terça-feira, fevereiro 28, 2006

Mas...

Para continuar o meu anterior post devo dizer que se confirma a tese de que vivemos num país mesmo engraçado. Engraçado, mas atrasado! Já não bastava o atraso na economia, tecnologia, cabeça do presidente da república, desemprego, entre muitos outros, temos também de ser o último país a ter a gripe das aves! Na Europa já há mamíferos com a gripe das aves! Um gato em França já morreu de gripe das aves e em Portugal o que temos? Nem um pardalo a espirrar!

Mas não é só nesta questão que estamos atrasados... Somos o país com os maiores génios do crime. Já não bastava o "avô metralha" a assaltar um café para levar umas pastilhas, ou os portugueses a fugirem aos impostos, tinhamos de ter 3 farmacêuticas que trabalhavam em Laboratórios de Análises Clínicas a falsificar vinhetas para apresentarem exames falsos ao estado. E daí receberem uns trocos (trocos para quem ganha o euromilhões todas as semanas).

A notícia não teria nada de estranho, não fosse o caso das pessoas que cometeram o crime serem licenciadas em Ciências Farmacêuticas e terem decidido apresentar receitas com "Exames à próstata de mulheres", "Exames a ovários de homens" ou "Análises à testosterona de senhoras com mais de 80 anos de idade". O que se passou na mente destas pessoas?

"Epah, temos de por aqui uns exames à próstata..."
"Ya! Põe aí..."
"Olha lá, isso é do sexo masculino ou feminino?"
"Próstata é feminino, pah! A próstata."
"Tens razão! Então ovário é masculino! O ovário! 'Tá bem visto, sabes que eu já não tenho português há muito tempo... Agora passa lá a garrafinha de whisky, se faz favor."

Há mais coisas engraçadas neste país. Peço desculpa por mais uma vez vos remeter para a casa de banho, mas é lá que se encontra aquilo de que vos vou falar.
Durante os meus duches, e especialmente enquanto me estou a molhar, não há coisas muito interessantes para fazer. Por isso tenho o hábito de me por a ler as embalagens de champô e de gel de banho. Sabem a que conclusão cheguei? Que todas as embalagens que ali tenho contém as informações em duas línguas. Português e... Grego! Das duas uma, ou temos uma grande comunidade grega em Portugal, ou os mesmos artigos de casa de banho que chegam a Portugal estão a ser exportados também para a Grécia. Mais uma vez está aqui um génio da economia envolvido, ele pensou:

"Vamos por isto em duas línguas de países que se encontrem extremamente próximos, caso falte o stock num podermos facilmente repô-lo e para além disso os custos de transporte serão muito mais baratos, visto que vão para a mesma zona. Hmmm... Portugal e Espanha? Naaah... Portugal e França? Naaah... Já sei! Portugal e Grécia distam apenas 2500 Km em linha recta!"

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Olha qu'isto!

Vivemos num país extremamente engraçado! É de facto hilariante viver em Portugal, este é o país onde o telejornal não é um bloco noticioso mas uma verdadeira sitcom. Temos pessoas divertidas como Avelino Ferreira Torres, Valentim Loureiro, Pinto da Costa, clubes como o Benfica que apenas ganham a clubes grandes e sofrem grandes derrotas com clubes pequenos (como o Sporting...) e temos neve, apesar de não conseguirmos alcançá-la.

Para quem não sabe Portugal dispõe de uma "estância de esqui", na Serra da Estrela. Aquilo segundo parece nem é mau de todo, já contabiliza no total cerca de 10 pistas e vários meios de transporte, o que deverá dar para passar dois dias bastante entretido. É aqui que reside o caricato da questão, este deve ser provavelmente o único país que quando neva o acesso às pistas se encontra encerrado.

Deixem-me ver se percebi. Está a nevar, bom para a prática de desportos de inverno. O que acontece em Portugal? Não conseguimos chegar às pistas de neve porque a estrada se encontra encerrada. Pergunto-me eu, quando se pode então chegar às pistas? Quando não neva... Mas quando não neva, as pistas não têm neve, o que impossibilita a prática de desportos de inverno!
Este é o dilema com que se deparam os possíveis esquiadores portugueses que queiram praticar um pouco na sua terra.

Isto faz tanto sentido como os acessos à praia estarem encerrados no Verão e abrirem apenas no Inverno quando a água se encontre a menos de 10ºC e estejam rajadas de vento gelado na ordem dos 50 km/h. Nesse caso sim, faz sentido irmos todos para a praia!
Isto não passa tudo de uma manobra do governo que não quer pagar a sua parte nas vacinas contra a gripe, como tal protege os portugueses impedindo-os de apanhar frio. Isto o melhor é as pessoas ficarem em casa e não ser armarem em espertas!

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Aproxima-se a passos largos!

Aproxima-se o dia que mais temo de todo o ano. Sinceramente, depois do dia 14 de Fevereiro, deve ser dos dias que eu mais detesto! Estranho como estes eventos se encontram perto um do outro. Falo do dia 3 de Março, dia em que vou ter a minha primeira aula de Laboratório de Química Analítica Instrumental... Não, falo do Carnaval, como já obviamente perceberam através da imagem, apesar de por vezes um laboratório se parecer com esta imagem. Por essa razão achei melhor esclarecer as coisas.

Para mim isto é uma das piores invenções para dias, desde a invenção do dia 1 de Abril, o dia das mentiras. Qual é o objectivo de andarmos todos mascarados e a pregar partidas aos outros? Eu sempre tive um pequeno problema, que é ter basicamente medo de tudo o que fuja ao normal.
Ora esta é a altura em que é normal andarem por aí homens vestidos de pistoleiros do Faroeste, de superhomem, de homem aranha, de mulher ou de Alberto João Jardim. Raparigas vestidas de fada madrinha, de bruxa má ou de Fátima Felgueiras. Este tipo de coisas sempre me assustou.

Nunca percebi a razão das pessoas quererem transformar-se em coisas que não são. Eu compreendo que um homem até gostasse de ser superhomem para poder salvar o mundo a qualquer momento e especialmente para ter visão raio-x. Eu gostava, especialmente da visão raio-x, porque salvar o mundo já o faço todos os dias através da separação do lixo, mas não é por isso que uso o fato de superhomem. Agora, vestir-se de mulher? Qual é o objectivo disso? Lá no fundo ele quer ser uma mulher e este é o único dia em que se podem cometer estas loucuras sem ouvir bocas dos amigos. Este ano estes "homens" podem ter um bonus adicional e ir ver o Brokeback Mountain.

