sábado, agosto 25, 2007

Fotografias com estátuas...

Estátuas... Não falo daquelas imitações feitas por homens na rua à espera de ganhar uns trocos. Para mim os homens-estátua são ridículos. Já inventaram as estátuas verdadeiras, não inventaram? E as estátuas verdadeiras mexem-se menos do que estes homens, não mexem? Então para quê? Isto é o equivalente a pôr 20 homens a imitar um carro e depois fazê-los fazer uma viagem Lisboa-Porto. Engraçado para os 4 homens a fazer de rodas, mas uma grande seca para os passageiros, que se soubessem a velocidade a que aquilo vai antes de se meterem lá dentro, teriam optado pelo Alfa Pendular.

Sou apologista de que se já se inventou uma tecnologia superior não vale a pena continuarmos a utilizar a mais antiga. "Vou bater estas claras à mão que ficam muito melhores...", mas se já existe a batedeira, qual é a diferença? Fica igual, se não melhor! Usem a tecnologia, foi para isso que ela foi inventada. Ou ainda continuam a comunicar por sinais de fumo?


Agora o que me chateia são pessoas que tiram fotos com estátuas. Temos de parar com as pessoas que se sentam ao lado do Fernando Pessoa na Brasileira... Não é justo para o Pessoa. Ele não se pode mexer. Ele não pode simplesmente dizer "Essa cadeira está ocupada!" ou "E se fosses ali dentro buscar-me um bagaço, o serviço neste café é péssimo, já aqui estou sentando vai para 50 anos e ainda não me perguntaram se quero beber algo!". Já agora, alguém já lhe perguntou se podia sentar-se ali e tirar uma fotografia com ele? Da próxima vez que vir lá alguém a tirar uma fotografia vou seguir essa pessoa e, quando a vir a sentar-se num café, sento-me ao lado dela e peço a alguém que me tire uma fotografia com ela.


Mas pronto, sentar na cadeira ao lado de Fernando Pessoa nem é muito mau, não estamos a incomodar directamente o senhor. E quando são estátuas de homens sentados em que não há espaço nenhum ao lado e resta simplesmente o colo da estátua? Alguém pediu para se sentar ao colo do senhor? Eu não me sento ao colo de ninguém sem lhe perguntar primeiro se posso fazer tal coisa. Qualquer dia ficam à espera que ele vos faça festinhas na cabeça enquanto tiram uma fotografia com ele... Chega de humilhar as estátuas! (Ok, podem continuar a gozar com o Manneken Pis, nenhum puto a urinar na rua merece respeito)

domingo, agosto 12, 2007

Whiskys, o que o seu gato precisa para se tornar forte!

Whysky, cuja descrição fonética correcta deve ser qualquer coisa como visque, é uma bebida fantástica. Não para beber, porque aquilo não sabe bem... O whisky, juntamente com outras bebidas com a aguardente, é o tipo de bebida que me parece que foi inventado só para impressionar miúdas. Um homem bebe aquilo só para mostrar a outro que é mais forte que ele.

A invenção deve ter sido uma espécie de duelo, o primeiro começou por beber uma cervejinha, o outro riposta com um vinho tinto. Não satisfeito o primeiro bebe de um trago um cálice de vinho do Porto, sendo que o segundo se vê na obrigação de mandar a baixo uma ginginha de Óbidos. O primeiro não vai de modos e profere as palavras, e passo a citar, "Ai é, ai é? Então toma lá que eu vou beber este copo cheio de whisky!", ao que o outro pergunta "Whisky? O que é isso, comida para gato?" e o primeiro, bebendo o conteúdo do copo de um trago responde "É aquilo que eu uso para assar "chóriças"!". O segundo pega num copo de aguardente e diz "Que menino, esse é preciso acender para começar a arder, este como o próprio nome indica já arde sem ser preciso fonte de ignição!" e pumba! bebe a aguardente. O primeiro já chateado com aquilo pega num copo cheio de veneno para ratos e diz "Este não tem chama! Este consegue matar ratos!" e tunga! E depois faleceu e chegou-se à conclusão que a aguardente era a bebida mais forte de todas. Fim de história.

Então se o whisky não é bom para beber, para quê que ele é bom? Para além de ser bom para assar "chóriças" é também bom para eu escrever um post sobre ele e sobre a intrigante questão de como é que ainda se conseguem vender garrafas de whisky? É que eu não sei se vocês já repararam, mas sempre que há um convívio entre homens é de bom tom levar-se uma garrafa de whisky. Ainda ontem no aniversário do meu avô ele recebeu duas garrafas de whisky. Agora o que me espanta é que ele ainda não tenha um S.I.G.W. (Stock Interminável de Garrafas de Whisky), por esta altura ele já deveria ter cerca de 2649 garrafas de whisky e na verdade na garrafeira dele estão à volta de 6. Tudo bem, de vez em quando um homem tem de mostrar que é forte e beber um visquinho, mas temos de considerar que mais de uma garrafa por ano será coisa para assassinar uma pessoa. Então onde estão as 2500 garrafas que ele deveria ter?

