quinta-feira, março 30, 2006

Olhe, o senhor...

A expressão "Olhe, o senhor...", quando dirigida à minha pessoa é sempre coisa para me fazer olhar para trás de mim a ver se está lá algum senhor.

Já vem sendo habitual de há uns tempos a esta parte que pessoas me digam coisas como "Desculpe, o senhor sabe-me dizer...", "O senhor não quer aderir...", "Filho, deixa o senhor passar..." ou "Ai! Valha-nos nosso senhor!". Esta última ouço, quando passo a correr por senhoras de idade avançada e acabo por lhes dar um ou outro empurrão que as fazem desequilibrar-se. Um ligeiro aparte, não percebo porque raio as velhinhas se parecem com aqueles bibelôs de cristal que temos à beira de uma mesa. Sempre que há crianças em casa a correr desalmadamente e a passar tangentes (que mais parecem senos ou co-senos) a estes artigos de decoração suspiramos de medo. Medo, que elas acabem por não partir o sacana do cristal que só está lá para ganhar pó!

Voltando ao assunto principal, como é possível que me tratem por senhor? Um puto completamente sem barba, a menos quando a deixo crescer durante uma semana e aí parece que não a faço há um ou dois dias. Eu ainda sou do tempo em que me chamavam menino. Tempos esses em que tudo era desculpável, no fundo, era apenas um menino que estava a brincar e ainda não sabia que não se podiam atirar pedras da calçada à cabeça de trausiundes.

Hoje eu gostava de poder chegar a casa coberto de lama, com as calças rasgadas no joelho por ter andado a particar joelho-ski nos corredores da escola e ter decidido ir para a rua quando chovia a potes. Se hoje em dia eu fosse para a rua correr quando chovia a potes, o mais provável era ouvir lá atrás, uma mãe a dizer ao seu filho "Filhote, nunca faças isto. Este senhor é maluco. Até já ouvi dizer que este senhor escreve umas parvoíces sobre o que nós estamos aqui a falar e sem nunca indicar as suas fontes bibliográficas...", in Senhora na rua que passeava o seu filho.

terça-feira, março 28, 2006

A Voz

O que vocês querem saber é porque é que eu estou a escrever um post enquanto o glorioso joga contra o barça!!? Porque está no intervalo, e provavelmente só vou termina-lo quando o jogo acabar. Ok o jogo já acabou...tava a brincar, não acabou nada. Agora posso fazer estas brincadeiras parvas no post.

Parando de escrever, em bom latim, "merdius", vou directo ao assunto. A Voz. Aquela voz feminina, com atitude e garra. Não, não ligo para esse tipo de números...estou a referir-me à voz das gravações do telemóvel. "O seu saldo é inferior a 1 euro. Por favor recarregue o seu cartão!". Já repararam o quanto é agressiva, nomeadamente aquela parte do "POR FAVOR RECARREGUE O SEU CARTÃO", um gajo pensa "Foda-se tenho que recarregar isto rapidamente". Entretanto a Voz segue o seu impiedoso caminho "Se não carregar o seu cartão dentro de 30 segundos, o seu telemovel autodestruir-se-á, você cairá numa fornalha bem quentinha e os porcos vão voar!" Não, os porcos é que não! E um gajo lá recarrega o telemóvel. Ok, houve, algures, uma parte desta situação que já foi fruto (ainda verdinho ou já podre) da minha imaginação.

Também é mítica a frase "O seu saldo não lhe permite efectuar a chamada". Mas eu só quero dar um toque porra!!! Às vezes ela engana-se. É verdade, aVoz é uma gravação mas engana-se. Diz que nao tenho saldo quando acabei de carregar o telemóvel no multibanco. Zango-me mesmo à brava quando isso me acontece e sou até capaz de gritar "MAS QUE RAIO!". Apesar de, muitas vezes, o "RAIO" ficar preso na língua e só sair um "Mas que...!".

Saudações.

segunda-feira, março 27, 2006

Sonhos de Infância...

Algumas pessoas, quando eram assim mais pequenas, tinham sonhos de infância. Popularizados pela tão mítica como irritante expressão: "Então e o que queres ser quando fores grande??".
Vá, quem não se sentiu afectado por este flagelo que dê um passo em frente e receba os meus parabéns! Menos um trauma de Infância que atormenta a sua psique!