Outro grande flagelo do entrudo são as partidas. Estalinhos, bombinhas de mau cheiro, ovos podres, balões de água, serpentinas, confetis e mais trezentos mil artigos que deixam a pessoa que é "partida", inteiramente irritada. Para quê vilipendiar as pessoas desta maneira? Eu acredito que as pessoas tenham a melhor intenção do mundo e queiram apenas pregar uma pequena partidinha. Mas por pequena partidinha não se entende ficar completamente encharcado ou sujo de ovos podres. Se para as pessoas que fazem este tipo de brincadeiras isto é agradável, autoparodiem-se com as mesmas e deixem em paz os trausentes!

Por tudo isto eu quero lançar aqui o MACTBEEND - Movimento Anti-Carnaval e Todas as Brincadeiras Estúpidas Envolvidas Nesta Data. O MACTBEEND defende a pena de morte para pessoas que partilhem da opinião de que o carnaval é divertido. Esta deve ser levada a cabo através de uma tortura que envolva brincadeiras de carnaval, como estalinhos e bombas de mau cheiro em sítios inócuos. Vamos para a frente! Vamos fazer de Portugal um sítio melhor! Nas próximas legislativas, vote MACTBEEND!

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Cortando na TVI....

...mais uma vez, essa fonte inesgotável de assunto e comentários neste blog. Muhahahah!! (riso sacana, à senhor do mal).
Pessoalmente, e a seguir à Religião em Geral, a TVI é um dos meus Sacos de Pancada preferidos.

Anyway, vem aí outra novela da TVI, desta vez dá pelo nome de "Fala-me de Amor". Mas vamos recapitular um bocadinho, shall we? : ora antes desta vieram "Dei-te quase tudo", "Ninguém como tu", "Olhos de Água", "Jardins Proibidos", "Todo o Tempo do Mundo", "Saber Amar", "Nunca Digas Adeus", etc, etc....

Portanto, dar um nome a uma novela da TVI é um processo difícil e moroso, do género: "Pronto, pessoal, já acabamos de escrever esta coisa... agora só falta o título. Então, e do que é que esta treta fala??...Não, ninguém? humm... ah, sim, bem, tragam aí a Tômbola!!!"

E trazem uma tômbola (mmm, adoro tômbolas!!), cheia daqueles cartõezinhos do género dos utilizados para os sorteios de concursos de hipermercados mas só que, em vez do nome e morada do cliente ansioso, vêm nomes de músicas e de cantores/bandas mais ou menos esquecidos/as.

Aparentemente, o Paulo Gonzo deve ter um contrato secreto vastíssimo com essa estação televisiva... Medo, muito MEDO!!!

E assim fazem o sorteio que, para além de determinar o Título da mais recente criação de ficção nacional, determina também a música de abertura e de término... e muitas vezes, a música entre cenas da novela... Originado um drama recorrentíssimo, pelo menos no meu caso, que é o facto de se passar a odiar profundamente qualquer música que passe na TVI, mesmo que essa fosse uma das preferidas do senhor telespectador. O príncipio é, mais uma vez, o mesmo da tortura da gota de água: e repete, e repete, e repete E repete E REPETE!!!...

O que não é muito bom para os próprios artistas, presumo. Ou para a nossa sanidade mental.

Enfim meninos: se querem aprender alguma coisa, vão ver o House, se faz favor....

O meu cabelo

Aqui está mais um item a juntar à pasta que vocês têm aí em casa com o nome "O André é um tipo realmente estranho". Desta feita, o meu cabelo. O meu cabelo tem tudo o que de mais estranho existe.

Para começar é muito forte, tão forte que se torna impossível pentea-lo. Andam cientistas a tentar descobrir como fabricar fios de teia de aranha, que se dizem mais fortes do que certos metais e creio que o meu cabelo tinha todas as potencialidades para ser um substituto à altura. Se tivesse cabelo suficiente, era possível construir a torre Eiffel... com os elevadores e tudo. E creio que estaria em melhor estado do que a verdadeira.

A minha trunfa tem outras particularidades deveras estranhas, como o formato. À frente dispõe de duas entradas maiores do que as entradas de ar de um qualquer carro de ralis. E atrás descreve uma estranha forma de M, inédita até agora na espécie humana. Não faltam também 3 remoinhos que tornam ainda mais difícil qualquer tentativa de "penteamento".

Outro grande problema do meu cabelo é quando apanha água. Quando tal acontece passo a assemelhar-me a um ouriço-caixeiro (não tenho a certeza de ser assim que se escreve, também nunca percebi o nome deste ouriço, ele vive numa caixa?!). Dizia eu, que quando apanha água fica de tal maneira espetado que se eu me aproximar de alguém posso cegá-lo e nem preciso estar muito próximo. Resta dizer, que quando toma esta forma é impossível retroceder, nem com um secador na máxima potência eu consigo pô-lo "normal".
Eu sei que vocês, más línguas como são, já se estão a interrogar se não tomo banho. A verdade é que tenho de tomar banho à noite, caso contrário todo o mundo estaria cego (dizem-me fontes próximas que "Ensaio sobre a cegueira", de José Saramago, terá sido inspirado no meu cabelo). A minha almofada parece conter poderes especiais e consegue moldar o cabelo a uma forma socialmente aceitável.

Outro problema da minha vasta pilosidade capilar é crescer a uma velocidade incrivelmente estonteante. Se houvesse uma Brigada de Trânsito Capilar, o meu cabelo estaria sempre com a carta de condução apreendida devido a condução em excesso de velocidade.

É assim o meu cabelo.
Para a semana, mais um fascículo desta colecção "O André é um tipo realmente estranho" intitulado, o meu nariz. Posso adientar-vos que o pinóquio poderia mentir à vontade que nunca teria uma penca tão grande como a minha.
O tamanho do meu nariz poderia ser disfarçado com um cabelo maior, mas tal é impossível devido às características acima referidas, especialmente o facto de o meu cabelo crescer em altura e em largura, ao contrário dos cabelos normais que ao crescerem vão sendo influenciados pela gravidade.

P.S. - A fotografia não reflecte a minha imagem, até porque isto não é um espelho... Está censurada pelo simples facto de ocultar e proteger a identidade do homem que pôs esta sua fotografia na net, facilmente pesquisável através do google. Assim sim, está completamente irreconhecível!

terça-feira, fevereiro 21, 2006

O drama...

Ora os tempos de escola primária. Nesses tempos os nossos amigos eram-nos atribuídos consoante o grupo a que pertencíamos. Caixas de óculos, atletas, populares e... eu. Se há coisa em que nunca me consegui inserir foi num destes grupos.