Eu creio que as garrafas de whisky são como as notas e circulam de mão em mão. Actualmente já não se produz whisky, ou vá lá, produzem-se 5 garrafas por ano. O resto do whisky circula livremente como moeda de troca, em prendas. Se vocês forem ao supermercado e comprarem uma boa garrafa de whisky é bem provável, que se lhe fizerem uma marca que só vocês saibam distinguir, 10 ou 20 anos mais tarde reencontrem essa mesma garrafa, dada por um amigo, ou mesmo na prateleira de um supermercado. Sim, numa prateleira de um supermercado, é que os donos dos supermercados são pessoas com muitos amigos e por isso recebem muitas garrafas que põem de novo em circulação.

As 5 garrafas da produção mundial vão para essa mítica obra de arte da pastelaria que é a Tarte de Whisky. Aquilo é tanto uma tarte de whisky como uma caldeirada de peixe é louro com batatas. A receita da tarte de whisky nem sequer deve levar whisky, deve estar lá escrito "Depois de preparada toda a massa, abra durante 5 segundos uma garrafa de whisky ao lado da tarteira antes de estar ir ao forno. Se quiser a tarte mais forte pode deixar a garrafa 10 segundos aberta, mas cuidado, poder-se-á tornar intragável para as pessoas com um paladar mais sensível!".

quarta-feira, agosto 08, 2007

Engelhado...

Aqui está um termo que podia estar relacionado com engenheiros, mas não está... Está na verdade relacionado com engelheiros, que são pessoas que em vez de projectarem pontes projectam poltes! Ok, foi parvo... Na verdade, engelhado é a forma que os nossos dedos tomam quando ficamos muito tempo dentro de água. Nunca consegui perceber a razão científica de isso acontecer, mas parece-me que é o mecanismo que o nosso corpo tem de nos dizer "Psssst, ó meu, já 'tás a abusar um bocado do banho, não? Vá toca a sair que a água está cara!".

Nunca percebi a ideia das pessoas que quando se tem os dedos engelhados tem de se sair da água. Já por várias vezes estando eu numa piscina me foi dito "Vá, está na hora de sair, já tens os dedos todos engelhados!". E depois? O que é que me acontece se eu ficar mais 3 horas dentro de água? Há perigo de morte? Eu não sou muito dado a desportos radicais, mas se há perigo de se morrer por causa de uma coisa destas então posso dizer que vivo a vida no limite. Eu gosto bastante de água, seja para beber ou estar dentro dela. Um banho para mim é uma coisa sagrada e enquanto eu não sentir estes dedos todos encarquilhadinhos eu acho que ainda não estou bem lavado. O que é que me pode acontecer? Isto terá o mesmo risco de por os dedos dentro de uma tomada?

É que se ainda estou lembrado das minhas aulas de Histologia e Embriologia nós passamos cerca de 9 meses da nossa vida enfiados dentro de água. Tudo bem, aquilo não é exactamente água, mas aposto que um feto fica com os dedos engelhados a partir do momento em que tem dedos... É por isso que a taxa de natalidade tem vindo a baixar? Há muitas gravidezes que não têm sucesso porque o feto ficou tempo demais dentro de água e os dedos engelharam tanto que ele acabou por sucumbir? Nunca ouvi nenhum médico a dizer isto...

Alguém me sabe responder o que pode de facto acontecer? É que eu gostava de saber se posso passar o dia sentado no sofá e alegar que pratico um desporto radical perigosissímo. Depois num jantar pode surgir uma conversa destas.

Amigo 1: Woow, vocês nem sabem!
André: Pois não, ainda não nos contaste.
Amigo 2: Cala-te e deixa-o contar...
Amigo 1: No outro dia estava ali no guincho a fazer surf e apanhei uma onda de 3 metros! Brutal!
Amigo 2: Wow! E eu? Estava a fazer queda livre e o paraquedas principal não se abriu e só consegui abrir o secundário quando estava a 200 metros do chão.

Já se está a ver onde isto vai dar, mas eu vou continuar.

André: E eu? No outro dia, 3 horas dentro da banheira.
Amigo 1 e Amigo 2: (em uníssono) Hã?!
André: E de molho... Com espuma e tudo! Fiquei com os dedos que pareciam passas de uva...