Mas há petizes que desde cedo são uns obstinados de palmo e meio. A minha devota irmã, por exemplo. Desde P"i"quena que sempre quis ser Veterinária. E há quem queira (ou tenha querido) ser Bombeiro, Médico (uf!!), Enfermeiro, etc. Mas isto desde os 10 anos!!

E depois há as pessoas normais. Aquelas que tipo, decidem no 9º ano, o mais tardar no 12º. Preocupam-se com as médias, criaturas stressadas; com os exames nacionais, enfim.

E depois há seres como eu, que sempre tiveram uma grande panca. Ora vejamos: quem queria, até mais ou menos aos 14 anos, ser ermita (depois a inexistência de um chuveiro decente e quente demoveu-me desta ambição)?? Quem aos 12 andava aí feito maluco a misturar cogumelos do jardim com limão, cidreira, etc, e deixar fermentar durante 2 semanas, na expectativa de criar um veneno? Quem decidiu para que curso ia no dia anterior à candidatura?

Mas pronto, agora estou melhorzinha. Agora só quero mesmo uma Unidade S.I. com o meu nome e ganhar o Nobel. 1 Aires... digam lá se não soa bem??? Talvez uma distinção venha com a outra!

Vidas! (deprimentes)
P.S: Desculpem lá, mas estou em pleno período azul.... Só que os meus trabalhos não serão vendidos por milhões de Euros num leilão, depois de eu acabar numa pizza de glória debaixo de uma Betoneira. Lamento a maçada...
P.S: Se a betoneira transporta o Concreto, o que é que transporta o Abstracto? (ok, pronto, eu escondo-me, vá....)

domingo, março 26, 2006

Era meio post!

...e é por isso que eu digo que devia ser amarelo! Ah! Já estão a ler este post? Então peço desculpa, no fim do post já explico o que deveria ser amarelo, por agora vamos ao que interessa.

Já reparam que há por aí imensas casas de pasto que incluem a meia dose na sua ementa? Defende-se nestas instituições que uma dose deve ser partilhada por duas pessoas. Se for só uma pessoa a comer, meia dose bastará. Então porque raio não fica uma dose por pessoa?

Há restaurantes mais arrojados em que, quando vão 6 pessoas, duas doses chegam para toda a gente e por vezes sobra comida. Que tipo de animal come uma dose nesses restaurantes? Porque não fazem o upgrade onde meia dose passar a ser uma dose? Se lá fosse alguém que quisesse comer mais, pedia duas doses. Mas uma dose seria o aceitável para uma pessoa.

Já estou a ver daqui a uns anos a aplicarem isto no mundo da droga. Reproduz-se aqui uma conversa entre o drogado e o seu dealer:

Drogado: Oh chefe, depois quando pudesse...
Dealer: Então o que vai ser hoje?
Drogado: O que tem aí do dia? Assim para ser rápido, que 'tou com pressa.
Dealer: Hoje temos aqui uma heroínazinha que "fáchavor". Se preferir uma coisinha mais leve, o haxixe hoje também está apurado.
Drogado: Hmmm... Vou ter uma tarde longa pela frente. Traga-me aí meia dose de heroína.
Dealer: "É MEIA DE HEROÍNA!". Sai já, é só um bocadinho. Deseja alguma coisa para a entrada?
Drogado: Pode trazer um limãozinho, se faz favor.
Dealer: É p'ra já!

E é isto a que se refere o meu post de hoje, aquilo a que me referia no início deste post era... "Pedimos desculpa por interromper este post, mas surgiu agora a notícia que "vamos ter de interromper a notícia de última hora por ter de terminar este post""... e aí, lá está, o amarelo deveria ser a cor principal...

sábado, março 25, 2006

Serviço horário

Esta noite muda a hora. Infelizmente esta é a altura do ano em que temos de pegar nos nossos relógios e adiantar uma hora, tirando-nos uma hora de belo sono. Para mim, tira-me mais do que uma, visto que costumo deitar-me por volta da meia noite, e hoje terei de estar acordado até à 1 da manhã, para poder adiantar uma hora em todos os meus relógios. Este tipo de mudanças deveria passar a ser feito a horas decentes, estilo 2 da tarde.

