terça-feira, setembro 26, 2006

Vai um desafio, morte?

Pensando de cabeça fria eu faria a seguinte associação de ideias: fumo -> possível fogo -> fogo perto de gasolina -> vapores da gasolina causam explosão. O que acontece é qualquer ser humano do sexo masculino, e alguns do sexo feminino que ostentem um bigode, mal vê fumo a sair do motor do seu carro vai abrir o capô e espreitar lá para dentro para ver o que se passa. A sua acção imediata nunca passará por uma corrida para o local mais afastado possível do carro com medo de uma explosão.

A primeira pergunta que se impõe é se se escreve mocassin, mocassain ou mocassan? A segunda é se se escreve capô ou capot? Também gostava de saber como é que as tailandesas conseguem lançar bo... Bom, isso por agora não interessa. O que interessa é tentar descobrir o gene que faz o homem tentar exibir-se em situações de extremo perigo. O homem tem tendência a fazer actividades perigosas e depois de descobrir que elas são perigosas gosta ainda mais de as praticar.

Foi de certeza um homem que tentou dominar a arte do fogo. A história deve ter-se passado mais ou menos desta forma. O homem estava alegremente a passar por umas árvores, assobiando temas de José Cid, quando reparou que de uma delas emanava uma estranha substância de cores amarelas e vermelhas. Chegou-se para ver o que era e, com curiosidade, tentou imediatamente pegar naquela substância para ir impressionar umas miúdas que viviam na caverna à frente da dele. Sucede que ele acabou por se queimar. Mas em vez de sair dali a correr, por estar com dores lancinantes nas mãos, decidiu tentar arranjar maneira de levar aquilo para casa. Reparem que ele não fazia qualquer ideia do que aquilo era e tentou logo colocá-lo dentro de sua casa. Segundo sei existiram também outros homens que tentaram colocar, no seu lar, leões, substâncias explosivas e plantas, felizmente todos esses foram sujeitos à selecção natural e estão hoje extintos da face da terra.

O gosto pelas actividades perigosas está intrinseco no homem. Fazer coisas como saltar de paraquedas, construir edifícios estupidamente altos, andar de mota sem capacete, saltar ao pé coxinho, fazer escalada, entre muitas outras actividades que já resultaram pelo menos na morte de uma pessoa. Penso que existe uma relação proporcional entre vontade de fazer uma coisa e pessoas que morreram a fazer essa coisa. É por isso que há cada vez mais pessoas a conduzirem carros. É por isso que cada vez mais pessoas tomam antibióticos, para que as bactérias sejam mais resistentes e haja assim mais probabilidade de serem mortos por uma infecção super-resistente.

Está na moda desafiar a morte e enquanto as pessoas não morrerem não vão parar de lançar o desafio à cruel ceifeira.

segunda-feira, setembro 25, 2006

"SHOTGUN no post sobre o «SHOTGUN»!!!"

E dito isto, fiquei com plenos direitos sobre este post. "SHOTGUN" é a palavra que oferece à pessoa que a grita, poder ilimitado sobre qualquer coisa. Porque é que acham que o George W. Bush ganhou as eleições presidenciais dos U.S.A. pela segunda vez? Na primeira aldrabou os votos. Na segunda jogou pelo seguro e gritou com o peito inchado "SHOTGUN na Casa Branca!". Há quem diga "caçadeira", mas eu prefiro SHOTGUN. É um poder muito antigo e respeitado em todo o Mundo. Presente em obras muito antigas, como por exemplo, na Bíblia:"E Jesus disse: "SHOTGUN na cruz do centro!!!Ahahaha! Pedro és um menino, já tás a chorar! ".

Ninguém ousa violar a regra do "SHOTGUN". Sim, porque a consequência é tenebrosa para quem não respeita. Terrível é a ira de "SHOTGUN". A pessoa que comete essa insanidade é castigada com absolutamente...nada...! Mas um nada bem forte! Capaz de ir aqui de Lisboa até ao Porto em pé coxinho sem parar e sem apanhar a auto-estrada. Atenção!

