terça-feira, novembro 29, 2005

Semelhança

Reparem na semelhança do Manuel Alegre com o Pai Natal: ( Serão a mesma pessoa?)



Querem ter a certeza que têm prendas este Natal? (pensem nisso)

Ouvi dizer que o Manuel Alegre queria por as crianças até aos 8 anos a votarem nas presidenciais.

Nota: Não vou dizer que que me descarto de qualquer posição política implícita neste post, porque sempre gostei do Pai Natal.

Saudações


segunda-feira, novembro 28, 2005

Os 80. Ah, os loucos anos 80 do século passado.....

....Como os detesto.....

Devo dizer que foi ódio à primeira vista. A única coisa boa dos oitenta deve-se ao facto de maior parte das pessoas de quem gosto terem nascido nessa época (inclusivé eu, naturalmente), nada mais.
É que é tudo muito mau. As cabeleiras revoltas e permanentadas (cof, cof, vergonha, vergonha...), as calças de ganga rasgadas (tendência que se prolongou para os 90's), o cabedal. Muito cabedal preto havia naquele tempo, Meu Deus. Os filmes.
Mel Gibson com uma grande guedelha??? "Karaté kid" e sequelas? (este sim está entre os meus piores, medo!). Ui, até dói.

Enfim, mas realmente não era bem disto que vos queria falar. Estava eu deprimentemente em casa às duas da manhã de uma sexta distraidamente a ver os "All time hits" da VHI Classics ( patético, eu sei) - "All time hits" esses em que o "All time" aparentemente se refere só a esses famigerados anos - quando reparo:

Que estranhos instrumentos se inventaram naquela época, instrumentos esses que nunca mais, e para resguardo das nossas preciosas sanidades mentais, voltarão a ser vistos na TV no nosso tempo de vida (graças à Deusa), perdendo-se na bruma....(a arqueologia do século XXX há-de ser gira e interessante, sem dúvida).

O mais estranho tem de ser aquele com que vos brindo a vista nas imagens. Não é ilusão, aquilo é mesmo um teclado.... com uma espécie de flauta na ponta. Esta invenção deve ter sido claramente feita antes do advento das pilhas, baterias ou motores de explosão interna: porque outro motivo seria preciso soprar lá para dentro através daquela flauta, senão para lhe fornecer energia??
Ou então serve para, análogamente a uma guitarra, mudar de acorde??? Hummmm.....

Mas o que me irrita mesmo mesmo acerca destes objectos do Demo é a forma como o seu som se adapta maravilhosamente ao clima de artificialidade e pretensa rebeldia desses anos. "Epah, sou bué rebelde, tenho um...... (aceitam-se sugestões para o seu nome...), man!!!"


Argh....

domingo, novembro 27, 2005

O belo som da mó

Quem não reconhece o tradicional som produzido por aqueles indivíduos que afiam facas e afins com a sua mó (os amoladores) quando passam? É uma verdadeira melodia. Quando era mais pequeno, assustava-me a sério com o som, não sabia donde provinha tal coisa, era o Demo. Porém, quando me disseram quem produzia tais sons, exclamei "Ahhh, afinal não é uma seita organizada em 3 células no Porto e 4 em Lisboa com o objectivo de explodir com a Loja da Dona Gertrudes na Covilhã!". Fiquei, pois claro, muito mais descansado. Mas é verdade, eu assustava-me mesmo cada vez que ouvia tal sonoridade, era um puto assustadiço pronto.

Um fenómeno curioso é que, apesar de saber que é o amolador que faz o som, acho que vislumbrei esta figura apenas uma vez ou assim, nem me lembro bem. Pois é, nós sabemos que eles andam por ali porque a melodia se espalha largamente, mas encontrá-los é o cargo dos trabalhos. Parece assim uma coisa mística, uma figura omnipresente, está em todo o lado ao mesmo tempo. Uma identidade divina. Há algum tempo atrás, tinha até pensado em organizar uma busca intensiva com uns amigos. Preparavam-se umas mochilas com lanternas, provisões, etc., e aquando do primeiro som do amolador, arrancavámos à sua procura. Mas depois fiz 19 anos e passou-me essa ideia infantil.

Eles deviam parar com aquele som e comprar um megafone. Assim as pessoas já podiam saber onde eles andavam, eles iam grintando a rua pela qual estavam a passar, muito mais prático. Às vezes estou em casa, ouço o amolador e penso " Epá, tenho ali uma faca que está mesmo a precisar de ser afiada, mas com mil raios e curiscos que este gajo vai ser difícil de encontrar!", e desisto da ideia. E já agora, além de dizerem a rua onde estavam podiam dar informações acerca do tempo e afins, muito útil.

Quem é que ainda afia as facas e afins nestes amoladores? Vão a correr pelas ruas com as lâminas à procura deles? Deve ser pessoal mesmo "old school".

Chegou a altura da subtil crítica social (oops). Qualquer dia (e não quero dar ideias) uma editora pega neste som tradicional dos amoladores, faz um remix e aposto que chega a 1º lugar no top português (senão mundial!). Depois, é ver o pessoal fashion a dançar em frente ao amolador cada vez que ele passa e o pessoal do tuning a afiar facas com uma mó com luzes néon azul dentro do carro.

Em todo o caso, é uma tradição engraçada. Não sei se vai durar muito, mas desejo boa sorte para todos os amoladores espalhados por Portugal.

