terça-feira, fevereiro 14, 2006

Admirável mundo de sabores

Primeiro devo avisar que este é o primeiro post que escrevo longe da minha secretária, tanto da que me atende telefones, como da que tenho no meu quarto e onde habitualmente escrevo estas parvoíces. Infelizmente não o escrevo de casa de uma namorada que teria arranjado à última da hora e me faria passar o dia de hoje acompanhado. Eu sei que era o que estariam a pensar, mas acham mesmo que eu iria perder tempo a escrever posts inúteis sobre sabores de casa de uma suposta namorada quando poderia estar a fazer coisas bastante mais interessantes com ela? Como por exemplo, comer gelados enquanto jogamos uma bela partida de batalha naval.

Escrevo então sobre esse maravilhoso mundo da síntese química que permite criar sabores em alimentos, sabores que seriam impossíveis de obter por técnicas tradicionais.
Gosto de pensar que hoje em dia existem doenças como o HIV, o cancro ou o Parkinson a precisar de cura ou de uma vacina, mas que haja um cientista que pense "O que era realmente interessante era termos batatas fritas com sabor a tosta mista!".

É impressionante a quantidade de sabores que já foram sintetizados hoje em dia, é pastilhas com sabor a algodão doce ou a morangos ácidos, batatas fritas com sabor a presunto ou a tosta mista, comida macrobiótica com sabor a carne à bolonhesa. Esta última faz-me um pouco de confusão. O objectivo dos macrobióticos não é o de não comerem carne? Porquê pôr sabores da cozinha tradicional nestas comidas? Eles não querem carne nem peixe! Certamente não querem sentir o sabor deles na sua comida. Ou eles gostam de carne e peixe, mas comem comida vegetariana por obrigação de serem "cool" e de viverem em harmonia com a natureza?
Mais uma vez me arrisco a levar valentes traulitadas desse lobbie que são os vegetarianos. Ultimamente tenho tentado criar ódios em todos os grupos existentes à face do globo, chegará o dia em que eu tenha de me enclausurar num "bunker", pois o mundo já não estará interessado em livrar-se da ameaça atómica por parte dos países do Médio Oriente, mas em assassinar o rapaz que diz mal de todos. Já agora, devo aqui anunciar que não gosto de betos (esta foi gratuita).

Voltando aos sabores, creio que nos aproximamos mais uma vez de algo "star trékico", em que comeremos apenas suplementos de proteínas, mas que tenham um sabor extramente agradável a couve flor. Ah, espera, couve flor não tem um sabor agradável (a não ser para os vegetarianos), fica então um sabor a "sande" de torresmos e a "mine" no nosso suplemento.

P.S.1- Em resposta à Botas e à Mariana, tenho pena de não me encontrar em Lisboa hoje, para podermos mais uma vez passar uma louca noite de... sono.
P.S.2 - Quanto às restantes propostas, deparo-me com o mesmo pormenor técnico, não me encontro em Lisboa, se acham que se conseguem por no Porto em 4h30, a primeira a chegar tem direito a comer qualquer coisa comigo, porque duvido que à hora a que chegam ainda consigamos jantar... Fica então a proposta, arranjem o meu contacto e metam-se a caminho, que cá vos esperarei!

1 Comments:

At 20:44, Blogger Area said...

Eu acho absolutamente herético que as batatas fritas de pacote possam saber a outra coisa que não batatas fritas de pacote. Esse é um dos mais importantes dogmas da minha vida. Blargh, batatas fritas a saber a tosta mista! É quase tão estranho como o Arroz poder ser doce!

Agora pastilhas com sabor a algodão doce... Sou completamente viciada! São mesmo boas! Acho que não me importava que todos os meus suplementos "star trékicos" soubessem todos a algodão doce.

Mas se quiseres, André, eu posso partilhar o bunker contigo: se tu és perseguido pelo lobbie dos Vegetarianos, eu, após o meu mais recente post, vou ter de me esconder do lobbie dos Cristãos (Vulgo Inquisição...). A renda acaba por sair mais barata e tudo, só me pergunto se há bunkers em pPrtugal e não teremos de mudar de nacionalidade ou de saír do país às escondidas...

Dizem é que a renda dos bunkers no iraque agora anda cara...

 

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