quinta-feira, abril 26, 2007

Pequeninas, ínfimas, minúsculas...

Restaram 5 ou 6 morangos numa taça do tamalho de uma melancia... Restaram 7 fatias de carne no tabuleiro... Restaram o equivalente a 3 fatias de tarte na tarteira...

O que é que todas estas afirmações têm em comum? É a operação que se lhes segue e que não é mais do que pegar nestes restos e colocá-los em caixinhas mais pequenas. Quem é que faz isto? As nossas mães e avós... Ninguém sabe explicar porquê, mas as mulheres preferem trocar o recipiente onde ficam estes restos a deixá-los onde estão. O frigorífico pode estar completamente vazio, mas o resto do pudim não há-de ficar na forma, "prefiro estar aqui a lavar a forma agora e depois ter de lavar a pequena taça para onde o coloquei, do que lavar apenas a forma no final", pensam elas. Chegam a existir situações em que se vê comida a passar por mais do que dois recipientes: da travessa para o tupperware, do tupperware para um mais pequeno e deste para uma "tacinha". Porquê?

O que leva a que as mulheres queiram sempre arrumar tudo em coisas pequenas? São as pequenas gavetinhas do porta-jóias, as caixinhas para guardar coisinhas, no supermercado não é um carro de compras, é um carrinho de compras, um cestinho, o pequeno porta-bagagens do pequeno Smart, um pequeno porta moedas para conter apenas o cartão de crédito, que é bem mais pequeno do que as notas, tudo! Tudo é pequeno... Como é que o homem ainda não percebeu isto? Ainda continuamos a pensar que é o maior dos Mercedes que vai convencer qualquer miúda. Um carrinho de rolamentos chegava!

É também este impulso das coisas pequenas que faz com que nos obriguem a fazer a cama. Porque se ela estiver desfeita os lençóis vão estar a ocupar demasiado ar. Eles devem ocupar o menor volume possível e isso é conseguido se estiverem completamente esticados, para que não existam cavidades com ar no meio deles. É também esta filosofia que as leva a dobrar a roupa de maneira tão perfeita. Depois de anos e anos de cálculos, determinaram que a maneira de uma t-shirt ocupar o mínimo espaço possível seria fazer uma primeira dobra a cerca de 3/4 da largura da t-shirt, dobrando-se de seguida as mangas ligeramente para fora e repetindo o procedimento para o outro lado. Depois resta dobrar a t-shirt a meio da sua altura e aí está, o maior empacotamento possível para uma t-shirt.

Liberdade

Mais uma vez, aqui está um post para relembrar o 25 de Abril. Ontem (dia 25) fui à manifestação na Avenida da Liberdade com a moça que me faz feliz, e como é óbvio comprei um cravo. Fui "obrigado" a comprar um autocolante, uma vez que a senhora que estava a vendê-los colou-o na minha t-shirt sem suspirar nem ai nem ui, talvez um "25 de Abril para sempre". De boa vontade, lá lho comprei sem barafustar.

As manobras da reacção fizeram-se sentir com uma chuva de polén e sementes que as árvores gritavam. Mas nem assim, a reacção nos fez calar. Nunca o fez, nem nunca o fará. Assim o espero.

Apesar destes bombardeamentos de sementes, a caminhada correu bem e muitos se manifestaram guiados pela mítica chaimite. Pensámos numa maneira de tornar a chaimite ainda mais moderna pelo que já tem grafitis mesmo "jovens". Chegámos à conclusão que a chaimite poderia aderir ao "tunning". "Kitar" a chaimite com uns lasers vermelhos por exemplo. Claro que se deveria contratar um consultor dessa área para que a coisa ficasse composta.

Foi o primeiro ano que fui e espero que se torne um hábito!
Para terminar: "25 de Abril sempre! Fascismo nunca mais!".
Saudações.

segunda-feira, abril 23, 2007

Armas

Todos têm conhecimento do trágico tiroteio em Virginia.

Fiquei pasmado quando me informaram que os defensores do direito constitucional de posse de arma nos E.U.A., face às críticas, no contexto deste tiroteio, dispararam qualquer coisa como "Se os professores e alunos tivessem armas, poderiam ter neutralizado o atirador mais rapidamente." Na minha opinião, isto é humor ao mais alto nível.

Eu até penso que os professores e os alunos deveriam ter um equipamento de visão nocturna, um colete à prova de balas, um uniforme camuflado. Aliás, poderiam transformar todo o "campus" num cenário de guerra de maneira a prevenir este tipo de tiroteios.

Talvez o Mundo fosse um lugar muito mais seguro se todos tivessemos uma "armazeca" na algibeira. Portanto, tenho a chave de casa, do carro, o meu telemóvel e a minha pistola de 3ª geração que dá para fazer videoconferências enquanto disparo.

