça ao longo do texto. Isto não me parece nada ofensivo, se brancos não é ofensivo, porque é que pretos há-de ser? São apenas duas cores... Se ouvimos um preto a dizer "Eish, olha aquele branco!", ninguém fica ofendido. Já quando se ouve "Eish, olha aquele preto!", está o caldo entornado. É porque somos racistas, é porque somos xenófobos... Mas onde é que está a igualdade?

Para colmatar a falha que existe ao tratá-los por africanos, visto que a maioria deles nem sequer nasceu em África, alguém inventou o termo "Afro-país onde vivem", como Afro-americano ou Afro-lusitano. Nada mais parvo e racista! Alguém me trata por Caucaso-lusitano? Ou se eu nascer em Angola chamam-me Caucaso-angolano? Não! Serei sempre um branco, por isso eles serão sempre pretos. Eu posso falar assim porque tenho mais contacto com África do que muitos deles... Afinal de contas, eu vivo na Amadora...

Bem, espero que ninguém se tenha ofendido com isto, mas para mim é verdade e acho que ninguém se deve sentir ofendido por lhe chamarmos pela cor da pele. Eu sou branco! Assumo-o aqui! Sou branco... Vá lá, sou cor de pele... E é aqui que voltamos ao título. Cor de pele... Que cor é essa? Para mim é um beige, um creme, um branco sujo, mas para um preto isto não é verdade. No entanto nas escolas, se pedirmos um lápis cor de pele a um preto ele vai dar-nos o tal lápis com a cor de pessoa branca. E isto prova que o sistema educativo está errado! (Viram? A fazer a crítica política...)

Na verdade eu acho que chamar àquele lápis, lápis cor de pele é o equivalente a chamar a uma caneta de feltro, caneta de cor azul céu... Ah espera, essa já existe. Mas o azul do céu num dia de nevoeiro não é o mesmo do que num dia de sol, pois não? Então e o cor de rosa? Só existem rosas cor de rosa? E as vermelhas, e as brancas? Vamos lá a chamar as coisas pelos nomes, a partir de agora é lápis cor de pele de branco e azul céu num dia de sol. O cor de rosa vai ter de se manter cor de rosa, porque não faz sentido chamar-lhe cor de rosa quando esta é cor de rosa.

Agora só há o problema de quando os brancos se bronzeiam... Enfim, fica para outra altura.

domingo, dezembro 23, 2007

Mais uma pergunta...

Porque é que as tias insistem sempre para que nós comamos mais? Porque é que elas no final da refeição dizem sempre coisas do género "Então? Não comes mais? Olha que ficas mal... Come só mais esta fatiazinha de bolo..."?

Eu creio que a explicação para isto reside nos óculos. Já repararam que todas as tias a partir de uma certa idade passam a andar com dois fundos de garrafa de champanhe no lugar dos óculos? Experimentem um dia, só numa de curiosidade, olhar através dos óculos de uma delas. Aí vão ver que até a pessoa mais gorda que conhecem parece estar anoréctica. Uma vez pus os óculos de uma das minhas tias e ao olhar ao espelho pensei "Uau! Olha aquele borracho que está ali!", e depois vi que era eu...

O que aqui é dito para as tias, é aplicável também às avós... Insistem sempre para que nós comamos sempre mais qualquer coisa. A primeira vez que isto aconteceu eu quis fazer a vontade à minha avó, e depois de ter comido uma sopa, dois pratos de feijoada, uma salada de frutas e uma fatia de bolo de mel, ainda tive de comer mais duas fatias de bolo rei e um chocolate, só porque a minha avó insistiu... Obviamente que não me consegui levantar da mesa durante 2 horas, mas a partir daí aprendi a minha lição e agora já só aceito uma fatia de bolo rei e o chocolate.

Agora a sério, deixo aqui a minha mensagem para as avós e tias deste país, eu já estou suficientemente gordo, não me queiram ver a rebentar... A menos que a ideia destas tias seja tratarem-nos como tratam as suas galinhas e nos queiram ver a engordar até mais não. Para um dia mais tarde nos matarem e fazerem um belo assado de neto ou de sobrinho.

domingo, dezembro 16, 2007

A nossa infância...

Recordo o dia em que fui alegremente àquela loja de brinquedos, cujo nome pode ser traduzido para português por "Brinquedos somos nós", comprar um Tamagotchi. Apesar de recordar que naquele dia fui lá alegremente, hoje não recordo esse dia com alegria.

