Estatística "isenta" faz vítimas....
Mais uma vez, uma notícia de um dos nossos amados jornais diários gratuitos faz notícia no kassabian. Confesso que já vi muita coisa nesta vida e poucas delas me fizeram ficar com a boca tão aberta como esta. Fazendo um apanhados das partes mais Importantes, o artigo da página 4 reza:
"Um questionário a 24 mil mulheres em idade reprodutiva revela que 15 a 71% já foi física ou sexualmente abusada por parceiros intimos."
Trálálálá...... e mais à frente....
"O inquérito revela ainda que 1 a 28% das mulheres grávidas foi agredida durante a gravidez..."
Questão 1: Os flagelados por cadeiras relacionadas com estatística tal como os restantes mortais já devem ter percebido que esta estatística está um mimo. 15 a 71%????? 1 a 28%??? Mas afinal são 15% ou 71% que dizem isso??? 1 ou 28%???
Uma margem mínima de variação, deveras.....
Última frase do artigo é:
"Por fim 50 a 90% das mulheres questionadas deu razão ao homem quando este bate na mulher em certas circunstâncias: desobediência, recusa em praticar sexo, tarefas domésticas cumpridas fora de tempo, perguntar por outra mulher ou suspeita de infidelidade."
A fenomenal estatística mantém-se, mas o que impressiona é mesmo o conteúdo. Mas onde raio fizeram a sondagem?? No terceiro mundo???
Não revelam. Mas dizem:
"O estudo decorreu em 10 paises - desenvolvidos e em vias de desenvolvimento - com a colaboração de várias associações locais de apoio à mulher"
Questão 2: Regra estatística fundamental é que uma amostragem deve ser o mais representativo possível da população. Para isso, aleatoriza-se. Obviamente que esta estatística ou é tudo menos aleatório, ou então os países desenvolvidos são mesmo muito pouco desenvolvidos... Provavelmente limitaram-se só aos centros de apoio à mulher e tal...ou então os dez países fazem parte daLiga Árabe.
O problema da violência doméstica é grave e requer toda a nossa atenção, mas, com este tipo de estudos, passa a ser puro alarmismo ridículo. Aprendam a fazer as coisas, se fazem favor.
Conclusão: Quanto mais me bates, mais gosto de ti... pelo menos com Estatística tão isenta como esta.
O problema da violência doméstica é grave e requer toda a nossa atenção, mas, com este tipo de estudos, passa a ser puro alarmismo ridículo. Aprendam a fazer as coisas, se fazem favor.
Conclusão: Quanto mais me bates, mais gosto de ti... pelo menos com Estatística tão isenta como esta.
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