Saudações.

sexta-feira, novembro 25, 2005

Estatística "isenta" faz vítimas....

Mais uma vez, uma notícia de um dos nossos amados jornais diários gratuitos faz notícia no kassabian. Confesso que já vi muita coisa nesta vida e poucas delas me fizeram ficar com a boca tão aberta como esta. Fazendo um apanhados das partes mais Importantes, o artigo da página 4 reza:

"Um questionário a 24 mil mulheres em idade reprodutiva revela que 15 a 71% já foi física ou sexualmente abusada por parceiros intimos."

Trálálálá...... e mais à frente....
"O inquérito revela ainda que 1 a 28% das mulheres grávidas foi agredida durante a gravidez..."

Questão 1: Os flagelados por cadeiras relacionadas com estatística tal como os restantes mortais já devem ter percebido que esta estatística está um mimo. 15 a 71%????? 1 a 28%??? Mas afinal são 15% ou 71% que dizem isso??? 1 ou 28%???
Uma margem mínima de variação, deveras.....

Última frase do artigo é:

"Por fim 50 a 90% das mulheres questionadas deu razão ao homem quando este bate na mulher em certas circunstâncias: desobediência, recusa em praticar sexo, tarefas domésticas cumpridas fora de tempo, perguntar por outra mulher ou suspeita de infidelidade."

A fenomenal estatística mantém-se, mas o que impressiona é mesmo o conteúdo. Mas onde raio fizeram a sondagem?? No terceiro mundo???
Não revelam. Mas dizem:
"O estudo decorreu em 10 paises - desenvolvidos e em vias de desenvolvimento - com a colaboração de várias associações locais de apoio à mulher"
Questão 2: Regra estatística fundamental é que uma amostragem deve ser o mais representativo possível da população. Para isso, aleatoriza-se. Obviamente que esta estatística ou é tudo menos aleatório, ou então os países desenvolvidos são mesmo muito pouco desenvolvidos... Provavelmente limitaram-se só aos centros de apoio à mulher e tal...ou então os dez países fazem parte daLiga Árabe.

O problema da violência doméstica é grave e requer toda a nossa atenção, mas, com este tipo de estudos, passa a ser puro alarmismo ridículo. Aprendam a fazer as coisas, se fazem favor.

Conclusão:
Quanto mais me bates, mais gosto de ti... pelo menos com Estatística tão isenta como esta.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Mitos

O Mito dos três "O"s sempre foi uma daquelas questões em que sempre gostei de reflectir. Especialmente nos meus Tempos Conturbados, muitas vezes tive o desejo irresistível de ter acesso a alguma delas.... Em vão, naturalmente. De qualquer das formas, é interessante observar a evolução, pelo menos a recente, destes três conceitos que, desde os primórdios, estão presentes na idiossincrasia Humana.

Passado (pré séc. XX):
  • Omnipresença: Deus.
  • Omnipotência: Deus.
  • Omnisciência: Deus.

Presente (pós séc. XX):
  • Omnipresença: O Macdonald's, as lojas dos Chineses (pelo menos aqui em Portugal, se calhar na China é diferente...), a Igreja Universal do Reino de Deus, os EUA (são tão chatinhos, metem-se sempre onde não são chamados....), o Domínio Bactéria.
  • Omnipotência: Quem quer que controle os arsenais nucleares conjuntos dos EUA, Coreia, Irão e China.
  • Omnisciência: o prémio continua a ser de Deus. (Coitado...)
Façam as vossas escolhas. Infelizmente, nenhuma delas é alcançável, pois é ora vejam só!
Anyway, lá que davam um jeitaço para os exames, lá isso davam..... eh eh eh

Preços

Há quem diga que uma das mais geniais invenções da humanidade foi a roda, para mim são os preços praticados em certos produtos por grandes superfícies.
Para quem não sabe sobre o que estou a escrever:

-Monitor LCD 17" Imagex a 299,90 €
-Caneta esferográfica Tintol por 0,59 €

O que é passou pela mente deste inventor? Gosto de lhe chamar inventor, como se merecesse um prémio nobel. Acho que é um génio e deveria ser criado o prémio nobel do preço apenas para este senhor. O que é que ele tentou fazer? Parece-me que tenta enganar as pessoas, por exemplo no caso do LCD que apresentei, ele na sua brilhante mente deve passar "Epah! A este preço as pessoas pensam que está só a 200 €, quando na verdade está a 300 €! Xiça, sou mesmo um gajo inteligente e todo giro". Esta parte de ser giro foi apenas gratuita.
Já na ideia da caneta o que ia na mente do senhor inventor era qualquer coisa como "Ai tu não tens trocos, então deixa-me lá lixar-te e roubar-te 1 cêntimo porque eu também não tenho trocos! Caramba, sou de facto um génio e cêntimo a cêntimo vou ficar milionário, sou também muito giro".

terça-feira, novembro 22, 2005

Título

"Quando um burro fala, o outro baixa as orelhas."

Nota : Mas, assim, o outro não ouve nada.

Nota 2: Os burros não falam ( pelo menos maior parte).

Nota 3: Sou mesmo triste!

Nota 4: Porque é que estou a escrever várias notas e não escrevo logo tudo numa nota?

Saudações

quinta-feira, novembro 17, 2005

AHAHAH...

