quarta-feira, dezembro 31, 2008

Toda a cerveja tem um preço

Toda a cerveja tem um preço. Poderia parecer um título absurdo ao considerar a cerveja um ser vivo passível de ser corrompível, no entanto, todos nós sabemos que não há nada mais íntegro que uma cervejola bem fresquinha! Porém, não é sobre honestidade que quero escrever, mas sim sobre cerveja e o seu preço.

Estive a fazer umas compras num grande hipermercado e passeava com um daqueles carrinhos azuis pequeninos que dá para levar tipo trolley. Dentro do carrinho só coisas saudáveis! Iogurtes dos bons e laranjas biológias! A certa altura lembrei-me "Para acompanhar os iogurtes e as laranjas, nada melhor que umas mines!". Claro que não podiam ser umas mines quaisquer, tinham que ser daquela marca cujo nome é semelhante a Super Homem, e também a Super Boca (e Super Bróculo também!). Lá fui eu para a secção das mines e pensei em comprar aqueles packs de 10. Se a memória não me falha, eram tara perdida e cada um custava cerca de 3 euros e 69 cêntimos. Antes de aviar um destes packs para dentro do carrinho, reparei no preço das mines a vulso com tara retornável - 24 ou 28 cêntimos a mine (+ 0,04 euros da tara por mine, mas não se esqueçam que é retornável). Mesmo se não fosse tara retornável, não são precisos grandes golpes de matemática para perceber que fica bastante mais barato comprar a vulso. Fiquei cerca de um minuto a pensar nisto e a resposta para este enigma surgiu - é o cartão do pack que encarece o produto! O título deste post deveria ser "Todo o cartão tem um preço".
É tudo por hoje.Talvez faça uma dissertação sobre o melhor piso para criar centopeias numa próxima vez.
Saudações.

sábado, dezembro 13, 2008

Auto-plágio

O plágio é uma arte muito bonita. A ideia de pegar em palavras ou ideias de outro e fazê-las passar por nossas ideias é genial. Para além do conceito, a própria palavra plágio é bonita. Plágio. Plágio parece um nome de jogador de futebol italiano, "plátchió". Com tanto elogio ao plágio, vocês devem estar a questionar-se "Será que os temas e as rábulas tão engraçadas que o André traz a este espaço de comédia não são plagiadas de algum lado?". Ao que eu vos respondo com palavras da minha autoria "Só sei que nada sei!".

A verdade é que reparei que recentemente plagiei alguém. O meu problema é que eu não posso ser como as pessoas normais e ir plagiar autores de renome, ou autores só de nome, mas com ideias, de facto, boas. Não. Aqui o André foi plagiar quem? Ele próprio, e neste próprio blog. O acontecimento deste acto demonstra várias coisas.

A primeira, é que ao contrário do que eu esperava, este blog não tem fãs histéricas à porta à espera que eu chegue. Fãs que saibam os meus textos de cor. Fãs que saibam até onde se põem as vírgulas nos meus textos. Na verdade, quem lê isto, nem repara assim tanto no que eu escrevo, senão teriam reparado que os posts "A história dos três porquês" e "Os três talheres" começam exactamente com a mesma alegoria. Um paralelo muito parvo entre histórias sobre três coisas e o conto infantil dos três porquinhos. Sim, é verdade. Constatem-no com os próprios olhos. Pior, depois da comparação entre as duas situações, eu digo praticamente a mesma coisa, digo que fiz um trocadilho entre as duas situações. E toda a gente sabe que uma comparação parva entre duas histórias não é um trocadilho. Um trocadilho é qualquer coisa como esta, que eu inventei "Estou em forma... Redondo é uma forma, não é?". Isto sim é um trocadilho de qualidade da minha autoria. E repito, da minha autoria, especialmente se se puder considerar plágio como coisas da minha autoria.

A segunda coisa que este acontecimento permite demonstrar é que eu tenho uma vida muito triste. Que outro autor de blog lê os seus próprios textos tantas vezes que consiga reparar que escreveu em tempos diferentes dois posts com piadas iguais? Porque é que o autor deste blog não vai fazer outras coisas tão interessantes na vida, como ir ler outros blogs? A resposta a esta pergunta é fácil. Simplesmente porque tenho medo de me inspirar de tal maneira pelas ideias dos outros que acabe por fazê-las passar por minhas ideias. É que há pessoas com muito boas ideias.

Uma terceira coisa demonstrada por este episódio, e esta sim, é mais feliz, é que eu tenho um tipo de humor muito coerente, de tal ordem coerente que consigo repetir as mesmas piadas vezes sem conta até que as pessoas se riam.