Mudar a hora no Inverno até é bom, tirando o facto de passar a ser de noite às 17h, dormimos mais uma hora no dia em que tal mudança acontece. Mas a hora de Verão implica que percamos uma valiosa hora de sono. É por isso que pretendo que a partir do próximo ano, em vez de adiantarmos 1 hora, atrasemos 23 horas! Assim teremos mais 23 horas de sono, e isso sim, vai ser um mimo!

É engraçado que eu nunca soube em que fim de semana é que a hora é alterada. Sei que isto tem um dia fixo (pelo que vejo agora pelo calendário é o último fim de semana de Março), mas até chegar este fim de semana eu nunca sei quando é que vai acontecer. Tenho sempre a sorte de saber, ou porque ouvi nas notícias, ou porque alguém me avisou.

Esta mudança deve ter algum poder mágico pois toda a gente acaba por saber dela. Por exemplo, quando mudam o sentido de uma rua, o mais provável é, apesar de estar um enorme sinal de sentido proibido no início da rua, vermos durante meses pessoas a circularem em sentido contrário. Quando a hora muda não há nenhum sinal, mas é raro vermos alguém a chegar atrasado ou adiantado onde quer que seja. O que faz com que todo o mundo saiba que esta alteração vai ocorrer?

E porque raio mudam a hora? No inverno saimos de casa de manhã e chegamos à noite. No verão saimos de casa à noite e chegamos de dia. Qual é o objectivo disto? Leva-me a crer que se nunca mudassem a hora teríamos os dias sempre iguais.

quinta-feira, março 23, 2006

Em busca das santas calças de ganga

Eu quero umas calças de ganga! Com "calças de ganga" leia-se calças de ganga sem nehuma mariquice do estilo rasgões, remendos, descolorações e provavelmente outras "abichanadices" que dentro desta minha insana raiva não me consigo lembrar. Este meu desejo é muito difícil de se concretizar, acreditem! Só vejo calças com rasgões e etc. nas montras ( bom, na realidade so fui a uma loja). São "coisas" da moda.

Quem lucra muito com isto é a indústria textil, ah pois é! Então eles lá poupam carradas de tecido com os rasgões (buracos) que as calças têm que ter para serem "fashion". Isto é tudo uma cabala da dita indústria. Para "andar na moda" ( poderia ser "andar na mota" escrito por uma pessoa que troca a letra "t" pela letra"d" to teclado, mas não!) tem que se andar aí todo roto. Roto pelos buracos das calças e também pelo parecer, completemante, e asquerosamente, abichanado. Duplamente roto portanto.

Seguindo este conceito de moda, posso afirmar aqui, sem medos, que o Sr. Joaquim, o sem-abrigo ali da esquina, é um gajo completamente na moda. Esses sim (os sem-abrigo), têm uns rasgões e descolorações mesmo "fashion" na roupa.

Com tanto tecido que tiram às calças, qualquer dia não compramos calças, compramos umas "calç". Esta piada é muito boa.

A única boa razão que consigo encontrar para que os rasgões sejam moda, é o facto de se poder encontrar fotos como esta (ali em cima) quando se faz um post sobre isso.

Saudações.

'Tá explicado!

O choque tecnológico que o governo de Portugal pretende implantar, envolve entre outros assuntos, a possibilidade de se poder começar a tratar de uma data de operações burocráticas pela internet.

O primeiro a ser afectado foi o IRS, onde muita gente suspirou de alívio por deixar de ter de ir às finanças esperar 5 horas e depois ouvir uma funcionária, com uma voz nasalada, a dizer"Você não preencheu o ponto 33.a e falta-lhe aqui o impresso G1. Vai ter de tirar senha aqui para o balcão do lado e depois pode voltar aqui a este balcão para entregar isso. Mas tem de fazer isso amanhã porque já são 2 da tarde e nós temos de fechar.".

Ontem, mais um desenvolvimento deste plano ambicioso, foi dito que o selo do carro só poderia ser pago pela internet. E parece que hoje se soube que se poderá marcar as consultas nos hospitais da mesma forma. Eu encontrei a razão para tal. Este governo quer libertar a estrada de condutores perigosos e reduzir as listas de espera. Como? Retirando a 3ª idade de ambos os sítios!

Quem são os maiores perigos nas estradas? Os idosos que conduzem nas autoestradas a uns vertiginosos 30 km/h! Quem nos ocupa durante o dia as urgências dos hospitais? Idosos que não têm ninguém com quem conversar e querem apenas companhia! O que é o que o governo lhes faz? Retira a possibilidade de eles irem a estes sítios. E eu espero que eles não venham a aprender como usar um computador!