Para quem não sabe, o Tamagotchi é o brinquedo típico da infância da geração que nasceu entre 1985 e 1990. No início o conceito parecia genial, ora ali estava um animal de estimação que não iria dar trabalho nenhum aos pais. Sim, o principal problema dos cães e gatos como animais de estimação para crianças é que as crianças ficam com o lado divertido (brincar com eles e dar-lhes carinho) e os pais com o lado aborrecido (passeá-los, limpá-los, alimentá-los...). Com o Tamagotchi tudo isso iria mudar, a única coisa que os pais tinham de fazer era desembolsar 5000$ e as crianças ficariam felizes e os pais teriam tempo livre.

Lembro-me que fiquei baralhado na primeira vez que ouvi falar neste brinquedo, nessa altura ele tinha apenas chegado ao Japão. Foi-me dito que era preciso alimentá-lo, lavá-lo e dar-lhe vacinas. Na minha mente de 9 anos imaginei-me a enfiar carcaças e vegetais para dentro de uma máquina ou a passar a dita por baixo do chuveiro. E aquilo ficou na minha cabeça por mais de um ano, até que o dito "bicho" chegou finalmente a Portugal. Nessa altura fez-se luz na minha cabeça "Ah! Eu para o alimentar só tenho de carregar nos botões!". E pronto, chegou então o dia de que falava há pouco e no qual eu fui comprar este brinquedo.

Nos primeiros dias tudo foi um mar de rosas. Ou quase... Aquela bolinha andava ali, feliz no ecrã, eu dava-lhe uns bolinhos, passava-o por água e desligava a luz para ele ir dormir, no entanto havia um problema. Para quem viveu aquela altura deve lembrar-se que para aí 30% destas máquinas eram produzidas na Indonésia. Eu tive o azar de comprar uma que tinha sido lá feita. Eu tinha apenas 10 anos, não fazia qualquer ideia do que era a política, quanto mais o "embargo" português a este país. E pronto, fui gozado até ao dia em que colei um autocolante com o meu nome por cima das palavras "Made in Indonesia". A partir desse dia, sim, fui feliz.

Passados uns 3 dias ele cresceu, tornou-se numa bola maior. Tudo parecia correr bem. Parecia, até à aula de Educação Física em que no final, quando eu me dirigi para o balneário e olhei para a máquina vi que ele tinha feito dois "cócós" e já estava lá no cantinho um símbolo de uma caveira indicando que ele estava doente. Foi aí que começaram as dúvidas. "Então eu abandono-o 50 minutos e este sacana ia-se matando? Eu tenho de estudar, não posso estar sempre a dar-lhe atenção... Ele que não pense que vai ser um Tamagotchi mimado...". E pronto, foi o fim... Ainda assim, limpei-o e dei-lhe a vacina. No dia seguinte ele voltou a evoluir e enquanto todos os outros Tamagotchi tinham, neste estado de evolução, um aspecto saudável, o meu parecia um fumador de 90 anos que havia começado a fumar 3 maços por dia desde os seus 13 anos. Era hediondo e eu comecei lentamente a tentar abandoná-lo.

Com toda esta febre deixou de nos ser permitido andar com os bonecos na hora de almoço e o meu lá ficou, abandonado debaixo do tampo da carteira. Depois de almoço, quando esperava vir dar-lhe carinho, abri o tampo da mesa e... Ele não estava lá, alguém o havia roubado. Fiquei triste, derramei uma lágrima e gritei um sonoro "NÃOOOooo...". Esse foi um dos dias mais tristes da minha vida, o mais triste foi quando descobri que o radar do aeroporto tinha um motor e não se movia apenas com a força do vento. Na noite em que perdi o Tamagotchi dormi mal, mas no dia seguinte acordei e sentia-me um homem novo. Sentia-me livre. Foi aí que percebi "Nunca mais quero ter um animal de estimação...".

P.S. - Ainda hoje tenho algumas dúvidas... Que bicho era aquele? E o que acontecia no final? Alguma vez alguém chegou ao final?

sábado, dezembro 01, 2007

Greves...

As greves são muito chatas para a população, excepto para a parte da população que está a fazer greve... É curioso como as greves calham sempre junto ao fim de semana, ou junto a feriados, porque é que não se marca uma greve para uma quarta feira? Sendo o meio da semana iria incomodar muito mais gente. No entanto os sindicatos acham que o melhor dia é mesmo a sexta feira.

O grande problema das greves, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é o incómodo que elas causam. Ter o lixo à porta durante 4 dias, não ter uma consulta de médico pela qual se esperou 5 meses, não poder resolver uma questão importante nas finanças ou chegar 4 horas atrasado ao trabalho porque os transportes alternativos só passam de 2 em 2 horas são coisas que agastam uma pessoa, mas para mim, o maior problema são os números da adesão à greve.