Houve uma fase que se tentou mudar a expressão utilizada para "ogiva nuclear".
Porém, pensou-se que seria uma expressão um pouco perigosa, pois quando utilizada por um inspector da O.N.U., enquanto jogava a um jogo para conquistar o mundo com um outro colega,-"ogiva nuclear no Iraque e na Coreia do Norte!"- seguiu-se uma invasão dos U.S.A. ao Iraque.

SHOTGUN domina o Mundo!
Saudações

domingo, setembro 17, 2006

Mas viste o quê? Vi-se o forno estava a funcionar...

Há quem tenha problemas com álcool, tabaco, drogas, chocolate, roer as unhas... Eu tenho um problema... não ter nenhum vício.

Tenho alguns. Alguns que não posso revelar aqui sob pena de ser considerado um homossexual. Pronto, acho piada à The O.C. - Na terra dos ricos, aquilo agarra mesmo uma pessoa. Para quem não conhece é uma espécie de Morangos com Açúcar gravados na Califórnia. É triste um tipo como eu gostar de ver aquilo, é ainda mais triste estar sempre a querer ver episódios novos. Não consigo resistir a ver sempre mais um. Para os que já estão a colocar todos os pesos da balança do lado "André é homossexual" quero tentar por umas gramas do outro lado. Também gosto do Scrubs, Lost, House, Family Guy, South Park, Desperate Housewifes, Sex and the City, Oprah, Querido Mudei a Casa, NÃO! NÃO! Nãooo...

O problema é que os vícios que eu tenho não podem ser usados na rua para passar o tempo ou ocupar as mãos. Até podia comprar um leitor de DVD's portátil, mas isso duraria cerca de umas horas se o usasse nas ruas de Lisboa. É que há uns senhores que nos abordam que parecem gostar mesmo de filmes, por coincidência têm sempre a necessidade de fazer chamadas e levam-nos também o telemóvel.

Alguém que fume pode facilmente, enquanto espera por um amigo, fumar um cigarro. Não precisa de ficar como eu a olhar para todas as paredes, de mãos nos bolsos e a ser olhado por toda a gente que passa por mim. Se roesse as unhas podia simplesmente enfiar os dedos na boca e passar uns minutos.

Recentemente tentei arranjar uma solução, decidi levar umas folhas de papel nas mãos para poder fazer que estava a ler qualquer coisa enquanto esperava. Este plano falhou por duas razões:
a) As folhas estavam em branco, sendo assim eu não poderia estar a ler nada sob pena de ser desmascarado. Ainda por cima eu nem sequer levei um lápis para poder disfarçar dizendo que estava a escrever qualquer coisa.
b) Quando a outra pessoa chegou disse bem alto: "André para quê que trouxeste 50 folhas brancas se nós combinámos aqui para ir dar uma corrida?".

Sabem o que fiz? Virei costas, voltei rapidamente para casa e fiquei o resto do dia a ver episódios da O.C..

P.S.1 (e porque não fazia um P.S. há muito tempo hoje temos dois) - O título pode ser explicado se o lerem depressa, parece haver uma sonoridade em "Vi-se o" que se assemelha a vício. Admito, foi parvo.
P.S.2 - No meu último post (o das terras) tentei gozar com o pessoal de Castanheira do Ribatejo. O meu plano falhou redondamente quando acabei por gozar com as simpáticas pessoas de Castanheira de Pêra. Na verdade eu estava só a ver se a malta de Castanheira do Ribatejo estava atenta e se vinha reclamar pela sua terra!

sexta-feira, setembro 15, 2006

Mais um post acerca de champôs (não fosse eu o elemento feminino deste blog)

O mundo da cosmética capilar está sempre a surpreender!

Venho então falar-vos, caros congéneres consumidores vorazes, de um novo champô de uma bem conhecida marca, aquela que começa em F, acaba em S e rima com "Funis"....exacto, essa mesma!