Os populares eram aqueles que eram conhecidos por toda a escola e que eram adorados. Exemplos a ser seguidos. Os tipos cuja entrada na escola parecia processar-se sempre em câmara lenta e que apontavam os dedos indicadores a toda a gente em jeito de cumprimento. Toda a gente, excepto os caixas de óculos. Esses eram cumprimentados com uma valente marretada. Os tipos que tinham as raparigas jeitosas atrás deles e que mudavam de namorada mais rápido do que um mecânico de Fórmula 1, muda um jogo de pneus. Os tipos que faziam comentários inoportunos enquanto o professor tentava explicar a matéria.
Ora, eu não era certamente uma destas pessoas. Basicamente pouca gente me conhecia e o jeito que tinha com as mãos, fazia com que, quando tentava fazer o cumprimento "à popular", com os dedos indicadores esticados, acabasse por acertar num ou noutro colega, acabando estes a odiar-me e a fazer de mim o seu novo motivo de chacota.

Os caixas de óculos eram... as pessoas que usavam óculos. Há uma particularidade, para ser realmente um caixa de óculos, ou as armações são em massa daquela castanha a imitar madeira envernizada, ou os óculos preenchem mais do que a largura da cara. Esta última medida parece-me ser instituída pelos pais, para que não tivessem de comprar óculos novos quando a cara do filho crescesse. Estas pessoas eram também associadas aos marrões. Aqueles que tinham grandes notas e a quem os óculos eram escangalhados todos os dias pelos populares (não pela gente do povo, mas os populares que me referia à pouco).
Ora, eu nasci com uma visão bastante boa e como tal também não podia entrar neste grupo. Ainda tentei que me comprassem uns óculos e fiz os meus pais marcarem uma consulta no oftalmologista, porque dizia ver as letras a saltar do papel - isto é rigorosamente verdade. Já que não era popular eu pensava que poderia fazer mais uns amigos entre o pessoal que via mal.

Já os atletas eram aqueles que tinham um grande físico e que nos faziam a todos passar vergonhas nas aulas de educação física. Onde eles faziam pinos e davam mortais, eu tinha dificuldade em dar uma simples cambalhota. Onde eles afundavam no basket, eu tinha dificuldade em driblar a bola mais de 3 vezes sem acabar, ou por perder a bola, ou na pior das hipóteses, tropeçar e cair no chão. Estes eram aqueles que ganhavam todas as competições da escola, futebol, voleibol, corta-mato...
Como já devem ter calculado, este também não era o meu grupo. Simplesmente a minha condição física não o permitia. Especialmente a minha proeminente barriga, o que vocês poderiam dizer que facilitava as cambalhotas, por me assemelhar mais a um pneu da Michelin, é totalmente mentira, os professores diziam que rebolar de lado não era considerado uma cambalhota.

Como tal eu não pertencia a nenhum grupo. Era um erro da sociedade humana. Eu conhecia duas ou três pessoas, mas isso não fazia de mim um popular. Especialmente por eu ser extremamente introvertido e as pessoas só quererem ser minhas amigas, quando eu me exponho, se eu sou introvertido isso torna-se num grande problema.
Eu tinha notas razoáveis, mas infelizmente uma visão 20/20, o que me excluía do grupo dos caixas de óculos. Sempre que eu me aproximava, eles pensavam que eu fazia parte dos populares e que ia desancá-los à pancada e fugiam.
Devido ao meu físico, os atletas também não eram para mim.

Vocês devem estar a perguntar-se se eu não teria amigos. Tinha. Éramos os incatalogáveis.

domingo, fevereiro 19, 2006

Casamentos: a instituição

O casamento, essa cerimónia do Homem, é regada com detalhes que não lembram nem ao menino Jesus, e olhem que o menino Jesus lembrou-se de muita coisa, como pôr paralíticos a andar e ajudar homens a abrir mares ao meio!

Os aspectos peculiares desta cerimónia (da que se celebra pela igreja católica) são vários e começam logo dentro da própria igreja. Diz a tradição que o homem nunca poderá ver a sua futura esposa vestida de noiva antes do casamento. Pergunto-me o que poderia acontecer se por acaso, numa das provas do vestido, o homem aparecesse de surpresa. Creio que apareceriam 3 snipers que o abateriam a tiro no preciso momento. Aí arranjar-se-ia outro homem que não tivesse ainda visto o vestido para casar com a mulher.
Ainda dentro da igreja, diz-se que é de bom tom a mulher chegar atrasada e o homem esperar por ela no altar. Devo avisar que isto é só para o casamento! Parece que as mulheres fazem disto filosofia de vida e fazem esperar o homem em qualquer ocasião. Eu imagino que elas até se despachem rapidamente, mas só como lhes está nos genes que têm de chegar atrasadas, ficam a fazer tempo, escondidas e a observar-nos. As mentes das mulheres são muito estranhas...

Já fora da igreja, mais propriamente a caminho do copo de água, há algo maravilhoso, que é não só o pedaço de vestido de noiva pendurado na antena do carro (nestes carros novos sem antena isso começa a tornar-se problemático), mas também dever ir-se a apitar como se não houvesse amanhã. Qual é a razão de isso acontecer? Isto deve ter começado nos primeiros casamentos porque a noiva viajava a uma velocidade de cruzeiro extremamente reduzida e os convidados, como estavam cheios de fome, apitavam para ver se a caravana andava. A moda pegou e hoje é o que se vê, gente que parece contente por ir passar mais de 2 horas a tirar fotografias e almoçar às 17h.

As fotografias são outra coisa maravilhosa. Passamos 2 horas, cheios de fome, muitas vezes de pé e a fazer conversa com primos nossos que não vemos à 150 anos e acabamos por tirar só uma ou duas fotografias. Acabando no fim, provavelmente por nem ficar com elas, visto que os senhores que as tiram não devem conhecer o mundo exterior e saber que 10€ por uma fotografia é exagerado.

É assim o divertido mundo da união entre homens e mulheres. Aliás, ir a casamentos é tão emulsionante, que se se agitar muito, corre-se o risco de perder as duas fases!

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Mas como é que isto foi inventado? - Episódio 2

É já considerada uma das maiores invenções desde que Ediberto Lima disse "O que era giro era pormos um tipo a saltitar durante 3 horas nas tardes de sábado da televisão portuguesa" e eis que surgia o Big Show Sic. Falo-vos obviamente de iscas de bacalhau! Ai não, desculpem, confundi os blogs, neste é suposto escrever-se sobre a rubrica "Mas como é que isto foi inventado?". Então cá vai.