"Por favor, desliguem os seus telemóveis, e puxem a patilha de segurança das suas armas." nos cinemas. De vez em quando, lá toca um incómodo telemóvel, ou então um tiro ou dois iluminam a sala com as pessoas gritarem "Shhhhhhhhhh!".

Realmente...Já que gostam tanto de armas, brinquem com bisnagas!

Saudações.

sexta-feira, abril 20, 2007

E pronto, aconteceu!

Depois de um descansado almoço na cantina da Universidade, em que me deliciei com uma bela omeleta de legumes... Sim, omeleta e não omelete, assim como hamburguesa e não hamburguer, gosto do "aportugasamento" das palavras estrangeiras. Para mim devia ser bilheta e não bilhete... Como eu estava a dizer, à saída da cantina ouvi qualquer coisa como "Olha o André!". E senti que aquilo era definitivamente para mim. E era...

Eis a sequência de eventos que despoletaram na minha cabeça à medida que as coisas se desenrolavam:
Ainda de costas, pensei "Se calhar é alguém da faculdade, mas não estou a reconhecer esta voz, talvez seja alguém do secundário que eu não vejo há tanto tempo que já nem sequer reconheço a voz".
Quando me voltei, reparei que de facto não reconhecia mesmo a cara da pessoa e o meu pensamento foi "Tu queres ver que já não vejo há tanto tempo que já nem sequer reconheço a cara?".

E eis que a outra pessoa diz as seguintes palavras "André, do Kassabian!". Neste momento eu pensei, "por falar em Kassabian, ainda não comprei os iogurtes" e depois pensei "deixa lá, bebo antes um leitinho com chocolate" e ainda pensei "para que é que eu estou a perder tempo com estes pensamentos quando está aqui uma pessoa à minha frente à espera que eu diga algo", seguido do pensamento "então mas como é que esta pessoa sabe do Kassabian, tu queres ver que isto da internet afinal não é só no meu computador e que há outras pessoas a poderem ler o que eu aqui escrevo?".

Para os que ainda se estão a interrogar se a pessoa que me chamou era uma rapariga extremamente atraente, infelizmente não era. Embora muito bem aparentado, era um rapaz que se veio mais tarde (cerca de 5 segundos, o tempo que levou a ele dizer o seu nome) a revelar ser o João Pedro, um assíduo comentador do blog, que me reconheceu dos vídeos que fiz. Desde já quero pedir-lhe as minhas desculpas por ter ficado tão incrivelmente bloqueado, mas eu ainda pensava que isto não saía aqui do meu computador. Alguém deveria ir ver isto, porque deve haver uma avaria qualquer na internet para deixarem que a minha cara e as minhas palavras apareçam num espaço que crianças podem ver!

O que eu peço é que daqui para a frente façam acompanhar, os vossos comentários, de fotografias vossas, especialmente se forem raparigas de uma beleza extrema. E se puderem enviar as fotos sem roupa (as raparigas, não os rapazes!)... Só se não incomodar, é que assim eu ficava a conhecer-vos e quando me viessem falar eu podia até já ter algumas piadas preparadas. Isto para os que pensam que eu sou um tipo extremamente engraçado... Ninguém pensa isso? Deve haver pelo menos umas duas pessoas a acharem piada ao que aqui escrevo! Uma? Uma! Pelo menos eu... E daí... Pronto, se calhar não tenho mesmo piada, mas pelo menos ficava com umas fotografias de raparigas giras aqui no computador!

Um gigantesco cumprimento às pessoas que lêem isto, e continuem a abordar-me, faz-me sentir o Brad Pitt português.

terça-feira, abril 17, 2007

Bolas! Objectos Rapidamente Rapinados A Camelos Hidratados À Socapa

É de facto isto o que significa a palavra borracha. E como eu gostava de vos falar um pouco de borracha, não no sentido do material em si, mas daquele objecto que serve para que apaguemos o que escrevemos a lápis numa folha. O conceito é maravilhoso e no entanto sinistro.

Não há mais nenhuma conjugação de material que seja capaz de fazer o mesmo. O lápis escreve, a borracha apaga. E as borrachas melhores apagam tão bem que parece que nunca um lápis por ali passou. Não podemos fazer o mesmo com as canetas. Tudo bem que há o corrector, mas comparado com o que uma borracha consegue fazer, o corrector é muito fraquinho. É quase como comparar a limpeza de um aspirador de 1500W com um mísero espanador, que se limita a tirar o pó de um lado para o colocar noutro. O corrector deixa sempre aquele borrão branco nas nossas folhas, a borracha é limpinha.