Pois é, eis que essas alminhas iluminadas criaram algo de novo, revolucionário e eficaz, tudo em prol da saúde capilar! Mas há uma pequenina, miníma, quase imperceptível falha no seu plano... (...maquiavélico para dominar o mundo...não? Ai, desculpem, é o hábito) ...genial. Pois.

Então, diz no frasco de champô, que entre os seus milhentos constituintes que incluem vitaminas, minerais, etc; tem também frutose e glucose!

O máximo, certo? Afinal são importantes para a nossa alimentação, fazem-nos fortes e saudáveis!

E é aqui que está a tal falha pequenina, mínima e quase imperceptível. O cabelo, é constituído por células queratinizadas. Que estão muito, mas mesmo muito mortas. Aliás, mais mortas...só mesmo um pato (morto, obviamente). Morto como em: "Ah!, onde está o metabolismo para transformar estes compostos em energia". Esse tipo de morto.
Assim sendo estamos a alimentar o nosso nobre, belo e morto cabelo com glucose e frutose e vitaminas e minerais...


Morto, minha gente, aqui morto é a palavra chave.

Terras (Fogo sera atirado contra mim, terei de usar Água para o apagar e Vento para acalmar as queimaduras)

Vamos criar confusão no Kassabian? Vamos a isso! Vamos ser completamente extreminados por mensagens de pessoas que se sentem afectadas porque o nome da terra delas foi gozado neste blog? Vamos a isso! Vamos a quê?, é que com uma pergunta tão grande acabei por me perder. Era só para dizer que vamos levar nas orelhas.

Para começar moro em Alfornelos. Isto não é para que tenham medo de fazer "hate comments" só porque eu moro numa zona onde se ouvem tiros todos os dias. É mesmo só porque também o nome da minha terra é ridículo! E se querem gozar mais, a zona onde eu vivo tinha antigamente o nome de Porcalhota, mas tenho a consolação de que pelo menos aparece n'Os Maias. A sensação é quase a mesma de quando ouvimos o nome de Portugal em séries ou filmes estrangeiros. Sabe bem! Já as vossas terras com esses nomes ridículos ninguém ousa em colocar em nenhum livro ou filme...

Vamos começar por azucrinar o juízo das pessoas de Freixo de Espada-a-Cinta. Não faço ideia de qual a origem deste nome (sinceramente nem quero saber, o meu objectivo aqui é só deitar abaixo centenas de anos de história), mas posso desde já afirmar que é parvo! Curioso como eu sou fui tentar ver o que era um Freixo no dicionário. Acabei por descobrir que é uma árvore grande, silvestre, da família das oleáceas. Árvores com espadas à cintura? Pronto, eu não gozo mais, até porque tenho medo de ser atacado na rua por um desses terroristas de madeira.

Vamos passar agora para as terras que incluem no seu nome -a-velha ou -a-nova. Linda-a-velha. Quando ouvimos linda pensamos “Olha que simpático a mandar um piropo a uma rapariga atraente”. Qual não é o nosso espanto quando de seguida ouvimos a-velha! Como que a insultar, "És linda, oh velha!". Acho mal que se continuem a magoar os idosos desta maneira. Todos nós chegaremos lá. Bem sei que neste momento eles estão praticamente a arruinar as nossas hipóteses de virmos a receber uma reforma (Pimbas, crítica política!), mas não devemos tratá-los assim. No capítulo de novas temos, não o Feira-a-Nova, mas Proença-a-nova. E eu gostava de saber o que é uma proença. Deve ser uma coisa tão nova que ainda nem temos conhecimento dela.

Depois temos nomes que foram propositadamente postos só com o intuito de as pessoas de lá ou que têm lá casa se gabarem. Cuba, no Alentejo, é o caso mais marcante porque permite às pessoas que têm lá casa dizer coisas como “Este ano passei os 3 meses do verão em Cuba”. Estes são os exibicionistas. Os que são realmente finos têm de ir para um sítio que inclua no nome a palavra quinta, como quinta do lago, quinta da marinha. Parece também que passar férias às quintas feiras vai passar a ser muito fino.