Na sequência do episódio anterior em que se falava de algodão doce, venho agora falar-vos de algo muito mais agradável. Essa bela invenção que é o piaçaba.

Primeiro que tudo, surge a dúvida, piaçaba ou piaçá? Ou até mesmo piaçava... Só pela dúvida na maneira como se escreve este é já um objecto de culto. Ninguém sabe qual o mais correcto e pelo que vi no dicionário todas as hipóteses são viáveis. Como vêem, quando estou de férias fico com demasiado tempo nas mãos, inclusivé perco tempo a ver estas coisas no dicionário. É isso e a descobrir palavras giras, como guturotetania.
O meu verdadeiro problema é que passaram dois dias do Dia Internacional dos Namorados, dia em que fui convidado para um jantar, ao qual se seguia uma festa que poderia envolver nudez, pelo menos quando cada pessoa voltasse a casa e tivesse de tomar banho. Infelizmente não me encontrava na mesma cidade desse jantar e respectiva festa! Ai, como a vida me corre bem...

Voltando à questão central desta rubrica, o piaçaba (para mim esta é a forma correcta de o pronunciar), essa vassoura pequena utilizada para higiene de casas de banho, como diria a 8ª edição revista e actualizada do Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora.
Em que preciso momento da história é que surgiu este instrumento? E como era feita a limpeza do resquício fecal antes de ser inventado?
Antigamente não existiam sanitas nem potentes autoclismos. Anos depois foi inventado o penico e o seu mecanismo de descarga era um "Água vai!". E se o penico ficasse sujo? Já nessa altura existia a tal escovinha para limpar os dejectos? É que parece-me que sem autoclismos a probabilidade de se ter o trono limpo é diminuta. Então surgiu um iluminado, no verdadeiro sentido da palavra (ele estava debaixo de um candeeiro), e inventou o piaçaba. Começou por ser algo que posteriormente veio a ser chamado de escova de dentes e evoluiu para o que conhecemos hoje.

Debrucemo-nos um pouco com o futuro do piaçaba. Com tanta inovação tecnológica ainda não houve nada que substituísse uma simples escova? Até as pessoas mais endinheiradas, que teriam dinheiro para comprar sistemas de limpeza por ultra-sons utilizam a vassourinha para limpar as paredes da sua sanita. É bom a tradição ainda ser o que era, mas nesta matéria eu preferia a limpeza por reacções de Química Orgânica avançada, como reacções de Hoffman ou de Friedel Crafts (esta foi gratuita e foi só para mostrar que sei alguma coisa de Química Orgânica, penso que seria impossível limpar o cocó com alguma destas reacções).

Nota: Os factos históricos apresentados neste post são totalmente fictícios e não reflectem de modo nenhum o que aconteceu na realidade.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Sugestões para fim-de-semana!!


De forma a aumentar a pilha de madeira em que vou, concerteza, arder no Inferno (e num dos círculos piorzitos, se Dante realmente está certo no que diz), vou hoje falar-vos na Transladação da Irmã Lúcia para Fátima. Certo. Este é um tema festivo o suficiente, na minha retorcida concepção de 14 de Fevereiro.

A Irmã Lúcia, essa criatura de Deus, morreu no dia 19 de Fevereiro do passado ano e, por ocasiões do aniversário de tal (feliz) acontecimento, ganhou o fantástico previlégio de ser transladada para Fátima: provavelmente pela sua ENORME contribuição para o Bem Estar Geral do País. Enorme. Quais melhoras na Economia, Saúde ou Educação.

Assim sendo, vamos ter uma programação digna da Importância de tal cerimónia nos nossos canais Nacionais. Preparem-se, caros leitores: no Domingo é Imperioso!! sair de casa, a menos que tenham TV Cabo ou estejam ainda enterrados no estudo. Porque vamos ter um menu variadíssimo nesse dia, vejamos: a partir das 8h30 da manhã até às 18 e quase non stop, nos 3 canais do costume (salvando-se honrosamente a Dois), vamos ter... A Transladação da Irmã Lúcia!! (Até dá vontade de atentar contra a vida dela, se ainda estivesse viva. Bolas! Estão sempre mortos quando mais são necessários!!)

Portanto caríssimos leitores: se um dia, tal como eu, almejarem a sorte da irmã Lúcia... Juntem mais dois amigos, descubram assim um sítiozinho jeitoso (longe de tudo e com espaço suficiente para uma catedral ou duas) e snifem (ou por qualquer outro meio, dependendendo das vossas preferências pessoais) uns pózinhos de perlimpimpim. E se quiserem MESMO ser convincentes, assegurem-se que os posteriores visitantes também o façam, embora subtilmente. (Na limonada, por exemplo)

Mas não se esqueçam: isso do Sol se mover, blá blá blá, já tem barbas. Sejam originais!
Não se esqueçam também de mandar fotos aqui para nós, lembrando, claro, que o endereço não é o mesmo do dos passatempos da Fanta.


P.S.I: Hã, já viram, este Blog tem uma profunda acção educativa! Avisa na iminência de catástrofes, sugere actividades lúdicas de fim-de-semana no campo...

P.S.II: Desculpem o tom, mas este é mesmo um dos meus ódiozinhos de estimação...

Admirável mundo de sabores

Primeiro devo avisar que este é o primeiro post que escrevo longe da minha secretária, tanto da que me atende telefones, como da que tenho no meu quarto e onde habitualmente escrevo estas parvoíces. Infelizmente não o escrevo de casa de uma namorada que teria arranjado à última da hora e me faria passar o dia de hoje acompanhado. Eu sei que era o que estariam a pensar, mas acham mesmo que eu iria perder tempo a escrever posts inúteis sobre sabores de casa de uma suposta namorada quando poderia estar a fazer coisas bastante mais interessantes com ela? Como por exemplo, comer gelados enquanto jogamos uma bela partida de batalha naval.

Escrevo então sobre esse maravilhoso mundo da síntese química que permite criar sabores em alimentos, sabores que seriam impossíveis de obter por técnicas tradicionais.
Gosto de pensar que hoje em dia existem doenças como o HIV, o cancro ou o Parkinson a precisar de cura ou de uma vacina, mas que haja um cientista que pense "O que era realmente interessante era termos batatas fritas com sabor a tosta mista!".

