terça-feira, setembro 26, 2006

Vai um desafio, morte?

Pensando de cabeça fria eu faria a seguinte associação de ideias: fumo -> possível fogo -> fogo perto de gasolina -> vapores da gasolina causam explosão. O que acontece é qualquer ser humano do sexo masculino, e alguns do sexo feminino que ostentem um bigode, mal vê fumo a sair do motor do seu carro vai abrir o capô e espreitar lá para dentro para ver o que se passa. A sua acção imediata nunca passará por uma corrida para o local mais afastado possível do carro com medo de uma explosão.

A primeira pergunta que se impõe é se se escreve mocassin, mocassain ou mocassan? A segunda é se se escreve capô ou capot? Também gostava de saber como é que as tailandesas conseguem lançar bo... Bom, isso por agora não interessa. O que interessa é tentar descobrir o gene que faz o homem tentar exibir-se em situações de extremo perigo. O homem tem tendência a fazer actividades perigosas e depois de descobrir que elas são perigosas gosta ainda mais de as praticar.

Foi de certeza um homem que tentou dominar a arte do fogo. A história deve ter-se passado mais ou menos desta forma. O homem estava alegremente a passar por umas árvores, assobiando temas de José Cid, quando reparou que de uma delas emanava uma estranha substância de cores amarelas e vermelhas. Chegou-se para ver o que era e, com curiosidade, tentou imediatamente pegar naquela substância para ir impressionar umas miúdas que viviam na caverna à frente da dele. Sucede que ele acabou por se queimar. Mas em vez de sair dali a correr, por estar com dores lancinantes nas mãos, decidiu tentar arranjar maneira de levar aquilo para casa. Reparem que ele não fazia qualquer ideia do que aquilo era e tentou logo colocá-lo dentro de sua casa. Segundo sei existiram também outros homens que tentaram colocar, no seu lar, leões, substâncias explosivas e plantas, felizmente todos esses foram sujeitos à selecção natural e estão hoje extintos da face da terra.

O gosto pelas actividades perigosas está intrinseco no homem. Fazer coisas como saltar de paraquedas, construir edifícios estupidamente altos, andar de mota sem capacete, saltar ao pé coxinho, fazer escalada, entre muitas outras actividades que já resultaram pelo menos na morte de uma pessoa. Penso que existe uma relação proporcional entre vontade de fazer uma coisa e pessoas que morreram a fazer essa coisa. É por isso que há cada vez mais pessoas a conduzirem carros. É por isso que cada vez mais pessoas tomam antibióticos, para que as bactérias sejam mais resistentes e haja assim mais probabilidade de serem mortos por uma infecção super-resistente.

Está na moda desafiar a morte e enquanto as pessoas não morrerem não vão parar de lançar o desafio à cruel ceifeira.

5 Comments:

At 11:19, Anonymous Anónimo said...

Uma semana sem escrever nada? Será a morte deste blog?

Se assim o for é uma grande perda para o mundo bloguista.

Saudações

 
At 18:36, Anonymous Anónimo said...

Não. Gostamos é de fazer coisas arriscadas...Vamos ver se conseguimos ficar 2 semanas sem escrever nada. Arriscadíssimo:)
Saudações

 
At 20:01, Anonymous Anónimo said...

Atenção aos perigos _jam_ . :)

Saudações

 
At 04:20, Anonymous Anónimo said...

Bom... já estivemos mais longe, é verdade! Fatal como o destino. O bloqueio artístico chega a todos, até ao André!!!

 
At 00:52, Anonymous Anónimo said...

"Forza" para desentupir canos ... alguma coisa para desentupir o bloqueio artistico?
Queremos, pelo menos eu quero, voltar a ler os vossos posts que são estupidos e divertidos :)

Vamos lá voltar á criatividade.

Saudações :)

 

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