Estou intrigado. Aqueles risos gravados que ouvimos nos programas cómicos aquando de uma piada ou assim, são provavelmente uma das ideias mais estranhas que conheço. Poderia mesmo escrever que era uma ideia estúpida e sem razão de ser, mas não vou por esses caminhos.
Então, mas os risos estão lá para quê? Pode ser que julguem as pessoas mesmo burrinhas, e então colocam esses risos para todos saberem quando se devem rir, "Ah, estou a ouvir estes risos gravados, quer dizer que eles lançaram uma piada, portanto vou-me rir. AHAHAH.".
Eu fazia isto nos meus 6-7 anos, quando via séries cómicas de língua inglesa e não percebia nada do que as personagens estavam a dizer. Ouvia os risos e ria-me também. O problema é que nem toda a gente tem 6-7 anos.
Mas há que reconhecer que este sistema dos risos não é assim uma coisa feita "à balda". Nota-se que houve uma certa reflexão na escolha dos risos, e não metem sempre o mesmo riso. Há aquele riso em que uma ou duas pessoas riem-se muito alto, destinado apenas para demonstrar às pessoas que estão a ver o programa quando são as piadas mais intelectuais. Por outro lado, aquele riso em que se ouve toda a malta a rir, demonstra, então, uma piada mais destinada para as "massas". Existem outros que não sei bem o que querem demonstrar como aquele que se parece com um guincho, possivelmente acompanhado de convulsões, por parte de uma pessoa (ao que a voz indica) do sexo masculino.
Para terminar, queria só deixar no ar a pergunta "Como é que gravaram estes risos?". Imagino, "Ok, agora vamos fazer o riso intelectual. Este senhor aqui da frente é quem se ri em primeiro e logo de seguida voçê aí atrás. Quero isto em sol menor, e voçê aí atrás não se esqueça que tem que se rir aos soluços. Alguém quer pastilhas para garganta?". É arte meus amigos...
Arriscaria a tese de que o inventor destes risos será o mesmo inventor daqueles sinais luminosos existentes nos "talk-shows", virados para o público, onde está escrito "aplausos".

Saudações.

quarta-feira, novembro 16, 2005

O mítico círculo

Discotecas. Esses espaços maravilhosos, cuja melhor descrição que já ouvi foi da boca da Area, "Locais onde grupos de jovens bêbados dançam ao som da música do Apocalipse".
Por vezes, sou um grande maluco e viajo na noite até esses locais do Demo, porém, maior parte das vezes, fico em casa e como uma bela maçã reineta, que me alegra o coração.

Quando estou nas discotecas, noto um curioso fenómeno, os grupos de amigos formam como que um círculo enquanto dançam. A questão que se impõe é "Porquê?". Será que pertencemos todos a uma seita secreta, que nem sequer temos consciência que pertencemos, cujo objectivo final será a eliminação de todas as maçãs reinetas?. Porque reparem, não se forma um círculo perfeito, é mais uma forma de maçã reineta.

Pode também envolver extraterrestres, especialmente se relacionarmos o círculo com zonas de aterragens para os discos voadores. É verdade, estacionar um OVNI deve ser lixado (fica para outro post).

Outra razão poderá ser porque gostamos muito de ver os amigos a dançar. Não é um sincero desejo meu, mas até acho engraçado, especialmente, quando estão todos ao mesmo ritmo, faltando apenas o carneiro ensaguentado no meio e as túnicas sobre as pessoas. Pessoalmente, passo muito tempo a olhar para a minha cerveja, para ver onde ela ainda vai.

Para haver uma maior organizaão, as discotecas podiam já ter desenhado nas pistas de dança vários círculos. Os pequenos para os grupos pequenos e os grandes para os grupos maiores.

Bom, mas também existem os grandes engatatões das discotecas, que olham fixamente para o seu alvo fazendo nascer a questão na minha cabeça "É a primeira vez que veêm uma pessoa do sexo feminino?". Sim, porque o olhar é um pouco obcessivo. Eu até acho que os psicopatas baseiam o seu olhar nestes engatatões. "Sim, aquilo são mamas...Sim são mesmo, não estou a mentir...SIM PORRA!"

Saudações

terça-feira, novembro 15, 2005

Dissertações jornalísticas

Fazendo jus à importância extrema que os jornais diários gratuitos têm na nossa vida, eis mais um post dedicado a esses pedaços de informação livre que apimentam e nos enchem a vida (agora de quê, é um mistério...).

Já devem ter pois, caros leitores (que pelos vistos são cada vez mais, muito e muito obrigada e continuem com o feedback!!) reparado na completa falta de senso que povoa a capa desses jornais diários.
Geralmente, e segundo o meu parco entender, a manchete de um jornal devia coincidir com a Fotografia impressa na 1ª página... certo? Ou não? Ou sou eu assim tão antiquada que, deveras, não me adapte às novas voltas do mundo? (o que só comprova a minha teoria de ter nascido com 30 anos a mais, tenho agora a bonita idade mental de 49 anos e um impressionante QI de 258. Ena!)