É impressionante a quantidade de sabores que já foram sintetizados hoje em dia, é pastilhas com sabor a algodão doce ou a morangos ácidos, batatas fritas com sabor a presunto ou a tosta mista, comida macrobiótica com sabor a carne à bolonhesa. Esta última faz-me um pouco de confusão. O objectivo dos macrobióticos não é o de não comerem carne? Porquê pôr sabores da cozinha tradicional nestas comidas? Eles não querem carne nem peixe! Certamente não querem sentir o sabor deles na sua comida. Ou eles gostam de carne e peixe, mas comem comida vegetariana por obrigação de serem "cool" e de viverem em harmonia com a natureza?
Mais uma vez me arrisco a levar valentes traulitadas desse lobbie que são os vegetarianos. Ultimamente tenho tentado criar ódios em todos os grupos existentes à face do globo, chegará o dia em que eu tenha de me enclausurar num "bunker", pois o mundo já não estará interessado em livrar-se da ameaça atómica por parte dos países do Médio Oriente, mas em assassinar o rapaz que diz mal de todos. Já agora, devo aqui anunciar que não gosto de betos (esta foi gratuita).

Voltando aos sabores, creio que nos aproximamos mais uma vez de algo "star trékico", em que comeremos apenas suplementos de proteínas, mas que tenham um sabor extramente agradável a couve flor. Ah, espera, couve flor não tem um sabor agradável (a não ser para os vegetarianos), fica então um sabor a "sande" de torresmos e a "mine" no nosso suplemento.

P.S.1- Em resposta à Botas e à Mariana, tenho pena de não me encontrar em Lisboa hoje, para podermos mais uma vez passar uma louca noite de... sono.
P.S.2 - Quanto às restantes propostas, deparo-me com o mesmo pormenor técnico, não me encontro em Lisboa, se acham que se conseguem por no Porto em 4h30, a primeira a chegar tem direito a comer qualquer coisa comigo, porque duvido que à hora a que chegam ainda consigamos jantar... Fica então a proposta, arranjem o meu contacto e metam-se a caminho, que cá vos esperarei!

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Trocos?!!!

Localização : Príncipe Real
Horas : Por volta da 1 da manhã
Missão: Arranjar lugar para o carro
Agentes: Miguel (Eu) e Joana


Desesperados! Estávamos mesmo desesperados por um mísero lugar para estacionar o carro. A joana ao volante e eu a fazer de atento co-piloto ( ou não). Estávamos nós, aproximadamente, na quadragésima volta ao parque do Príncipe Real (Mas que raio?! Se é príncipe, é real foda-se! Bom, podia ser surreal ou assim...que piada...!). Entretanto, apareceu a nossa salvação, vinha de brincos dourados, olheiras e gorro da nike. Com uma voz abafada, o arrumador perguntou "Querem um lugar?", eu e a joana, com os olhos quase em lágrimas, respondemos afirmativamente, "Então recua um bocado que esse aí vai sair. " disse o messias (arrumador). Enquanto a joana realizava a bela manobra de estacionar com ajuda do arrumador, lembrei-me de verificar se tinha trocos para dar. Só tinha cerca de 5 cêntimos, o que poderia ser considerado uma ofensa pelo arrumador caso eu os entregasse. A Joana proferiu as reconfortantes palavras "Descansa, que eu tenho trocos.". Manobra terminada, a Joana tentou encontrar trocos, olhou para mim e geme um nervoso "Também não tenho...". Depois de pedirmos algumas desculpas ao arrumador, eis que aparece o motivo porque escrevo este post. Foi o grande momento da noite. Foi monumental. A Joana retirou a sua nota de 10 euros e disse: "Desculpa, pode parecer estranho, mas não tens troco para 10 euros?!"... A força que eu fiz para não me rir depois de ouvir isto e ver a cara do arrumador é indiscritível.

Só quis partilhar.

Saudações.

domingo, fevereiro 12, 2006

Mais lenha na fogueira

Não tenho o hábito de ler jornais. O principal meio por onde recebo notícias do Mundo são os telejornais. Aliás dos Mundos, uma vez que existe o Mundo da TVI e o Mundo em qual todos nós vivemos. Telejornais de lado, aproveitei, então, o dia de hoje para fugir a normalidade e, feito maluco, resolvi ler as palavras do Expresso. Comecei por ler "EXPRESSO", o que foi deveras interessante. Li alguns pequenos artigos e, já que o André andou numa onda de polémicas, vou atear ainda mais (um bocadinho de nada) a fogueira comentando um deles.
A Santa Sé quer, então, "afirmar-se" no controlo do Santuário de Fátima e quer como que uma "restrição teológica" neste.
Em relação à primeira medida, é importante referir um pequeno dado que li no artigo, em 2004 Fátima rendeu 19 milhões de Euros. Podemos, então, estimar que aquilo rende de 15-20 milhões de Euros por ano. E agora, já estão os nossos 1 leitor a ter pensamentos do Demo contra a Santa Sé e, podendo até, estar a verbalizar alguns palavrões contra a mesma. Blasfémias. Passo a explicar esta medida da Igreja. O que a Santa Sé pretende, é regularizar o voto de pobreza em Fátima. Ou seja, eles vão tomar o controlo do Santuário, para que as receitas sejam de acordo com o tal voto de pobreza. Em conferência de imprenssa, um porta-voz da Santa Sé afirmou que para se respeitar o tal voto, os lucros de Fátima tinham que ser, pelo menos, de 30-40 milhoes de Euros. Ora podem agora parar com esses negros pensamentos, já que está tudo explicado.
A "restrição teológica" remete-se para outro dado do artigo, o facto de terem sido pedidas justificações ao reitor do Santuário pela Santa Sé quando pessoas com outras crenças, como hindus e até o próprio Dalai Lama foram meditar/rezar ao Santuário. Compreendo a indignação da Santa Sé! Onde já se viu?!!O Dalai Lama?!! Claro que não querem estar relacionados com este senhor QUE GANHOU O NOBEL DA PAZ nem com a ideia de harmonia entre as diferentes religiões. Antes com as Cruzadas ou Inquisição.

Tenho dito.

Saudações.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Mas como é que isto foi inventado? - Parte 1

Para por um bocado de água na fervura, visto que ultimamente tenho lançado muita madeira para me queimar, inauguro aqui, aquilo que em rádio ou televisão se poderia chamar de rubrica, mas como isto é o Kassabian, eu decidi chamar de assinatura.
Esta assinatura consiste em objectos sobre os quais nunca entendi como funcionavam, qual a ideia que esteve na base da sua invenção ou a vida antes da sua existência - ou para complicar mais um pouco, todos estes items juntos.
Não pretendo que alguém me venha explicar como funciona, pois creio que a mística do objecto recai sobre o facto de não se saber exactamente como é que funciona.