E como é que ela consegue fazer isso? Ninguém faz a mínima ideia. O que eu penso é que a borracha é constituída por minúsculos anões mágicos (conceito engraçado o de anões minúsculos), que não fazem mais do que ilusionismo à nossa frente. Basicamente o que eles fazem é passar toda a folha onde nós estamos a escrever a limpo e substituí-la por uma nova sem a palavra que estamos a apagar. Eles são tão bons ilusionistas que não nos apercebemos do que se passou. As borrachas que apagam pior são constituídas por anões que vêem mal ao perto, como estão muito próximos da zona que estamos a apagar não conseguem ver bem, vendo apenas um borrão que eles insistem em reproduzir na nova folha. É por isso que as folhas ficam manchadas.

No entanto o que intriga mais é: para onde vão as borrachas quando acabam? Já alguém levou uma borracha até ao fim? Eu já consegui reduzir borrachas a metade do seu tamanho, mas depois disso perco-as sempre. Simplesmente desaparecem. Onde é que estão essas borrachas? É que as borrachas são coisas que se gastam muito lentamente e aquelas borrachas maiores (por exemplo a da figura) seria o suficiente para uma vida. No entanto, é certo que passado uns meses é necessário adquirir nova borracha, porque mais uma foi levada misteriosamente...

sábado, abril 07, 2007

Ahhhh, a Páscoa....

É uma altura feliz, de paz, amor, alegria e família... E que altura melhor do que a Páscoa para se falar de religião??

E sob a pena de ser apedrejada em plena rua (as mentes mais sensíveis, que me perdoem, mas parem de ler agora), vou prosseguir....

Para além de ser uma época feliz em que se comemora a Morte de alguém (weeee, morreu! ...Oh bolas, voltou...), é uma altura em que há festarolas. Balilaricos! Boa!
Isto para chegar à importante temática das "Nossas Senhoras". Já repararam, por ventura, na quantidade delas que existe, cada uma das quais com uma festa em sua honra??!! Nossa Senhora do Rosário, da Conceição, da Fé, das Alturas, dos Pescadores... You name it.

E a pergunta impõe-se......

Será um Franchising?

Mistérios da Fé!

terça-feira, abril 03, 2007

A Mudança da Hora...

A pedido de muitas famílias, ou pelo menos da família Santos, da família Pereira e da família Sousa, o Pingo Doce baixou os preços. Mas isso agora não interessa muito...

Aqui está mais um video que demonstra não só como eu sou um idiota, mas também como eu cada vez mais gosto de vestir roupa de mulher... Sinto-me bem, sinto-me fresco, sinto-me Ausonia! Bom... Não fui a esse ponto, vesti só uma saia, mas é melhor verem!



Este video está mais maduro e tem até requintes de realização "à la Hollywood", como a sequência em que eu flutuo que eu gostava mais tarde de vos demonstrar como foi feita... Comentem! Nem que seja para me insultar ou dizer que eu fico extremamente atraente com camisolas justas!

domingo, abril 01, 2007

Regresso (não numa manhã de nevoeiro)

Depois de um longo intervalo, regresso ao exercício da minha estupidez através de um portátil que o mais alto nível deste agregado familiar adquiriu recentemente. O PC mais velhinho está na "oficina".

O que me obriga a este regresso? A resposta é "António de Oliveira Salazar". Que continua com "O melhor português de sempre."

Penso que isto veio provar a minha teoria que muitos portugueses têm, como eu gosto de apelidar, fetiches sociais, nomeadamente sadomaso social. Neste jogo de dominação temos o Chefe de Estado - Dominador - e o Povo - Dominados. Existe muita coisa em comum entre o fetiche social e o sexual como por exemplo a censura, tortura, pequenas palmadas no rabinho, etc. Esta vitória(?) não é mais do que um apelo para que outro/a dominador/a surja numa eterna manhã de nevoeiro nadando no rio Tejo, mas só com um braço, pois o outro tem que segurar o chicote, através do qual puxa uma imponente caravela.

Se realmente alguém quisesse fazer o "trabalhinho" de uma maneira mais autoritária, uma enorme pressão cairia imediatamente sobre a sua epiderme. Não é brincadeira fazer um novo Estado Novo (tinha que fazer o trocadilho, demasiado tentador). Tinha que ser uma pessoa extremamente carismática já que as livrarias segredam o "arrasa corações" que António de Oliveira Salazar era. Um verdadeiro garanhão. Mulherengo. Manter esse nível parece-me ser uma tarefa um tanto difícil. Muitas pessoas não concordarão comigo, mas eu acho que as mulheres foram a principal razão porque Salazar quis ser governante. Basicamente, queria engatar quantas mulheres quisesse e provavelmente esperava que, posteriormente, alguém escrevesse um livro sobre os seus engates de forma a perpetuar os seus feitos amorosos. Visionário.

Espero sinceramente que a minha teoria do fetiche social esteja completamente errada. No entanto, ainda tenho outra aqui na algibeira - Muitos portugueses sofrem de um síndrome derivado do "Síndrome de Estocolmo" apelidado de "Estupidez ao mais alto nível".

Mais cuidado na escolha de heróis...e de vilões.

Saudações.