Talvez. Mas esta relação nula entre estes dois componetes da capa pode originar confusões cómicas, pelo menos nas mentes que, como eu, podem ser muito limitadas às 8 da manhã.
O Metro de dia 4 de Novembro de 2005 A.D. O dia a seguir aos EMAs. Trazia então uma manchete do género "Obesidade é um dos principais problemas em Portugal" enquanto a foto era a Madonna... numa posição sexy... a evidenciar a sua boa forma física. À primeira vista, uma pessoa fica no mínimo confusa: "O quê, a Madonna, gorda??? E óculos, não???"

Portanto, senhores editores do Metro: Legendas maiores ou um cabeçalho coincidente com a Imagem da 1ª página até não é mau pensado de todo, embora aprecie a vossa originalidade em relação à concorrência. É que sabem, nem toda a gente está no seu máximo fitness mental quando olha para a 1ª página, muito menos às oito da manhã....

E se fosse a Madonna? Ainda arranjam um processo em cima.... e ficamos nós, pobre utentes, sem o nosso Metro...

P.S: Lamento, mas não consegui encontrar uma imagem do Metro nesse dia, só para vos provar que não estou a delirar. Mas é verdade, ok? Ficam pois com algo substancialmente mais interessante: a edição do Metro em Hong Kong. Que bonito!

Estranhos sons do organismo...

Para aqueles que julgam que vou falar de flatulências desenganem-se. Esse é um daqueles temas em que é extremamente fácil criar alguma piada. Vários artistas da comédia em fim de carreira recorrem a vários adereços que simulam flatos (que para quem não sabe são também conhecidos como gases, puns, peidos, farpas, comunicações do além, notícias do interior e mais uma meríade de termos, que não posso escrever já, caso contrário fico sem sinónimos para o resto do post). Como disse, esses "humoristas" estão muitas vezes em fim de carreira, acabando por descer mesmo ao subsolo da comédia. Se houvesse metropolitanos na comédia, estes homens arriscariam-se a levar com um, de tão baixo que descem.
Vou então falar do aterrador som emitido pelo estômago.
Posso dizer que este som pode ser mais embaraçoso do que o famoso "pantufinhas". É que entre amigos (do sexo masculino, claro está) é comum haver concursos de bufas, concursos em que costumo ficar em último por simplesmente ser francamente mau nesta temática, eu já tentei, mas não consigo, a minha timidez impede-me de o fazer em público. Para os elementos do sexo feminimo que desconhecem este tipo de jogos devo dizer que nos tempos próximos do concurso, entre homens, seguem-se períodos de largas gargalhadas. Portanto quando nos vêm a espernear de tanto rir, não pensem que nos estamos a rir de um defeito no vosso cabelo, apenas houve algum de nós que cafifou.
Já em matéria de comunicações estomacais não há concursos e nesse aspecto eu sou campeão. Especialmente naquelas situações em que é suposto não acontecer este tipo de coisas, tais como testes, em que o silêncio é total e assim o som parece amplificado, ficando toda uma sala de cabeças voltadas para mim. Ou por exemplo, após fartas refeições, sendo que este tipo de ruídos está associado à fome, os individuos que me ofereceram a refeição ficam a pensar que não comi o suficiente. Devo avisar este tipo de pessoas, que os barulhos emitidos pelo meu estômago são constantes e um flagelo para mim.
Outro som que me intriga é o do arroto, mas esse ficará para uma outra ocasião, que agora ainda não bebi nada com gás hoje (não confundir este gás com o flato atrás enunciado).

sexta-feira, novembro 11, 2005

O fenómeno jurídico...

Ao que me parece a abertura dos telejornais hoje podia ter sido a seguinte, relativamente ao caso Joana:
"Boa noite, milhares de pessoas reuniram-se hoje nessa catedral da justiça que é o Tribunal de Portimão. Na sala de audiências encontram-se dois velhos rivais, de um lado temos o Ministério Público constituído por um júri (cuja previsão dos adeptos previa 24 anos a zero). Do outro lado temos a equipa dos arguidos, que desta vez fazem alinhar a mãe de Joana e o tio da mesma (curiosamente penso que ninguém lhes conhece os verdadeiros nomes). Os arguidos esperavam sair daqui com vantagem de serem inocentes para se vencessem no tribunal constitucional, poderem ganhar o campeonato judicial.
A sentença ditou a vitória para o Ministério Público por uma média de 20 anos para cada um dos arguidos, isto permite-lhe desde já o acesso às competições europeias e bastam-lhe mais duas vitórias sobre os arguidos para ganhar o campeonato judicial.
É tudo sobre o caso Joana, vamos agora ver a notícia da laranjeira de Monte de Abrunhos que dá sapatos de taco elevado para sapateado em vez de laranjas."
Espantou-me ver o início das notícias com pessoas que nem sabem muito bem o que estão a fazer à porta de um tribunal. Alguns estiveram 3 horas antes de a sentença começar e a aparente razão era, como dizia uma senhora no seu volume de 52142 dB, "EU ESTOU AQUI SÓ P'RA VER A CARA DA MÃE QUANDO FOR LIDA A SENTENÇA!". Ao que vi mais à frente, familiares dos arguidos ficaram à porta por não terem lugar na sala. Nem é necessário comediantes neste país se o próprio povo consegue proezas destas!

A desmitificação

Todos estão familiarizados com aquela personagem que se criou do mestre oriental, muito sábio, que, supostamente, só responde às nossas perguntas com outras perguntas, que são, inclusivé, maior parte das vezes, as nossas próprias perguntas mas ao contrário. Pois é, como conheço muitas pessoas em todo o mundo (ou não), sei de um amigo de uma prima do cunhado do meio-irmão de um amigo meu que é um mestre desses, o mestre Zé (sim, ele tem ascendência portuguesa).