Apraz-me falar dessa magnífica invenção que é a máquina de fazer algodão doce. Quem é que terá tido a ideia de que seria bom poder comer algodão, essa coisa fofa que serve não só para ajudar na desinfecção de feridas, como para mostrar como uma superfície se encontra espectacularmente limpa em publicidade (especialmente no anúncio da marca que vou chamar aleatóriamente de Sonasol).
Quer-me parecer que a invenção desta máquina foi baseada no umbigo. É grotesco pensá-lo, mas que outro local conhecem que produza quantidades tamanhas de cotão? Creio que no meu umbigo se colocar açúcar e um palito consigo produzir algodão doce.
O que me parece fantástico nesta invenção foi alguém ter perdido tempo a magicar uma máquina que permitisse fazê-lo. Não creio que se fabricasse algodão doce antes daquelas máquinas existirem, e quem é que teve a ideia de ir desenhar uma máquina que permitisse fazer algodão comestível?
É que segundo o que me parece, o algodão doce não passa de fios de açúcar extremamente finos. Será que a ideia era usar este produto na tecelagem, mas como as pessoas começaram a comer os seus tapetes e camisolas feitas de fios de algodão de açúcar os fabricantes viraram a sua nova habilidade para as feiras?
Actualmente não há feira, que possa ser chamada por esse nome, que não tenha uma barraquinha(?!) de algodão doce. Isso e as farturas da Família Mateus, mesmo ao lado dos cachorros "Ão-Ão".

Já agora, alguém sabe onde se poderá comprar uma máquina daquelas? É que apesar de ser extremamente irritante não perceber como é que aquilo funciona, o algodão que sai de lá é bom!

Tu queres ver...

O Vasco (Chilli Pepper), num comentário ao meu post polémico fez-me pensar "olha, tu queres ver..." e parece que é mesmo verdade.

Então não é que envergar um qualquer traje é igual a ser ridículo? Seja ele de escuteiro, de bombeiro, académico, da polícia... Eu sei que há muitas mulheres que têm fantasias com homens fardados, mas quer-me parecer que, são todos um bocadinho ridículos, não?
Qual é o fascínio que uma mulher pode ter num homem que anda com um capacete e todo vestido de vermelho, onde nas costas diz "B.V. Ajuda"? Ou que ande com um chapéuzinho ridículo, vestido de azul, com um crachá ao peito e umas divisas nos ombros? Ou que ande todo vestido de preto e que use uma capa, qual superhomem dos tempos modernos? Talvez a ideia da capa no traje académico seja isso mesmo. Alguém que se estava a tirar uma licenciatura e pensou "epah, eu já ando na faculdade, sou "muita" bom, mereço ter uma capa como qualquer superherói!".
Já que as mulheres têm tanto fascínio em fardas, porque não o têm com os fatos de palhaço? A diferença reside num simples nariz. Ou, porque já não gostam tanto de escuteiros? Aqui a diferença reside em adultos andarem de calções que ficam acima do joelho e com lenços ao pescoço.

Eu sei que este é talvez um post onde vou ser insultado a toda a força e talvez até as pessoas que me conhecem pessoalmente me queiram dar uma ou outra palmada (raparigas, estou à vontade para essas palmadas). Talvez seja um trauma de infância, uma vez que tive de usar uma bata até ao 4º ano e por isso nunca tenha gostado muito de uniformes e trajes.
Nunca percebi qual o objectivo de não poder haver liberdade individual e termos de andar todos iguais. Mas ao que parece é isso que vai acontecer no futuro. Já viram o Star Trek? Ou o Starship Troopers? Ou o Serenity? Todos os filmes que se passam no futuro e em que o ser humano visita outras galáxias, tem tendência a vestir-se todos de igual. A ideia, como diz o Seinfeld, deve ser "Ok, vamos contactar extraterrestes, vamos querer parecer uma equipa. A partir de agora todos com um uniforme prateado com um V no tronco".

Portanto continuem lá a fazer parte dessas equipas se são felizes, eu cá continuo a gostar de desportos individuais... A menos que haja por aí alguma rapariga a querer fazer equipa comigo (sei que ultimamente pareço um pouco desesperado, mas o dia 14 aproxima-se a passos largos e toda a gente sabe que quando uma pessoa dá passos largos é difícil pregar rasteiras para essa pessoa cair).

P.S.1- Peço desculpa à pessoa que está nesta foto que eu não faço a mínima ideia quem seja. Esta foto foi retirada de um fotoblog e peço desculpa à pessoa por se ter de expor ao ridículo de mostrar a toda a gente que enverga aquela fatiota!
P.S.2- Defensores da tradição académica vilipendiem-me com toda a vossa força!

Pensamento do Dia...


Como é que a Carmen Miranda conseguia aguentar aquele Ananás na cabeça? É que não era um Ananás qualquer, era um senhor Ananás.

Porque se for um Ananás falso, sinto-me bastante defraudada. É que eu sempre admirei a Carmen Miranda por essa fantástica capacidade.

E qual a piada de andar com fruta na cabeça? É pesado, é incómodo, e apodrece... mas deve dar um imenso jeito na hora do lanche. É claro que se for fruta falsa, acabou, a Carmen Miranda morreu para mim.

P.S: Pelo amor de Deus, alguém me cale o Malato! Ajudem a fazer da TV nacional um mundo melhor!!!

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Sentido de Humor

E para não ficar atrás do André, vou criar ainda mais polémica. Quero referir que o pessoal muçulmano que se sente ofendido pelos cartoons do Maomé e quem concorda que deveriam ser censurados são, vá lá, (não quero dizer asneiras) limitados, não têm nehum sentido de humor. Além disso, parece-me que o Senhor Maomé está bem favorecido nos cartoons, mais magrito e tal, com uma barba asseada. Ele próprio deveria gostar de se ver se ainda andasse por cá. Pois, mas para estas coisas já esses muçulmanos vândalos não ligam. Têm um bocadinho a mania da perseguição.

Realmente, arranjam pretextos cada vez melhores para atacarem países ocidentais. Mais um bocadinho e era "Olha aquele prédio ali! Às 14:34 horas faz uma sombra sobre o parque que, vista da janela de trás de um carro que vêm a 60 Km/h naquela passadeira, dá ares de uma mão a mandar uma caralhada na direcção de Meca. Vamos bombardear aquilo tudo!" ou simplesmente "Aquele ministro tem um bigode feio. Vamos matá-los a todos!".

Se por exemplo, os católicos se chateassem tanto como os muçulmanos se chateiam quando aparecem cartoons do Papa. Aconteciam duas coisas: Cruzadas e Inquisição.