Em questões de fazer crer que Portugal é a Terra Média do Senhor dos Anéis temos Salvaterra de Magos. Uma vila em Santarém habitada por milhares de mágicos e unicórnios encantados... Ou talvez sejam só os toureiros e a sua arte de cavalgar. Por vezes acontece mesmo magia numa arena, eles lançam tantos feitiços que o touro acaba por morrer. Ou serão farpas?

Fim. Estou pronto para ser brutalmente espancado por todos os habitantes destas terras. Já agora, fica aqui um grande abraço para o pessoal que mora naquela terra em que há uma pêra que dá castanhas, Castanheira-de-Pêra! Espero que neste momento com os postos de trabalho aí criados já tenham todos emprego e não tenham de perder os vossos dias a comentar em blogs parvos como este.

terça-feira, setembro 12, 2006

Estaminé do cidadão

Hoje decidi ir renovar o meu passaporte. Hoje em dia isso é feito rapidamente na Loja do Cidadão, local convenientemente pensado para que qualquer ser humano possa realizar todas as tarefas que envolvem burocracia de uma só vez. O mais difícil é conseguir a combinação certa de senhas para que se possa ser atendido sem esperas em todos os serviços.

Felizmente hoje precisava de ir apenas a uma das banquinhas que existe naquela loja e por isso não tive de fazer muitos cálculos para que não demorasse muito tempo, apesar de ter tirado uma senha para informações e outra para ser atendido. Quando tirei a senha das informações estava cerca de 10 números mais próximo de ser chamado do que na outra, mesmo assim fui atendido antes de ter informações... Para evitar este tipo de problemas de filas penso que deveria existir um sistema informativo na rádio que anunciasse de hora a hora o estado das filas nas diferentes Lojas do Cidadão e nos desse também alternativas "Neste momento o Registo Civil na Loja do Cidadão das Laranjeiras está muito congestionado devido a corte de linha eléctrica, opte por ir primeiro tratar do seu bilhete de identidade. Já nos na Loja dos Restauradores há problemas...".

Não sei se alguém que esteja a ler isto foi pedir um passaporte recentemente. Foram criadas máquinas próprias para o efeito. Consistem num monitor, uma câmera fotográfica, dois locais para impressão digital e um local para assinatura. Todo este conjunto tem vida própria e sobe e desce consoante a nossa altura. Devo dizer que a altura a que aquilo começa é considerável. Considerável o suficiente para uma criança ou uma pessoa com 1 metro de altura ter de saltar para tirar a sua fotografia (e todos sabemos como hoje em dia os gnomos estão a querer viajar mais).

O primeiro passo consiste na fotografia e antes de a tirar a senhora disse-me "Não vai mostrar os dentes!". Ora eu uso aparelho e sei que não é bonito, mas a senhora não precisa de me tratar assim. Quando me disse isto os meus olhos começaram a marejar e não fosse ela ter dito imediatamente "Olhe directamente para essa lente aí!" uma lágrima ter-me-ia começado a escorrer rosto abaixo.

Depois passamos às impressões digitais. Sim, no plural. Para o passaporte eles acharam que não bastava terem apenas o nosso indicador direito, tinham de ter também o esquerdo. Neste momento surgiu uma boa questão, como é que tiram as impressões digitais às pessoas que não têm braços? Não sei como é que os ladrões ainda não se lembraram de cortar os braços para não serem identificados. Depois a sua alcunha poderia passar de "O mãozinhas" para "O pézinhos".

Para completar todo o processo falta apenas assinar. É-nos dado um papel, não um papel qualquer, mas um que diz no canto inferior direito Assinatura v1.0. Sei de fonte segura que o governo civil está a trabalhar na versão 1.2 que traz bastantes melhoramentos, como não encravar a meio de uma assinatura, o que nos leva a ter de parar a assinatura e reiniciá-la perdendo toda a assinatura que tinhamos feito. O Assinatura v1.0 deve ser colocado em cima de um sítio que vai passar para o ecrã o que estamos a escrever no papel. Quando colocado a simpática senhora diz-nos "Diga quando estiver pronto!", ao que eu respondi "Estou pronto!" e fiquei à espera de um "JÁ!". Esperava também que ela me tivesse dito o meu tempo quando acabei de assinar.