Obtive um diálogo que este mestre Zé, iluminado, teve com um indivíduo X, que tinha algumas dúvidas existenciais, mas acabou por se chatear. Vou, aqui, desmitificar essa velha ideia que eles só respondem com perguntas, ora leiam:

Indivíduo X- Mestre Zé qual é o sentido da vida?

Mestre Zé - A verdadeira questão não é essa. Tens antes que te perguntar: "o que é que na minha vida faz sentido?"

Indivíduo X- Sim mas...mas... epá porque é que voçês respondem sempre com perguntas?

Mestre Zé - A questão que se impõe é antes "Porque é que as pessoas querem tantas respostas?"

Indivíduo X - Porra!!! Mas voçê não consegue dar uma resposta directa ou quê?

Mestre Zé - Quê.


Aqui está a prova caros amigos, eles também respondem directamente. Certamente que o senhor X ficou bem mais esclarecido. Está desmitificado.

Saudações.

Rato

Muitas vezes, ao ver um debate televisivo, eu pergunto-me "Será que os entrevistados recebem um rebuçado no final?", a menos que seja com a Manuela Moura Guedes, caso este em que penso "Será que procria? MEDO!". Eu sempre pensei que ela se iria dedicar ao socorrismo nas praias, e deixar essas coisas do jornalismo. Isto porque é bem possível que consiga fazer respiração boca-a-boca a cerca de 3 pessoas de uma vez. Vá, de 3 a 4 pronto! Bom, eu vou parar de escrever sobre a pobre mulher e reflectir um pouco sobre o que é realmente interessante. Porque é que o rato do computador tem o nome de "rato"? Não sei quanto a voçês, mas quando olho para o rato não me faz lembrar um rato (animal). Para mim, fazia muito mais sentido chamá-lo de "Avestruz com penas amarelas às pintinhas roxas" ( e não pintinhas pretas como já ouvi por aí!), agora "RATO"? Depois de anos de investigação, encontrei a verdadeira história de como puseram o nome "rato" para o rato do computador. Reza assim:

"Era uma vez o Zé, que ao olhar de relance para o objecto branco ligado ao seu computador que tinha dois butões e fazia "clic clic" quando se carregava, exclamou "AHAHAHA, é que parece mesmo!". Ao que veio o amigo Toni perguntar "O que se passa Zé?", e este responde, "Pá, olha lá para aqui, parece mesmo um rato!". O Toni surpreso geme "Hun?", e o Zé explica-lhe "Sim, olha lá de relance fazendo um ângulo de 45 graus com a cabeça, e vê lá se não parece um rato...ah sim... imagina também que em vez deste objecto tens lá um rato, isso ajuda!." e o Toni exclama "Ah ya, parece mesmo um rato assim. ahahaha". Fim."

E assim se colocou o nome "rato" ao rato do computador.

Saudações.

quinta-feira, novembro 10, 2005

Suprema dúvida existêncial...

Esta foi uma ideia peregrina que me surgiu durante uma aula particularmente chata. Mistérios da Hibridização do DNA. E como durou até às 8 da noite, e como quando saio às 8 da noite fico completamente alterada, comecei a dedicar-me seriamente a este problema.
É que parece uma insignificância, mas tirou-me o sono nessa noite (isso, ou o balde de café antes de deitar, continuo a não saber). É que só almas (pouco) iluminadas, como aqui a Je é que não devem ter mais nada que fazer sem ser pensar nestes assuntos.
Mas afinal de contas, senhores leitores (e chegando finalmente ao cerne da questão), qual o obscuro fio condutor que gere a ordem das letras do alfabeto num teclado de computador?
  • Serão aleatórias?
  • Será que há teclados standart?
  • Ou então haverá teclados cuja ordem das letras estará adaptada a cada língua?
Mas PORQUÊ, MEU DEUS, PORQUÊ????

Enfim, aceitam-se sugestões! Por favor, tirem-me deste sofrimento.

terça-feira, novembro 08, 2005

Sempre útil...

Hoje quero partilhar com vocês algo que, penso, é de extrema utilidade. Planeio então partilhar os meus três insultos preferidos, apropriados para três ocasiões. São eles:

Objecto de Opóbrio: o insulto chique. Ideal naquelas alturas em que se pretende rebaixar o adversário de uma forma extremamente culta. Assim, pode ser usado em qualquer situação que exija uma resposta fria, mordaz, eloquente... E digam-me lá: não é demoniacamente delicioso???
Exemplos práticos: "Sois pois, Senhor/a um portentoso Objecto de Opóbrio", "Oh, Objectos de Opóbrio" (no plural)

Estrôncio: o insulto científico. Infalível para todas as situações a menos que se esteja a insultar alguém que esteja a fazer Química Aplicada ou quem tenha um Cadeirão de Química Orgânica...nesse caso a situação mais provável é o insultador acabar por ser promovido a "Ununúnio" ou então "Dibenzal" (o que também é bonito).... Ideal para acabar acesas discussões no Âmbito da Ciência....
Exemplos práticos: "És um estrôncio", "Seu estrôncio", etc...