A pergunta que se impõe é : Como é que os humoristas muçulmanos sobrevivem? Existem sequer? Dá que pensar...

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Polémica!

Vou criar polémica neste blog! Já tivemos problemas com homossexualidade, mas eu vou afirmar algo que me poderá custar a vida. Eu, preparem-se porque vai ser bombástico, não gosto de escuteiros! Não... estava a brincar. Não gosto, mas nunca o diria num blog sob o risco de ser atacado por 30000 crianças com um chapéu estranho, meias até ao joelho e cordas penduradas à cintura.

O tema que vai criar polémica é o facto de eu usar fio dental! É verdade, apesar de eu achar que é uma coisa extremamente maricas, eu uso. Não tenho como evitá-lo, já não consigo viver sem ele, e andar na rua, se não o usar, não me dá o mesmo conforto.
Especialmente depois de uma refeição. Nunca ficaram com aquela sensação de fios de carne entre os dentes? O facto de se conseguir tirar é um dos maiores alívios que existem. É isso e quando, depois de termos passado 2 horas dentro de água e de estarmos cá fora e continuarmos a ouvir tudo como se estivessemos dentro de um aquário, a sai água dos ouvidos e passamos a ouvir normalmente. Há realmente coisas boas na vida!

Para verem a coerência dos meus temas vou agora escrever sobre o dia dos namorados, que tem tudo a ver com o uso de fio dental e coisas boas na vida, apesar de não ser para mim.
Passa-se mais um ano em que eu no dia 14 de Fevereiro me limito a ficar em casa, porque se tento combinar alguma coisa com alguém que tem namorada/o oiço um NÃO! do tamanho da muralha da china, porque essa pessoa combinou que ia passar o seu dia com a sua cara metade.
E vocês perguntam, então e porque não combinas com alguém que não esteja comprometido? Eu respondo-vos. Porque se combino com uma rapariga ela pensa que é por ser dia dos namorados e automaticamente eu me vou atirar a ela, se combino alguma coisa com um rapaz pode parecer uma coisa gay. Assim resigno-me à minha solidão neste dia. A menos que haja por aí alguma rapariga jeitosa que me queira fazer companhia este ano... :) (peço desculpa, mas há demasiado tempo que queria fazer um anúncio de "Procura-se rapariga" aqui no blog, apesar de saber que nenhuma vá responder, a menos que a Area esteja interessada, pois só nós os 4 lemos o blog e do Vasco e do Miguel não quero nada).

P.S.- Devo afirmar que não tenho nada contra escuteiros... Apenas não gosto de vocês (não resisti).

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Da Importância de se chamar...

...Ernesto? Nem por isso. Mas de certeza que as seguintes criaturas se sentiriam felicíssimas por ter o nome das personagens de Oscar Wilde....

Ivanildo, Clayton, Ivandro, Idalécio, Delson, Deivid, Glauber, Ibson, Gilmar, Solimar. E Isto só num jogo da Superliga.

Mas se pensam que ter estes nomes é uma cruz, imaginem estes, também provindo do País Irmão (ou isso é Espanha? Ou são os dois?):

Adolpho Hitler de Oliveira (muito mau!!!), Antonio Manso Pacífico de Oliveira Sossegado (resumindo: era uma criança muito calma), Antônio Querido Fracasso (algo me diz que este foi resultado de um novo método contraceptivo), Asteroide Silverio (afinal, estamos na era espacial), Bananéia Oliveira de Deus (os pais teriam um negócio de bananas??), Itaparica Boré Fomi de Tucunduvá (um prémio para quem conseguir pronunciá-lo correctamente à primeira), Bucetildes (chamada, pelos familiares, de Dona Tide), Cafiaspirina Cruz (o pai gostava de café, a mãe era viciada em aspirina...), Chevrolet da Silva Ford (o carro da mamã, o carro do papá...), Colapso Cardíaco da Silva (um prémio para quem descobrir de que morreu o vovô...), Deus Infinitamente Misericordioso (dá todo um novo sentido à expressão "Eu conheço Deus"...), Deusarina Venus de Milo (seria assim tão feia??), Esparadrapo Clemente de Sá (esparadrapo não é gaze, ou uma ligadura?), Faraó do Egito Sousa (megalómanos...), Farmácio Lopes (este é dedicado aos restantes bloggers), Flávio Cavalcante Rei da Televisão (claramente, TV Globo a mais), Hericlapiton da Silva (humm, faz-vos lembrar alguém?), Himineu Casamenticio das Dores Conjugais (nascido em altura de divórcio portanto), José Amencio e Seus Trinta e Nove (este devia ter a mania que era Ali Babá), Maicon Jakisson de Oliveira (sem comentários), Manganês Manganésfero Nacional (mais uma vítima da tabela periódica...), Manuelina Terebentina Capitulina de Jesus Amor Divino (o que raio será uma "Terbentina"?), Maria Tributina Prostituta Cataerva (esta já tem percurso de vida), Matozóide (Esper...?), Ministéio Salgado (quereriam dizer Ministério? Pobre criança), Obedemigo Pereira (este vai ser popular na escola), Padre Filho do Espírito Santo Amém (este deve ser filho do padre e da beata lá do sítio: lamento meninos mas vão parar ao Inferno na mesma!), Plácido e Seus Companheiros (Ocupa menos espaço no BI que Carreras e Pavarotti, de facto), Produto do Amor Conjugal de Marichá e Maribel (mais concisos não podiam ser...), Remédio Amargo (este vai ter sucesso nas farmácias de todo o país), Restos Mortais de Catarina (uma vida inteira de psicoterapia portanto), Rolando Escadabaixo (apropriado!!), Sherlock Holmes da Silva (ah,ah ah, promessas!), Sossegado de Oliveira (outro petiz muito suportável), Terebentina Terepenis ("Terbentina" é um nome muito popular, não é?), Tospericagerja (em homenagem a seleção do tri: Tostão, Pelé, - Rivelino,Carlos Alberto, Gerson e Jairzinho, credo!), Valdir Tirado Grosso (vai fazer furor na escola, a criança), Vitimado José de Araújo (este processou os papás na certa), Voltaire Rebelado de França (outro percurso de vida traçado).

E isto é só uma pequena amostra (agora imaginem o resto). A lista inteira pode ser encontrada em http://rir.tripod.com.br/nomes/.

Portanto, leitores que um dia desejem ser pais, se um dia decidirem trazer ao mundo uma pobre e inocente criança, esta será a vossa fonte de inspiração...se quiserem ser processados por danos emocionais assim que o petiz perfizer os 18 anos.