Para além disso penso que há mais medidas que o governo pode tomar para tornar a vida dos cidadãos mais fácil. Uma delas, talvez a mais urgente, é a venda de bilhetes e passes de transportes públicos apenas na internet. O que raio fazem os velhinhos no metro, no autocarro ou no comboio por volta das 6h50? Aonde é que eles vão tão cedo? A praça e o supermercado ainda estão fechados a essa hora. Lá está, acabam por ir parar aos hospitais, porque esses, para além dos transportes públicos, são os únicos sítios com elevada concentração de 3ª idade a horas impróprias para consumo.

Com sorte, a TVI apoia o governo neste projecto e cria programas em que idosos realizam provas de alto risco, aumentando-lhes a probabilidade de infarto do miocárdio e fazendo deste país, um pais na vanguarda da Europa!

quarta-feira, março 22, 2006

O fim...

E pronto... É hoje! Já que ninguém escreve neste blog acho que é momento de encerrá-lo... Ao meu computador portátil e começar a escrever aqui qualquer coisa. Se querem saber eu nem tenho nenhum computador portátil, por isso vou mesmo acabar com esta coisa... A meia rota que tenho calçada!

Depois de vos provocar este susto, ou para alguns uma desilusão por pensarem que ia mesmo acabar com isto e no final querer continuar, apraz-me hoje escrever um pouco sobre essa temática tão sumarenta que é a televisão a cores! Na verdade vou escrever sobre essa mítica instituição que é ter a unha do dedo mindinho de tamanho considerável!

É com descontentamento que vejo que esta tradição vem caindo em desuso. Antigamente, nos grandes tempos da unha, viamos inclusivamente homens (e algumas mulheres) com as unhas de ambas as mãos assim! E que jeito isso dava.

A função da unha é ainda desconhecida hoje em dia, sabe-se que permite aceder a locais reconditos do nosso corpo e tirar de lá a sujidade, como por exemplo, o espaço entre os dedos dos pés. Mas para quem não sabe, esta unha permite muito mais. Ela permite que se apertem parafusos, se descarnem fios ou se retire pregos que estejam mais cravados na parede. No fundo, ela não passa de uma ferramenta de bricolage de primeira instância.

É por isso que fico triste ao ver, hoje em dia, grandes superficies de bricolage. Aquelas começadas em M e acabadas em O e que têm no meio, completamente ao acaso as letras ESTRE MAC, como já devem ter percebido, e passo a publicidade, falo do AKI. Aqui podem-se comprar ferramentas de todos os géneros e feitios acabando por tornar a unha um objecto obsoleto e sem uso. A evolução fez com que passassem a existir chaves de parafuso, facas e martelos e infelizmente também o arqui-inimigo das unhas - o super corta-unhas!

É pena constatar que a tradição já não é o que era, neste e noutros capítulos, tais como o farfalhudo bigode! Portugal está com a mania que é um país evoluído, o governo quer inclusivamente que se comece a poder comprar o selo para o carro apenas pela internet. Esquecem-se de um pequeno pormenor, nem toda a gente tem acesso a um computador. E porque é que não têm? Porque no fundo, ainda há quem queira manter a tradição e continue a usar Azeite Galo, a cantar desde 1919!

P.S. - Já agora, queria agradecer ao _JaM_ por ter carregado 2300 vezes no botão do refresh e podermos ter neste momento mais de 2300 visitas!

sexta-feira, março 17, 2006

Análise dos limites do humor

Relatório - Análise dos limites do humor

Objectivos:
-Analisar os limites do humor com ajuda de um piadómetro

Bibliografia:
-HUMORISTAS, Vários - Centenas de anos de humor, 1500-512 Lisboa

Fundamento teórico:
É tido como certo que há certos temas sobre os quais não se pode fazer piadas. Alguns deles estão comprovados cientificamente, tais como Maomé, que pode levar a que o laboratório seja incendiado ou mesmo destruído. É necessário ter bastante cuidado no manuseamento deste tipo de temáticas.
Restam dúvidas sobre temas como os trajes académicos, a doença, a morte, e muitos outros.
Nesta técnica sujeita-se cada um dos apontamentos humorísticos a um público e verifica-se a linearidade da reacção, tentando encontrar os limites quando o humor tende para +∞.