Abécula: para as ocasiões onde os anteriores falham ou estão deslocados. Ideais para discussões Brejeiras e Medianamente Possidónias sem recorrer aos impropérios do costume e, portanto, sem baixar demasiado o nível.
Exemplos práticos: "Sua abécula", "És mesmo abécula", "És tu e o Castelo-Branco: são autênticas abéculas", etc...

Agora sim, é só usar a imaginação para aplicar todas as possíveis variações e utilizações para estes três maravilhosos insultos..... Enfim, divirtam-se! =-p

segunda-feira, novembro 07, 2005

Grandes obras...

E esta semana no top de livros da minha preferência temos:
-Em primeiro lugar, pela 1250ª semana consecutiva (não tenho a certeza de já ter vivido todas estas semanas, mas não me apteceu estar a fazer contas), Guerra e Paz de Lev Tolstói. Este livro que consiste basicamente em 325 fascículos, tal como uma magnífica colecção do circulo de leitores. Como tal sempre levou a minha preferência.
-Em segundo lugar, uma entrada relativamente recente, está Crime e Castigo de Fedor Dostoievski. Mais um grande clássico da literatura, pouco há para dizer sobre ele, até porque é mais um que ainda não li...
-E no terceiro lugar, um dos melhores livros da actualidade, tem vindo a subir a palmo, Preso 374 desse grande escritor que é Carlos Cruz. Aflige-me pensar que qualquer dia também possa estar a escrever um livro. Se virem um livro da minha autoria, façam um favor a vocês próprios e à humanidade em geral: NÃO O COMPREM!

Não sei se repararam mas a minha escolhar recai em grande parte, se não na totalidade, por escritores russos. Tal deve-se a serem autores revivalistas cujo conteúdo literário das suas obras remeter-nos para a questão da problemática do eu e de todo o sentido da vida. Literalmente, estes autores transportam-nos para realidades superiores, dignas de uma análise quantitativa, e nalguns pontos qualitativa, à literatura contemporânea tomando como centro activo a pesquisa pela verdadeira resposta da existência ou não de bons sapateadores em Portugal.
Não resisti... Eu sei que estava a impressionar toda a gente com o meu texto sem qualquer sentido, mas que se fosse lido apenas uma vez poderia dar a ideia de que eu realmente percebia alguma coisa de literatura. Devo avisar-vos que é um dos grandes objectivos da minha vida ler o Guerra e Paz, mas para isso, estou a pensar tirar cerca de 7 anos de férias quando estiver a trabalhar e aí pode ser que consigar ler um dos seus volumes.

P.S.- Para aqueles que não perceberam a imagem, foi mais uma forma gratuita de colocar uma fotografia de uma rapariga no blog, tentando fazer um trocadilho impossível de perceber com a palavra top... Mas eu explico, isto é o top dos livros e a rapariga está de top... Enfim, melhores dias virão.

domingo, novembro 06, 2005

Sou o pai...

Hoje torci um pé. Posso agora afirmar que tenho 4 estrangeiras a cuidar de mim a tempo inteiro: duas canadianas e duas havaianas. Podem vê-las na imagem



P.S.- Para os que estão a ler isto e estão preocupados com a minha condição física posso dizer que estou bem, não me aconteceu nada, mas apeteceu-me fazer este trocadilho parvo. De qualquer maneira continuo a ter as duas havainas cá em casa, mas elas estão legalizadas e têm contrato de trabalho!

Odores


Aqueles dispositivos que se metem nas tomadas. Ou em cima das mesas ou nos cantos da casa.

Com o fino propósito de dar um novo aroma às nossas vidas, eles existem em comunhão com a Humanidade.
Eles alimentam-se do suco da Vida Moderna, libertando o primitivo sentido.
Eles vieram em Paz, embora haja quem, porventura, guerreie com eles inconscientemente. E cuidado! Pois que a sua guerrilha é suave mas implacável: os espirros, o corrimento nasal, o mal-estar.
Eles escondem-se e camuflam-se, ou então pavoneiam-se com orgulho nos lares dos seus hospedeiros ansiosos.
Eles são uma prova de status e geram uma prova de status.
E expiram suavemente, a vida deles é efémera por mais que digam que uns sobrevivam mais do que outros. E quando o fazem são rapidamente substituidos, reflexo deste mundo cão.


Eles vêm com diversas cores, formas, disposição ou aplicações.

Eles geram Paixões e Ódios: rejubilem oh Fundamentalistas Obcecados, Odeiem oh traumatizados Antagonistas!



Assim é a Vida de um Ambientador.