Às criaturas chamadas Rute Marlene, ou Carla Carolina, ou então Maria Yussufina, Vêem? Afinal não é assim tão mau... O vosso caso resolve-se só com 10 anos de psicoterapia... E não numa vida inteira, como estes aqui de cima....

Velas e aniversários e coisas mais

Qual é a razão de que depois de se cantarem os parabéns, se existirem crianças na festa, se ter de repetir toda a canção para a senhora dona criança apagar as velas? Quando escrevo criança, refiro-me a pessoas com menos de 20 anos, porque por vezes eu próprio gosto de voltar a apagar as velas, mesmo quando não é o meu aniversário.
Agora a sério qual é o fascínio por parte da criança? Aposto que ela não sabe que de cada ano que faz (cada vela que apaga) está mais perto de vestir um sobretudo de pinho (mais uma vez adverto que um sobretudo de pinho não é algo que nos protege do frio e da chuva feito de madeira! é apenas uma maneira suave de dizer morte). O que explica porque é que actualmente a esperança de vida é maior do que há alguns anos.
Actualmente existem velas com números impressos, o que implica que cada pessoa ao longo da sua vida apague menos velas. Antigamente quando uma pessoa fazia 30 anos, apagavam-se 30 velas, o que lhe tirava imediatamente uma carrada de meses de vida. Esta minha teoria explica também o facto de as pessoas que nascem a 29 de Fevereiro viverem o mesmo tempo que o resto das pessoas, apesar de fazerem anos apenas de 4 em 4 anos, elas celebram os seus anos todos os anos no dia 28 de Fevereiro ou 1 de Março. Perdendo toda a possibilidade de viver 4 vezes mais do que uma pessoa "vulgar". Apenas me ocorre uma palavra para essas pessoas que é, estúpidos.

Por isso actualmente já não celebro o meu aniversário com uma canção de parabéns seguida de apagar as velas, mas com 5 voltas em torno de uma mesa cantando esse êxito da cantiga portuguesa que é "Favas com chouriço", do gigantesco, enorme, José Cid. "...não sei viver sem ti amor, não sei o que fazer. Faz-me favas com chouriço, o meu prato..." tenho de parar que ainda não faço anos.

Ai as crianças, as crianças... São tão bonitas as crianças... quando estão a dormir!

sábado, fevereiro 04, 2006

Satisfaz o desejo do requinte

Parece-me que chegou o momento de analisar em pormenor o anúncio dessa marca de requinte, lançada em 1982, sobre a qual eu não quero fazer publicidade mas que é o Ferrero Rocher.

Ponto nº1: Porque é que o Ambrósio tem nome, mas a madame que pede os chocolates é apenas tratada por senhora? Parece-me que seria justo ele poder tratá-la por Josefina Bettencourt ou Francisca de Mello (estes pareceram-me nomes de pessoas de estatuto elevado, reparem que a repetição de duas letras seguidas numa mesma palavra é sinal de estatuto).

Ponto nº2: Que tipo de embalagem é aquela onde os chocolates que o Ambrósio apresenta à senhora? Eu já vi à venda em supermercados embalagens com 5, 10, 20, 30 chocolates, umas com mais requinte outras com menos. Mas uma embalagem sob a forma de mala onde os ferrero's vêm em pirâmide numa bandeja elevatória nunca vi em lado nenhum, e isso sim, seria um bom presente de natal!

Ponto nº3: O Ambrósio anda sempre com aquela mala atrás? Por sorte ele só tem de carregar chocolates, imaginem que a vontade da senhora era ver elefantes. Agora que penso nisso ele teria mais facilidade em carregar umas pastilhas de ecstasy do que a mala dos chocolates...

Ponto nº4: Há ou não há uma química especial entre a senhora e Ambrósio? Cada anúncio novo parece mais um episódio de uma novela e eu aguardo o momento em que eles atiram o raio da mala para o chão e se começam a beijar desenfreadamente como se não houvesse amanhã.

Ponto nº5: Reparem no fim do anúncio a maneira como o Ferrero Rocher é feito. Tem uma parte de massa prensada, sobre a qual cai o chocolate, sobre o qual cai pó de ouro?! Mas que raio? Aquilo não é embalado!, eles dão um banho de ouro ao chocolate, eu que até agora deitava fora o papel, parece que aquilo também faz parte do chocolate!

Apesar de todos estes defeitos no anúncio os sacanas dos chocolates são mesmo bons e reparem que eles, quais dealers, nos fazem ressacar por estas iguarias doces no verão. Também a mim eles satisfazem o desejo do requinte, ai ai...

Números

Numa possibilidade de 823773888000 apostas eu fiz apenas uma. Como já devem ter percebido, e por o dia de hoje se seguir ao dia de ontem (o que não é nada vulgar!), estou a escrever sobre o número de apostas no concurso mundial de salto em comprimento ao pé coxinho com um dedo a tocar no nariz e a outra mão a dizer adeus à estatua do Marquês de Pombal. Não, estou mesmo a referir-me ao facto de ontem ter sido sorteado o maior jackpot até ao momento do euromilhões.
Ontem por volta das 18h30, obviamente à última da hora como bom português que sou, fiz a minha única aposta, o que me dava uma probabilidade de 0,0000000000121% de ganhar. O mesmo quer dizer que era quase certo que me iria sair... dinheiro do bolso. E é fantástico, que, contra todas as expectativas, hoje vos escrevo como um homem novo e rico. Perdão, um rico homem novo, ainda estou um pouco disléxico depois de ter visto 2€ a voarem-me da carteira.

É impressionante o que acontece na semana anterior a uma extracção de tamanho jackpot, todo o mundo fica parvo. Os telejornais dedicam mais de 2/3 da sua emissão a falar do que poderia fazer com milhões de biliões de triliões de ziguipatiquadilitiliões de cêntimos; neva em cidades completamente improváveis; eu jogo no euromilhões; mulçumanos irritam-se com cartoons que têm como figura principal Maomé (realmente estes tipos arranjam qualquer coisa para ter justificações para bombardear o ocidente; "Ai, eles estão a construir prédios com chaminés em cima? QUE ULTRAJE! AS CHAMINÉS NUNCA DEVEM ESTAR EM CIMA DE UM PRÉDIO! MATEM-NOS A TODOS!") e muito mais coisas improváveis de acontecer, acabam por acontecer neste tipo de semanas, tais como eu dormir com duas mulheres na mesma cama. Atentem que não usei a palavra dormir ao acaso (porra!).