Material e reagentes:
-Piadómetro de massa (baseado na transformada de aplauso e riso)
-Recipientes para piada
-Vários temas de piada polémicos (morte, doença, religião, escuteiros, cabelo do André, trajes académicos)
Fig. 1 - Piadómetro de massa

Técnica experimental:
1. Preparar 2 minutos de piada sobre cada um dos temas polémicos. Ter atenção de confirmar a escala do piadómetro para não criar piadas que se situem fora desta.
2. Lançar as piadas no piadómetro, esperar 1 minuto e fazer a leitura.
3. Registar e tratar os resultados.
4. Tirar conclusões se há temas nos quais o humor não deve entrar.

Cálculos e resultados:
Devem marcar-se os pontos obtidos o piadómetro num gráfico, tendo como eixo dos xxx as piadas e no eixos dos yy as reacções do público (medidas no piadómetro) em unidades S.I.. Verificar que se trata de uma exponêncial e calcular o limite quando p tende para +∞.

lim (temas polémicos) = indeterminação (∞/∞)
p -> +∞

Conclusões:
Com este trabalho descobrimos que é impossível calcular se determinada piada vai ou não funcionar com determinado público. Sabe-se que há públicos mais sensíveis, nos quais não deve ser usado o humor de mau gosto sob risco de ser bastante criticado. Dizer coisas como "escuteiros são ridículos", "pessoal de traje académico tem a mania que é o superhomem e por isso usa uma capa" ou "Maomé está bastante bem pintado nas caricaturas" podem levar a revoltas populares.
Para mim, analista de piada, não deve haver limites para o humor, resolvendo-se a indeterminação recorrendo ao método de Fátima Felgueiras invertido, o mesmo é dizer, que se deve aguentar qualquer reacção do público, apesar de quando os temas são bem manuseados haver sempre uma reacção entalpicamente positiva.

terça-feira, março 14, 2006

Erros comuns...

Jesus Cristo não deveria ter nascido no dia 1 de Janeiro? Foi o meu post... Bom dia! Ok, se calhar devo alongar isto mais um pouco.

Há qualquer coisa de errado no facto de comemorarmos o nascimento de Jesus no dia 25 de Dezembro se contamos os anos a partir do seu nascimento. Não seria lógico que o primeiro dia do ano coincidisse precisamente com o dia em que Jesus nasceu? Foi o meu post... Bom dia!

Este parece-me um erro muito trivial para nunca ninguém ter olhado para ele. Já passaram 2006 anos! Como é que nunca repararam nesta falha? Isto é a prova de que a Matrix existe! Ou talvez não... Mas como é possível que Cristo tenha nascido no dia 25 de Dezembro de 0? Já tinha quase passado um ano desde que se começou o calendário. Será que houve alguém mais importante que nasceu no início desse ano e andamos enganados este tempo todo? Foi o meu post... Bom dia!

O facto de considerarmos o nascimento a 1 de Janeiro facilitaria muitas coisas. Reparem bem, que se tal acontecesse o calendário andaria 6 dias para trás, para que o 25 de Dezembro passasse a ser o dia 1 de Janeiro. Com jeitinho ainda se conseguia por a coisa mais uns 2 ou 3 dias para trás e aí teríamos as estações que actualmente começam nos dias 22/23 de Março, Junho, Setembro, Dezembro, a entrarem no dia 1 dos meses seguintes a estes. Facilitava. Facilitava também na questão dos signos, que actualmente mudam também por volta dos dias 23/24 e passariam também a mudar no início de cada mês. Foi o meu post... Bom dia!

Tudo isto está muito mal explicado. Foi o meu post... Bom dia!

Só mais uma coisa, isto não é um post contra a igreja, é de facto contra todas as pessoas que já passaram no mundo e nunca reparam nisso! Foi o meu post... Bom dia!

P.S. - Peço desculpa pelos "Foi o meu post... Bom dia!"... Foi o meu post... Bom dia!

quinta-feira, março 09, 2006

Memoirs of a infância

Ai!, que belos eram os tempos da minha infância… Tempos em que eu não era encaixado dentro dos grupos de pessoas, sendo um dos tais incatalogáveis, mas em que a minha vida rodava à volta de se iria comer um bollycao, um pão com tulicreme, uma goma, ou uma outra guloseima, sem preocupações...