Pirataria no séc. XXI

Aos que pensavam que a pirataria neste século em que vivemos se limitava à copia de uns cd's e dvd's eis que o povo somálio nos vem surpreender.
A notícia diz que "Um cruzeiro de luxo foi atacado por piratas, ao largo da Somália. A embarcação encontrava-se 160 quilómetros a este do país africano, quando o ataque aconteceu. Estavam 300 passageiros a bordo.", in Sic Online.
Três perguntas se impõem:
-Este grupo de piratas estava a ser comandado por um capitão que em vez de uma mão tem um gancho? O ataque deve ter sido feito através de cordas lançadas de outro barco onde seguiam piratas pendurados, um belo espectáculo "a la sec. XV".
-Quando chegassem a bordo (porque ao que consta a invasão não foi bem sucedida) esperavam tomar o barco com uma luta de espadas? Já estou a ver os passageiros a cairem ao rio por perderem a luta e serem comidos por tubarões. Será que a invasão não se deu porque este era um barco que transportava as selecções de esgrima de vários países que se dirigiam para um torneio?
-O que mais me intriga é o que estes piratas fariam com um enorme navio? Esperavam escondê-lo num beco onde ninguém o visse, ou simplesmente dentro do bolso? Piratas que me estão a ler, aquilo é uma coisa que não dá para esconder dentro de um casaco e que ainda precisava de combustível para se movimentar.
A frase nesta notícia que mais me incomoda é "Situações semelhantes de ataques de piratas são cada vez mais comuns, nesta região.". Será que qualquer dia, quais pistoleiros do oeste, nos iremos defrontar em plena avenida da república num duelo? Já estou a ver o fardo de palha a passar no meio da estrada e dois cavalheiros costas com costas a contarem 10 passos.

sexta-feira, novembro 04, 2005

Razões para olhar ou não ao espelho

Boa noite, vamos começar então com "Razões para olhar ou não ao espelho":

1º- Vaidoso - É preciso razões para este olhar?

2º - Hipocondríaco - "Não olho, porque tenho medo de achar algum altinho ou sintoma de doenças..." (declaração acompanhada de tic nervoso de olho, mais proeminente quando pronunciou as palavras "doenças", "altinho" e "sintoma").

3º - Pessoa burra - Julga estar lá a única pessoa que a ouve sem a interromper e dizer "Cala-te, só dizes merda!".

4º - Pessoa filosófica - Mesma razão da burra.

5º - Pessoa mesmo burra - Brinca ao jogo "macaquinho de imitação", quem parar de imitar perde...horas nesse jogo, horas...

6º - Pessoa mesmo mesmo burra - Perde o jogo.

7º - Manuela Moura Guedes - Não olha muito, porque normalmente, nunca são de tamanho suficiente.

8º- Rapaz "fashion" - Para ver se continua com o andar e estilo abichanado

9º- Pessoas "fashion" em geral - Para ver se os óculos estão a ocupar bem os 3/4 da cara.

Atrofio. Saudações kassabianas.

Um novo candidato?

Como se sabe, Saddam Hussein está preso e a ser julgado por certo e determinados crimes contra a Humanidade. Mesmo assim, planeia algo de assustador. Passo a explicar:

Recebi de informações ultra não, ultrissímas-secretas do "24 horas" que, este senhor, Saddam Hussein, recebeu certos e determinados resultados das autárquicas de 2005 em Portugal (outro crime contra a Humanidade), nomeadamente a vitória de Fátima Felgueiras. Ora bem, depois de receber o resultado ele pensou "Abdulah, adutilah titilah quiquipie, qilah!", ou seja "Já que há portugueses a votarem nesta Fátima Felgueiras, não será nada difícil votarem num ditador, violador dos direitos humanos. É só uma questão de aldrabar aqui uns documentos...". "Voilá", começou a planear a sua candidatura a Presidente da República de Portugal, com esperança que lhe aliviem a pena.

Eu até já recebi algumas das suas ideias para o País, entre elas destaca-se a medida para reduzir o desemprego. Cito a tradução: "Colocar bombas (que surpresa!) nos centros de emprego, quando apinhados."

Depois de investigar um pouco sobre o nosso País verificou que poderia ganhar grandes aliados políticos para a sua candidatura. Nomes como "Alberto João Jardim" foram referidos.

Esperamos para ver.

Nota: Porque sei que há quem pense que isto é real, ou tenha sérias dúvidas se é ou não, eu juro que inventei isto agora, tudo é fictício. Ok, é credível mas não se assustem...!

Saudações

A cortina...

Quantas vezes já me perguntaram "Fumador ou não fumador?"? 304... Mas não é isso que interessa. O que interessa é quando fazem esta pergunta num restaurante em que eu olho lá para dentro e vejo cerca de 6 mesas. Gosto da separação totalmente eficaz que há nestes estabelecimentos, "Ora então se é não fumador pode escolher uma das mesas à sua direita, se for fumador têm estas aqui à esquerda e aquela ao fundo à direita...".
Eu fico a pensar que sistema inovador terão eles para que mesas lado a lado, separadas apenas por um estreito corredor, permita que o fumo não passe de um lado para o outro. Há algo Harry Poteriano nisso, como se o fumo ficasse confinado a uma caixa totalmente invisível e de paredes trespassaveis.
A mesma pergunta muitas vezes também pode ser traicoeira... E agora, mais um diálogo fictício, brought to you by André:

Empregado:
Fumador ou não fumador?

Cliente:
Fumador

Empregado:
Os lugares de fumador estão cheios, quer ficar em não fumador?

Cliente:
Não deixe estar, tem de ser mesmo em fumador. Sendo assim vou ali ao chinês comer um cozido à portuguesa.

Sugiro também que se criem outras regiões dentro do restaurante: "Fumador, não fumador, sapateador, não sapateador, saltador ao pé-coxinho ou não saltador ao pé coxinho?"
Claro que para pessoas que fazem sapateado e fumam (que ainda são muitas neste pequeno Portugal) teriamos de criar áreas de intersecção, o que num restaurante de 6 mesas daría para cada uma das áreas ter dedicada a si, cerca de 1/3 de mesa. Mas como temos cortinas mágicas não há problema.

quinta-feira, novembro 03, 2005

E o país parou...