Foi assim uma tarde bem passada no Supermercado do Cidadão.

"Eu tenho a forçaaaaaaa!"

Na amena cavaqueira com a moça que me faz feliz, demos conta de um facto algo interessante. Um algo pequeno, aliás, pequeníssimo, muito pequeno mesmo.

Os sujeitos de sexo masculino possuem um conjunto de rituais animalescos, que (n)os remete para um estado algo primitivo. Uma energia recalcada nos confins dos homens explode em demonstrações de força bruta. Quais lutas de alces para acasalar, isto é que é! Rituais dignos de um documentário para o Discovery ou mesmo para a TVI.

A pergunta martela - Que rituais?

  • As fortes palmadas nas costas .Demonstração primitiva de felicidade. - "Ok, também estou feliz por te ver, mas escusas de me partir as cervicais!".
  • A curta sessão de boxe. Aparece frequentemente em filmes americanos. Normalmente realiza-se entre pai e filho. O progenitor dá pequenos socos na cria, por vezes rugindo "Então campeão?! Hun? Hun? Hun?" para o incentivar. Pensa-se que será para este se fortalecer, de maneira a derrotar o adversário na luta do acasala...ah não, na luta das claques de futebol.
  • O passou-bem triturador. Um pouco menos primitivo que o outros dois pois pode entrar o jogo psicológico. Pode ser, simplesmente, um método para medir forças ou para confirmar uma hierarquia. Traduz-se num aperto de mão em que o subjugado/derrotado fica com os nós dos dedos doridos durante cerca de 3 horas por força do dominador/vencedor.
  • Jogos de dor. O expoente máximo, o climax dos rituais, que se distancia dos outros três por ser muito mais civilizado. Não, não vou escrever sobre dominatrix e coisas dessas! São aqueles jogos para ver qual dos homens aguenta mais socos que cada um dá na mão do outro (existem outra variantes em que se dá uma espécie de chapadas ou pontapés em vez de socos). Um sujeito de cada vez. Basicamente, o primeiro a "desistir" é um "menino", e supostamente "menos forte" que o outro, o que na altura tem uma importância muito relevante. Para certos sujeitos do tipo George W. Bush, esta importância estende-se por toda a vida.

Há quem diga que os rituais estão no código genético de todos os homens. Codificados no cromossoma Y.

Possivelmente existem tantas outras demonstrações de força que me escaparam. Agora com licença, vou para o meu desporto preferido - Braço de Ferro.

Saudações.

segunda-feira, setembro 11, 2006

"Atchimmmm!"

Há quem diga que é o álcool, há quem diga que é o excesso de velocidade, há quem diga que é a TVI, há ainda quem diga que é toda uma falta de civismo de que os condutores padecem. Contudo, o verdadeiro culpado anda escondido. Disfarçado sob a forma de "Santinho!!!", o espirro continua o seu reino de terror. Já repararam na monstruosa perigosidade deste "inocente" reflexo.

Um atento condutor começa por sentir umas cócegas, transporta a cabeça um pouco para trás, geme um "Ah...Ah...Ah..." e, cerrando os olhos com força ao mesmo tempo que se contrai, espirra! Segundos de tensão! O condutor perde, por completo, a noção da realidade! A situação piora quando se juntam as lágrimas, ou quando são espirros bem carregados de ranho! É o grande perigo das estradas!
Onde estão as campanhas de sensibilização? - "Seja responsável. Espirre com moderação."
Embriagados?! O perigo está nos constipados!

É uma vergonha! Metem-se aí nos bares e discotecas com ar condicionado, e saem de lá num estado lastimável. Pessoalmente, não gosto de gripes fortes. Gosto de estar só um pouco "engripalhado" com os amigos e curtir a noite sossegado.