Poderá haver guloseimas mais artificiais do que as comemos em putos? O bollycao é um pão que em vez de farinha é usado fermento puro, que é depois recheado com toneladas de chocolate. Um bolo destes era o suficiente para nos dar energia para um mês de trabalho, considerando a nossa estatura naqueles tempos. Para adultos a dose recomendada é um bolicao de 15 em 15 dias. Só para terem uma ideia há agora bollycaos light e com suplementos de leite. Três palavras para quem come isso: Me ni nos (literalmente...).

Temos também as gomas, das quais eu nunca fui fervoroso adepto. Não creio que seja saudável comer algo que se parece com uma gelatina e que nem eu, nem os industriais especializados na área fazem a ideia de como se forma. ‘Tá certo que sabem que têm de juntar um número de ingredientes, mas tal foi descoberto por tentativa e erro. Se bem me parece, nalgumas das experiências, deve ter sido utilizada inclusivamente borracha de pneu usado, mas tal não resultou, sendo substituída por cortiça de sobreiro.

Para além disso aparentam formas muito estranhas, temos as que se parecem com amoras ou bananas, que até poderão ser aceitáveis. Mas gomas em forma de ovo estrelado? Qual poderá ser a vantagem? O ovo estrelado é talvez o oposto gastronómico da goma. A goma é doce, o ovo estrelado é salgado. É verdade que ambos têm uma consistência estranha, mas isso não me faz querer comer uma goma em forma de fezes, que também me parece ter uma consistência estranha.
Quando digo doce isso nem sempre é verdade. Há umas gomas de maçã, dessa nobre marca que é o Lidl, que são tão ácidas quanto o nosso suco gástrico. São coisas a atirar para um pH entre 0 e 0,1, que quando comemos nos fazem verter uma ou outra lágrima. Se quiser chorar peço a alguém para me aviar uma valente marretada no alto da pinha, nunca me vou por comer gomas.

Os doces que comíamos na infância serão, num futuro próximo, proibidos pela União Europeia, por serem considerados lixo tóxico e radioactivo, mas mesmo assim eu continuarei a querer comer rebuçados bola de neve e pastilhas Super Gorila.

quarta-feira, março 08, 2006

Malas

Hoje de manhã apanhei boleia da minha mãe para a mítica FFUL. Ao descer as escadas do meu prédio (pois este não tem um mísero elevador. Foda-se! [Agora abuso]), a minha mãe, numa busca atrapalhada pela sua mala, murmurava "Ora onde está...? Então...?". Como bom filho que sou disse, nestas exactas palavras, "Minha querida e respeitosa mãe, precisa de uma ajuda deste vosso fiel e prestável filho?" e ela ignorou-me e continuou lá nos seus pensamentos "Mas...onde está? aquela coisa...?....AH está aqui!". Claro que perguntei "Que coisa mãe?", ao que ela responde "Aquilo do coiso...com a chave...da coisa...da caneta!", e eu "Ok...". Se alguém conseguir satisfazer a minha curiosidade e decifrar o código ficaria grato. Depois ainda falam do coiso...ai do coiso... com a coisa...!

Esta introdução para falar das malas das mulheres. Pessoalmente penso que as malas das mulheres são um kit para algum flagelo mundial (e não das bactérias [piada científica]). Terramotos, incêndios, invernos nucleares, seja o que for, elas têm o seu kit preparado. São como uma mistura de MacGyver com Rambo. Desaba terra por baixo dos seus pés, pegam no baton, brufene e no lápis e fazem uma ponte em 2 segundos.

Caso verídico: Pedi a uma amiga um ovo de avestruz pintado de amarelo e podem crer que de dentro da mala dela saiu isso mesmo. Vá lá, ok não era pintado de amarelo...era banhado a ouro, enganou-se.

PS: Só para dizer que o Benfica está a ganhar 1-0 ao Liverpool. Largartos e tripeiros mansos que vocês não estão na mesma liga que nós. Dos Campeões quero eu dizer.

Saudações.

quinta-feira, março 02, 2006

O grande Rex

"Oh...Oh...Oh...! Um pouco mais abaixo! Agora para o lado...não, para o outro! Isso! Aí! Aí! Aí! Ahhhhhh!" - Pessoa a quem estão a coçar as costas. Sim, é assim tão bom, acreditem. Já andavam com essas vossas mentes perversas noutros "territórios", já estavam a imaginar um jogo de sueca aposto! Tarados pá...

