segunda-feira, outubro 06, 2008

Papéis e películas...

São coisas indispensáveis de qualquer dispensa que se preze, daí o adjectivo: indispensável na dispensa. Feito o trocadilho inicial estúpido, e já habitual, resta-me falar desses tais produtos, são eles o papel de alumínio, a película aderente e o papel vegetal. Atrevo-me a classificá-los como os produtos mais estranhos alguma vez criados à face do planeta Terra, e podiam ter sido criados e mantidos isolados, mas não, curiosamente andam sempre juntos.

Vamos agora reflectir em cada um deles em separado, nas suas propriedades e características, para que, também vocês, fiquem com a ideia de quão estranhos são estes bens.

Comecemos pelas senhoras, a película aderente. Tal como os outros vem sob a forma de um rolinho, mas esta deve ser a pior maneira de arrumarem aquilo. Assim como com a fita-cola, se perderem a ponta da película aderente podem deitar fora a salada de frutas que iam tapar com aquilo. É que, seguramente, não vai aguentar os 30 minutos que vão perder de volta daquele rolinho à procura da ponta. Pior, quando encontrarem essa ponta, provavelmente, vão ter dificuldade em descolá-la de um lado ao outro. E mesmo que o consigam fazer, vai ser impossível manterem aquilo esticado sem que se comece a enrolar, como que guiado por forças invisíveis. E na possibilidade ínfima de terem conseguido manter ali uma folha esticadinha, eu pergunto, como é que aquilo se corta?

Deixo esta pergunta no ar e passo para o próximo artigo, o papel vegetal. Começa logo pelo nome, aquilo tem origem numa planta? Eu sempre ouvi dizer que o papel vinha das árvores, sendo assim todos os tipos de papel são vegetais e este devia chamar-se simplesmente papel. A menos que tivesse uma origem diferente, vindo por exemplo, de uma girafa, passando a chamar-se papel animal. Se estranho é o nome, mais estranhas são as propriedades deste papel, especialmente aquela que fascina todas as crianças, a capacidade de fazer cópias. Não é estranho que seja possível desenharem um boneco de um lado e virando a folha ao contrário com o simples passar de um lápis por cima do boneco ele fique desenhado numa folha branca? Muito estranho.

Deixei para o fim o que talvez me fascina mais, o papel de alumínio. Não só pela forma como aquilo vem arrumado. Sim, é um rolinho como os outros, mas experimentem desenrolar e voltar a enrolar um pouco. É impossível, vai ficar cheio de vincos. Como é que eles conseguem enrolar aquilo sem nenhum vinco? Outra propriedade interessante é o facto de, por mais tempo que o deixem no forno, aquilo não aquece. Não acreditam? Ponham um tabuleiro de metal com uma folha de papel de alumínio por cima no forno, para tirarem o tabuleiro de metal precisam de uma luva, mas a folha até um bebé tira. Por fim, para experimentarem a característica mais gira requer algum trabalho. Primeiro têm de comer muitos doces e não lavar os dentes durante algum tempo, até que ganhem uma cárie. Depois vão ao dentista e peçam que ele vos trate dos dentes. Por último, quando chegarem a casa, façam uma bolinha de papel de prata e trinquem com um dos dentes que tenha sido recentemente chumbado! Yuu-uuu!

São ou não são as 3 invenções mais idiotas da história?

P.S. - A administração deste blog não se responsabiliza por eventuais danos causados à saúde pela ingestão de doces em excesso.

2 Comments:

At 18:53, Anonymous Anónimo said...

André:Não sou da tua opinião, pois entendo que não se trata de invenções idiotas. No estado da nossa civilização tornaram-se indispensáveis, principalmente na conservação e protecção dos alimentos. De acordo contigo no que se refere à dificuldade de manuseamento.ABCS Joaquim

 
At 00:24, Anonymous Anónimo said...

O papel de aluminio é fixe, guardo lá as minhas doses e o limão....

 

Enviar um comentário

<< Home