É verdade, não há gripe das aves, eclipse ou tufão que se sopreponha à festa da televisão musical americana. Para quem está a dormir estou obviamente a falar do festival cine-erótico gay do canal M6. Ok... É mesmo sobre os MTV Europe Music Awards que quero escrever umas linhas.
Se há coisa que me dá orgulho ser português é um momento destes. Ter cerca de 5000 artistas convidados e estarem entre esses cerca de... 20 portugueses? Aí está, como grandes portugueses, temos uma festa no nosso país e as estrelas a que damos mais importância são estrangeiras. Assim é que é!
"E agora vêm aí os Black Eyed Peas, numa grande limousine, o motorista sai do carro para lhes abrir a porta e um grande aplauso para eles por parte da multidão! A multidão está completamente ao rubro... Bem atrás deles chega agora um peugeot 106 guiado por... aí está, o vocalista dos DaWeasel, eles saem do carro... A multidão continua ao rubro com os Black Eyed Peas. E agora parece-me que... Exactamente estão a entrar de novo, os DaWeasel, estão a entrar de novo no carro. Ao que conseguimos apurar têm de ir estacionar o carro, pode ser que os vejamos mais logo lá dentro, se olharmos bem para os lugares mais para trás na sala, de certo estarão lá... Bom, vamos continuar, mais uma grande limousine com..."
E viva a festa dos portugueses!

quarta-feira, novembro 02, 2005

Os iogurtes "engatatões"

Tenho vindo a reparar num fenómeno deveras interessante. As mensagens que os iogurtes da Danone trazem nas embalagens, do lado de dentro da “tampa”, do estilo “És o sol” ou “Dá-me um sorriso” (comi agora mesmo dois iogurtes só para ter exemplos coerentes com a realidade). Temos, de facto, iogurtes "engatatões". Podiam dar outro aspecto a este novo tipo de iogurtes. Já estou a imaginar, um iogurte assim com um poupa, umas patilhas, um palito espetado e um fio de ouro. Em vez de mensagem escrita na embalagem, ele dizia-a quando se apertava... “Coisa boa, és um sonho!”, ouvindo-se de seguida o som de cuspo a bater no chão acompanhado de um grunhido de porco.

Uma pessoa com a auto-estima mesmo em baixo tem a solução perfeita com estes iogurtes. Come cerca de 50 e lê todas as mensagens simpáticas que eles têm. Fica mesmo feliz depois, equanto lê o jornal na sanita. O chocolate anda a perder o seu lugar para o iogurte.

O pessoal da Danone deve andar mesmo desesperado por sexo e mete-se a engatar pessoas assim “à parva”. Qualquer dia, este marketing passa para a fase posterior que é, portanto, a fase das mensagens com os locais e horas para os encontros. “21:00 horas, Largo de Camões coisa fofa”.

Pergunto-me se esta ideia não se expandirá para outros produtos. Sei lá, por exemplo, nas embalagens de de supositórios uma frase “Dá-me um sorriso” tem alguma piada ou nos preservativos “Coisa fofa”...

Saudações

terça-feira, novembro 01, 2005

Bela invenção, "xôr" Bill Gates


Depois de "O meu estado" do messenger, que já foi explorado neste humilde blog há uns tempos atrás, penso que outra grande invenção da casa de Bill Gates foi a barra que está por baixo do sítio onde escrevemos neste belo programa de conversação.
Esta barra disponibiliza-nos dois tipos de informação:
a) Hora a que recebemos a última mensagem -> informação útil, pois podemos ver se a pessoa nos tentou falar há muito tempo e se eventualmente ainda poderá estar perto do computador para continuarmos a conversa. Apesar de quando não está, pouco temos a fazer e esta informação torna-se então inútil.
b) Saber se uma pessoa nos está a escrever -> informação nada útil. A frase "... está a escrever uma mensagem" não tem qualquer carácter útil a não ser interromper conversas. Passo a explicar, com um exemplo. O seguinte exemplo passa-se entre dois sujeitos, o sujeito A e o sujeito B, que estão em amena discussão (atentar no nick do sujeito A, que revela o sexo, a idade, o local onde vive e o estilo de roupa que veste do mesmo):

SuJeiTo A diz:
pois e a questão do défice então nem se fala
Sujeito B diz:
pois
SuJeiTo A diz:
é que isto está a subir a pique
SuJeiTo A diz:
diz...
Sujeito B diz:
o quê?
SuJeiTo A diz:
o que ias dizer, vi que ias escrever qualquer coisa
Sujeito B diz:
não ia dizer nada, ia apenas concordar com o que tinhas dito
SuJeiTo A diz:
ah..
Sujeito B diz:
pois...

Aqui está o modo como se podem perder valiosos minutos da nossa vida interrompendo conversas só porque alguém viu que o outro ia escrever. Epah, eu até podia ir escrever qualquer coisa importante, mas arrependi-me, pode ser?!

P.S. - De notar que neste exemplo o sujeito A não era uma daquelas irritantes pessoas que prosseguem com "epah diz lá"; "mas podia ser importante"; "não falo mais contigo enquanto não disseres"; "foi inaugurado recentemente no Burkina-Faso o troço de caminho-de-ferro que liga Calu a Huariri"; "mas porque é que não dizes?"