"Sindicato diz que houve uma adesão à greve de 95%"
"Governo diz que a adesão à greve não ultrapassou os 12,5%"

Então? Estamos a falar da mesma greve? Será que as pessoas que trabalham no governo que fazem estas estimativas estavam de greve e por isso não contaram toda a gente que estava de greve? É que eu vejo estes números a avançarem a velocidades avassaladoras e estou preocupado que se chegue à situação em que os sindicatos dizem que 120% das pessoas aderiram à greve, e justificam este número com 5000 espanhóis que vieram a Portugal só para fazer greve. Ou que se cheguem a números do governo da ordem dos -10%, sendo este número justificado pela contratação de mais 3000 pessoas.

O que eu queria não era a paz no mundo, o que eu queria eram duas mulh... Isso é outra coisa, o que eu queria era que um dia, governo e sindicatos pudessem caminhar lado a lado, de mãos juntas, dizendo números semelhantes... E assim, finalmente, viverem felizes para sempre...

Fim

sábado, novembro 24, 2007

As invenções mais fraquinhas da história...

A guerra é um flagelo... A fome nos países pobres é outro... Mas para mim, o maior problema mundial são as calças com botões no lugar do fecho.

Éclair, um jovem francês do século XVIII, inventou um fecho para as suas calças. Até à altura as calças não estavam preparadas para a anatomia masculina e as filas na casa de banho dos homens eram tão grandes como as filas nas casas de banho das mulheres. Este jovem, que tinha uma vida bastante atribulada e não tinha tempo para esperar em filas, idealizou uma pequena abertura para que o acto de urinar se tornasse mais fácil para os homens. E se bem o idealizou, melhor o fez. O fecho éclair é para mim a 8ª Maravilha do Mundo. Tudo bem que não se vê do espaço, mas facilita muito a vida masculina. Então, se o mundo da braguilha já estava perfeito, porque é que andámos para trás?

Qual é a ideia das calças com botões? Sempre que necessito de "mudar a água às azeitonas" vejo-me na obrigação de abrir os botões de cima a baixo, incluindo o botão da cintura (aquele que está mais acima e que só é aberto em calças com fecho éclair para as vestir/despir ou para fazer a necessidade número 2). Se eu não abrir esse botão nunca conseguirei voltar a apertar os botões. Alguém me consegue esclarecer se é suposto conseguir fechar os botões sem abrir o que está mais acima? Isto foi de certeza uma invenção feminina, ao contrário de Éclair que tentou simplificar a vida, esta senhora quis-se vingar do facto de as senhoras demorarem mais tempo na casa de banho por terem de desapertar o botão da cintura, mesmo quando querem apenas fazer a necessidade número 1.

Qual é o maior erro de um homem? É, depois de já ter exprimentado umas calças de botões e de saber o sofrimento que aquilo causa, comprar umas segundas calças deste tipo! No meu armário conto já com três pares de calças de botões! O que é que se passa comigo? Será que estou a ficar com memória de peixe? Qualquer dia começo a cumprimentar o meu reflexo no espelho por pensar que se trata de uma pessoa nova.

Outras invenções fraquinhas ou, pelo menos, cujo nome é fraquinho são o vidro temperado e o aço endurecido. Vidro temperado? Temperado com quê, sal e pimenta? Este vidro deve ter sido inventado para aqueles idiotas que comem lâmpadas e que achavam que aquilo não sabia lá muito bem. Quanto ao aço endurecido... O aço já é bastante rijo, não é? Eu pelo menos não consigo dobrar uma barra de aço assim do pé para a mão. Ainda era preciso fazer o aço mais forte? Qualquer dia criam calças com botões de aço endurecido só para dificultar ainda mais a tarefa de ir à casa de banho.

quinta-feira, novembro 15, 2007

A muito alta tensão...

Ultimamente muito se tem discutido acerca de cabos de alta tensão e dos problemas que eles podem causar na saúde das pessoas, como "câncaros" e coisas do género. Para mim o problema da alta tensão não está nos cabos, mas sim nas artérias. Sim, é a alta tensão arterial que mais mata neste país. Eu ainda não vi nenhum cabo a morrer de enfarte agudo do miocárdio, ou de acidente vascular cerebral (não que já tenha visto pessoas a morrer destas maleitas, mas pelo menos já ouvi dizer que é possível).