Além disso, não me agrada espirrar em locais públicos. É sempre uma surpresa desagradável e angustiante. "Oh, o que é isto?! Não me digas que... oh não! Vou espirrar! E se tiver muito ranho? Ainda por cima está ali aquela moça extremamente atraente! Onde é que estão aqueles lenços?!...oh não, aqui vem ele! Lenços, rápido, Lenços!!! Não há tempo, a mão servirá...". A este pensamento segue-se um tentativa de fazer uma cara não muito horrível durante o processo de espirrar. Difícil.

Acho que estou a ficar engripado. Saudações.

quinta-feira, setembro 07, 2006

O rescaldo (nada a ver com escaldar de novo)...

Diz-se que ao fim de um ano o bebé começa a tentar mover-se por si mesmo, este blog está e estará no mesmo sítio de sempre. Contudo faz hoje um ano que este estaminé abriu.

Parabéns Kassabian!

Tudo mudou. O que eu pensava que iria ser um blog só meu, mudou quando o _JaM_ me disse "Eu massajo-te os pés se me deixares escrever no teu blog". Eu não resisto a uma boa massagem de pés, especialmente do _JaM_, que dá aqueles jeitos com os nós dos dedos na parte debaixo dos pés. Depois juntaram-se mais uns amigos, também eles fazendo ofertas elevadas como "Ou me deixas escrever no teu blog ou te dou uma valente marretada na cabeça!". Ainda resisti a primeira vez e por isso hoje tenho menos 5 cm's, como não queria ficar anão lá os deixei escrever. Não me arrependi e com eles vieram mais umas teorias para nos fazer pensar no mundo. No fundo, hoje em dia, podemos definir Kassabianismo como um estilo e eu tenho orgulho de o ter iniciado.

Tudo tomou proporções descontroladas. Nunca pensei que este espaço viesse a crescer tanto. No fundo eu pensava que isto ia ser um beco escuro abandonado na net onde eu tristemente desabafaria as minhas ideias. Acabou por se tornar, não digo ainda numa auto-estrada, mas pelo menos numa rua com meia dúzia de prédios. 4800 visitas ao fim de um ano dá uma média de 13 visitas por dia o que eu já considero bastante aceitável. Obviamente não consegui cumprir a minha promessa de escrever pelo menos um post por dia, mas 222 posts é bom. E para isso contei com a ajuda preciosa dos outros bloggers, os quais têm ideias muito próximas das minhas e são no fundo uma extensão do meu cérebro. Quando eu estava mais ocupado lá estava um deles a deitar abaixo um qualquer grupo de pessoas, fossem eles betos ou escuteiros (ou as duas coisas juntas, que agrava em muito o seu ser).

Continuem a vir a este humilde espaço e a comentar os posts para sabermos que ainda estão aí! Nós continuamos por cá, devagarinho por causa da Brigada de Trânsito, mas sempre cá. Continuem também a abordar-me para me dizer "Tu és extremamente atraente!" ou então "Gosto muito do teu blog!". Já ouvi estas duas frases de pessoas que nunca esperava, como por exemplo de um homem que se aproximou de mim na rua e me disse a primeira.

Obrigado aos outros bloggers e vamos embora para mais um ano!
No fim do próximo ano temos de ser uma estrada nacional ou mesmo um IP.

sábado, setembro 02, 2006

National (da Madeira) Geographic

E agora o National (da Madeira) Geographic apresenta: Espécies do Mundo.

A Revista de Fofoca (Revistis Fofocus) é um espécime endémico do território português. Tem variados habitats, sendo o mais comum para os jovens desta espécie a banca de jornais. Os adultos habitam geralmente o lar de seres humanos do género feminino e os idosos são mais comumente encontrados em cabeleireiros ou consultórios médicos. A sua alimentação baseia-se em festas e idas à neve e à praia de famosos.