Feita a introdução do post, e não perdendo o fio à meada, vou escrever sobre um tema que já referi a algum tempo num outro post, que é, nem mais nem menos, o salto do Rex, o cão polícia, pelas janelas a dentro.

Ora bem, eu já comentei que não percebia como é que o Rex, ao realizar saltos tão arrojados contra o vidro, nunca se cortava/aleijava no focinho. Foda-se, é que nem um mísero ganir se ouve. (Sempre sonhei em começar uma frase com "Foda-se" e depois ouvir pessoas a dizer "Oh Miguel, o "Foda-se" era desnecessário...". Não sei, dá-me pica!)

Há quem diga que os vidros que o Rex parte ao saltar são feitos de açúcar. Não pode ser! Que parvoíce! Se fossem de açúcar ele não os partia. Ele parava em frente ao vidro e lambia-o até desaparecer, só depois é que ia salvar o companheiro.

Também existe o pormenor dos vilões, quando conseguem apanhar o companheiro do Rex desprevenido e indefeso, ficarem a apontar a sua arma cerca de 4 minutos e 53 segundos sem disparar. Ficam a olhar... não percebo! Porra disparem lá! Mas não...ficam a olhar, devem estar a pensar "Epá este bófia tem os olhos mesmo bonitos" ou assim... e entretanto o Rex entra e pronto, caldo entornado.
Além disso, têm sempre o azar de ter uma janela precisamente na posição perfeita para o Rex entrar com o seu mítico salto e mordê-los. Bom, mas esta precisão é também explicada pela teoria (que eu apoio) de que o Rex, antes de cada salto, faz um cálculo vectorial e desenha um gráfico considerando a velocidade do vento e todos os outros factores para o salto.

Há também quem diga "Porra Miguel, é só um PROGRAMA DE TELEVISÃO!".

Saudações.

Um pouco de história...

Antony van Leeuwenhoek descobriu a vida microbiana. Eu não sei como pronunciar este nome e segundo fontes próximas, nem o próprio o sabia fazer.
É curioso ser este o homem que descobriu que existiam bactérias e associarmos à microbiologia um nome bastante mais fácil de pronunciar, Robert Koch. Na verdade Koch apenas conseguiu desenvolver métodos de cultura em meio sólido, isto é, conseguiu "pegar" nas bactérias que o outro tinha "descoberto" e limitou-se a deixá-las reproduzirem-se. Isto tem tanta lógica como não conhecermos o inventor do telefone, mas só porque eu consigo fazer uma chamada telefónica ficar conhecido na história da humanidade!

Eu creio que no meio científico isto se passa muitas vezes. Isto deve ser o que se passa numa repartição de registo de novidades científicas.

"Temos aqui um tipo que diz que descobriu as práticas de assepsia, diz que agora já podemos fazer operações sem os pacientes morrerem devido a infecções..."
"Epah, mas isso é extremamente importante, assim vão morrer muito menos pessoas no mundo! Como é que ele se chama?"
"Ignaz Semmelweiss..."
"Hmmm.. agora que penso nisso, se calhar não é assim tão importante... Manda lá entrar o Pasteur que diz que consegue fazer com que o leite seja mais seguro."
"E o que faço com o Domagk, o que conseguiu tratar um paciente com o antibiótico?"
"Deixa-o lá fora que também não consigo pronunciar o nome dele, para a descoberta do antibiótico metemos antes o Flemming."

Voltando a Antony van Leeuwenhoek, o tipo que descobriu as bactérias. Sabem como foi feita esta descoberta? A profissão dele era analisar textéis e como tal usava lentes poderosas, uma espécie de microscópio, para verificar se as fibras eram ou não de boa qualidade.

Diz-se que ele se começou a interessar e começou a analisar expectorações e esfregaços bocais. Esperem lá! Ele estava a olhar para um pano de seda e pensou "O que era giro era eu ver uma expectoração minha com estas lentes!"? Há aqui um salto demasiado grande. Como é que uma pessoa está a olhar para um tecido e de repente decide analisar uma... verdonga...
Este é outro tipo de coisas que faz tanto sentido como eu estar a escrever um post e pensar "O que era giro era eu pegar no rato e transformá-lo numa nave espacial!". A propósito, para carregar no Publish Post tive de utilizar apenas o teclado, porque o meu rato já está a rumar a Marte.