Tudo bem que as pessoas devem preocupar-se com a sua saúde, e até já deve estar provado cientificamente que viver debaixo de cabos de electricidade não faz muito bem, mas estas populações não podem fazer manifestações contra "a companhia da luz" e depois ir para casa "encher o bandulho" com coisas leves como feijoadas, torradas com banha de porco ou ovos moles de Aveiro. Há que combater esse mal que é a tensão arterial alta.

Se eu pertencesse-se à EDP/REN/ou que raio de empresa é que instala a cablagem eléctrica em Portugal, eu iria para a porta destas pessoas dizer que não querem que passem debaixo dos cabos deles pessoas com alta tensão. É que, parecendo que não, um cabo ressente-se... Se uma das pessoas que vive debaixo de um cabo tiver a sua tensão elevada, é provável que venha a falecer e no momento em que falecer vai deixar de gastar electricidade. O que é que acontece, o nível de electricidade produzida é igual, mas aquela pessoa já a não consome, por isso a tensão no cabo sobe ainda mais e mais tarde ou mais cedo vamos ter cabos a precisar de Captopril porque a bombinha já não aguenta.

Populações a viver debaixo de cabos (isto não inclui a população que mora em Alfragide ali para os lados do IKEA, isto é apenas para cabos de alta tensão e não para quem vive abaixo dos Cabos D'Ávila) vamos lá a ter cuidado com a vossa tensão, antes de irem protestar contra a tensão dos outros.

População que faz estudos sobre cabos de alta tensão vamos lá a apurar esses estudos. Já repararam que as cegonhas fazem os ninhos praticamente a tocar nos cabos? Algum de vocês já viu uma cegonha com câncro?

quarta-feira, outubro 24, 2007

Os aviões de papel e outras parvoíces

Tema polémico que trago aqui hoje: deve ou não aquecer-se a ponta de um avião de papel antes de o lançar? A resposta é não. Adeus e até amanhã! Ok, pronto, eu escrevo mais qualquer coisa. Pronto, já escrevi. Adeus e até amanhã! Vamos lá falar a sério. Lembram-se de quando faziam aviões de papel? Não se lembram? Então não faz sentido eu escrever isto. Adeus e até amanhã!

Agora é de vez. Aviões de papel, essa nobre arte dominada pelos artesãos do 7º Ano do ensino básico português. Quem é leigo na matéria, não sabe que não existe apenas um tipo de avião de papel, mas sim vários. Eu conheço 3 maneiras de fazer aviões de papel, e não nos podemos esquecer que a inclusão de estabilizadores laterais, flaps e uma asa traseira fazem toda a diferença e diferenciam um bom de um mau avião. Por isso cada avião é um avião, e um bom avião-de-papelizador sabe que para uma folha de papel branco 80 gramas o melhor avião é o que tem a configuração X, já para a folha de linhas do caderno Castelo a melhor configuração é a Y. No entanto, por muito diferentes que sejam os aviões uma coisa é certa, antes de o lançarmos vamos sempre bafejar por duas vezes a parte da frente do avião.

É uma obrigação e acaba por ser um movimento reflexo. Se o laureado com o Nobel, Ivan Pavlov, fazia salivar os seus cães apresentando-lhe estímulos externos que eles associavam a comida, eu tenho a certeza de que quando uma pessoa vê um avião de papel começa logo a aquecer o bafo para tentar fazer o avião ir mais longe.

Várias teorias existem para que possuamos este reflexo. Há quem defenda que, em termos de aerodinâmica, o facto de se aquecer a ponta vai fazer o ar aquecer naquela zona e por isso criar um gradiente de pressões entre as asas o que permite uma maior sustentação e um maior tempo de vôo. Há quem defenda que um avião não pode voar sem tripulação e este bafo transporta bactérias que vão comandar o avião. Na verdade, o que este bafo faz, é humedecer tanto a ponta, que ao fim de 3 lançamentos ela já se encontra de tal maneira flácida e pesada que o avião, quando é atirado, tem a frente tão pesada que cai directamente de bico cerca de 50 cm à nossa frente.

Por isso eu defendo que se pare com isto de uma vez por todas. Com isto e com o facto de se bater 3 vezes com uma bola de matraquilhos na parte lateral da mesa. O que é que isto faz? Aumenta tanto a entropia interna da bola que impede que ela esteja parada? Ou foi um movimento iniciado por um chef de cozinha que estava habituado a estrelar ovos de coderniz? Ninguém sabe, mas isto está-se a alastrar ao ping pong e se isto se propaga, qualquer dia estou a ver os pilotos na pista a tentarem aquecer o bico do seu avião antes de seguirem viagem.