Até agora nunca foi visto o ritual de acasalamento de dois indivíduos da espécie sabe-se, no entanto, que cada geração da Revista é constituída por milhares de clones que surgem do nada à porta dos quiosques todas as manhãs à espera de serem adoptadas por mais um lar humano. O tempo de geração varia de sub-espécie para sub-espécie mas situa-se entre 1 semana e 1 mês.

Esta espécie tem grande utilidade para o ser humano. Os usos mais comuns são: servir de protecção à chuva, proteger o chão de uma casa quando esta é pintada, embrulhar comida congelada e, em casos mais extremos, pode ser usada na casa de banho (para ser lida! desaconselha-se o seu uso como substituinte do papel higiénico devido à dureza do material que constitui a revista). É já aceite que ler esta espécie não traz grande benefício para o ser humano. Ao lerem-se outras espécies do género Revistis o nível de cultura do ser humano pode aumentar exponencialmente, mas é cada vez mais difícil, não só encontrar exemplares de outras espécies, mas também distingui-los das Revistas de Fofoca.

As espécies do género Revistis são um parente muito próximo do género Jornalus, distinguindo-se muitas vezes apenas pelo tipo de papel usado ou pelo tempo de geração, que é mais curto nos Jornalus.

Para o comprador mais desatento do género Revistis pede-se cuidado, visto que a compra de exemplares de Revistis Pornographicus pode trazer complicações físicas causadas por marretadas no alto da pinha por parte do parceiro sexual.

sexta-feira, setembro 01, 2006

O regresso do guerreiro...

Ora deixem-me cá pegar na maior invenção da humanidade, o WD-40, e lubrificar as articulações da mão para escrever o meu post de regresso das férias... Se isto não sair grande coisa peço as minhas mais sinceras desculpas mas foi muito tempo sem escrever nada.

Está neste momento a acabar a Silly Season que para quem não sabe é o período em que nos noticiários e jornais só existem notícias sobre coisas ridículas, como por exemplo o facto de o Tom & Jerry irem deixar de fumar, de ter nascido mais um elefante no Jardim Zoológico de Lisboa, ou a guerra no Líbano ainda não ter terminado. É então a altura de criar o meu Silly Post, eu sei que já estão a pensar "Então mas os teus posts não são todos Silly Posts?". Agora que me perguntam isso eu digo-vos que é capaz de ser verdade como tal esta introdução não faz muito sentido e podem apagá-la da vossa cabeça.

O problema disto tudo é dos automóveis. Agora vocês pensam "Olha o André a ganhar consciência social e a pensar que os automóveis causam milhares de vítimas todos os anos..." e agora lamento desapontar-vos mas estão errados. O problema com os automóveis são os nomes que se dão a certas partes.

Comecemos com o porta-luvas. Alguém alguma vez guardou lá luvas? Eu guardo os manuais do carro, um mapa, óculos de sol, um pano, mas nunca pus lá umas luvas... Faria muito mais sentido chamar a este compartimento o porta-mapas ou porta-manuais do carro.

Passemos à chapeleira. Para quem não sabe é aquela prateleira na parte de trás do carro onde muitas vezes se colocam casacos ou, quem tem mais gosto, cãezinhos com a cabeça a abanar. Para aquilo ter o nome de chapeleira deveria haver mais pessoas a colocarem lá chapéus do que casacos e se fizerem uma breve sondagem vão ver que isso não se confirma. Por isso a partir de hoje eu peço que todos vós comecem a chamar àquela zona, a casaqueira!

Hoje em dia os carros estão equipados com piscas laterais, em cima da roda ou mesmo nos espelhos retrovisores, o que soma um total de 6 piscas. Porque é que se continua a dizer para fazer quatro piscas? Pior ainda é que quando se está a fazer uma manobra diz-se que se está a fazer pisca (singular), quando são pelo menos 2 ou 3 luzes a piscar ao mesmo tempo.

É este o grande problema dos carros... Isto e chamar-se aos objectos redondos que fazem o carro andar, rodas. Como se aquilo rodasse...