quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Mas como é que isto foi inventado? - Episódio 2

É já considerada uma das maiores invenções desde que Ediberto Lima disse "O que era giro era pormos um tipo a saltitar durante 3 horas nas tardes de sábado da televisão portuguesa" e eis que surgia o Big Show Sic. Falo-vos obviamente de iscas de bacalhau! Ai não, desculpem, confundi os blogs, neste é suposto escrever-se sobre a rubrica "Mas como é que isto foi inventado?". Então cá vai.

Na sequência do episódio anterior em que se falava de algodão doce, venho agora falar-vos de algo muito mais agradável. Essa bela invenção que é o piaçaba.

Primeiro que tudo, surge a dúvida, piaçaba ou piaçá? Ou até mesmo piaçava... Só pela dúvida na maneira como se escreve este é já um objecto de culto. Ninguém sabe qual o mais correcto e pelo que vi no dicionário todas as hipóteses são viáveis. Como vêem, quando estou de férias fico com demasiado tempo nas mãos, inclusivé perco tempo a ver estas coisas no dicionário. É isso e a descobrir palavras giras, como guturotetania.
O meu verdadeiro problema é que passaram dois dias do Dia Internacional dos Namorados, dia em que fui convidado para um jantar, ao qual se seguia uma festa que poderia envolver nudez, pelo menos quando cada pessoa voltasse a casa e tivesse de tomar banho. Infelizmente não me encontrava na mesma cidade desse jantar e respectiva festa! Ai, como a vida me corre bem...

Voltando à questão central desta rubrica, o piaçaba (para mim esta é a forma correcta de o pronunciar), essa vassoura pequena utilizada para higiene de casas de banho, como diria a 8ª edição revista e actualizada do Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora.
Em que preciso momento da história é que surgiu este instrumento? E como era feita a limpeza do resquício fecal antes de ser inventado?
Antigamente não existiam sanitas nem potentes autoclismos. Anos depois foi inventado o penico e o seu mecanismo de descarga era um "Água vai!". E se o penico ficasse sujo? Já nessa altura existia a tal escovinha para limpar os dejectos? É que parece-me que sem autoclismos a probabilidade de se ter o trono limpo é diminuta. Então surgiu um iluminado, no verdadeiro sentido da palavra (ele estava debaixo de um candeeiro), e inventou o piaçaba. Começou por ser algo que posteriormente veio a ser chamado de escova de dentes e evoluiu para o que conhecemos hoje.

Debrucemo-nos um pouco com o futuro do piaçaba. Com tanta inovação tecnológica ainda não houve nada que substituísse uma simples escova? Até as pessoas mais endinheiradas, que teriam dinheiro para comprar sistemas de limpeza por ultra-sons utilizam a vassourinha para limpar as paredes da sua sanita. É bom a tradição ainda ser o que era, mas nesta matéria eu preferia a limpeza por reacções de Química Orgânica avançada, como reacções de Hoffman ou de Friedel Crafts (esta foi gratuita e foi só para mostrar que sei alguma coisa de Química Orgânica, penso que seria impossível limpar o cocó com alguma destas reacções).

Nota: Os factos históricos apresentados neste post são totalmente fictícios e não reflectem de modo nenhum o que aconteceu na realidade.

1 Comments:

At 22:22, Blogger Chili Pepper said...

Começo a pensar que o papel higiénico foi o percursor do guardanapo...não é arrepiante?

 

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