sexta-feira, dezembro 23, 2005

Pública e sagrada

Vou abordar um assunto sobre o qual nós, bloggers kassabianos (ou kassabianenses, aceitam-se sugestões), gostamos muito de dissertar. Ou então, só eu é que gosto. Mas “olhe que não, olhe que não...”. Os derradeiros sítios sagrados, que guardam segredos tão ocultos como o “24 horas”. O doce aroma, a limpeza assídua, a bela textura do sabão líquido, as mensagens carregadas de ideias políticos e valores morais...SIM, estou a falar das casas de banho públicas!

Particularmente da W.C. masculina, pois ainda não tive oportunidade de explorar intensivamente a feminina (W.C.! Estou a rir com um grunhido de porco e a colocar o dedo mindinho na orelha).

Não sei se existe há muito tempo, mas reparei neste pormenor há uns meses. Existem cerca de 3 posições para aqueles urinóis que são um bloco branco pregado à parede e não chegam ao chão (não existem estas 3 posições em todas as casas de banho públicas está claro, só nas selectas). Em posição mais baixa, média e mais alta, conforme a altura do homem, o que é deveras interessante. Depois de verificar este facto e de me aperceber que os construtores de urinóis pensavam mesmo no seu público-alvo, e que o urinol não era uma qualquer construção fria e impessoal, sugeri que também fizessem, por exemplo, um design especial para homens que urinam mais para esquerda, mais para o meio, ou mais para a direita, e SURPREENDENTEMENTE não ligaram nenhuma a esta sugestão. É triste eu sei.
E por falar em urinóis, alguém sabe quem os inventou? Já li algures que foi um Imperador Romano, mas não sei bem. Houve algum Urinus Urinoides?
Se pensarmos bem, os urinóis não passam de um luxo. A sanita dá para o gasto. Aliás, ninguém (de bom senso) tem urinóis em casa. Bom há aquele sem-abrigo que até tem, mora ali na estação de Entrecampos, mas são raras as excepções.

Nas casas de banho públicas, pelo menos, nas masculinas, e mais especificamente nos cubículos com a sanita (mas não só), encontramos escritos de vários tipos de correntes, estilos e filosofias de vida. Diria mesmo, que a W.C. pública é uma espécie de templo multicultural. E mais, não só alberga tantos ideais diferentes como também tantas espécies diferentes de seres vivos (bactérias, insectos, etc...). É realmente um grande local de convívio interespecífico.

Para terminar gostaria de referir que sempre me intrigou o conceito de W.C. pública em que se paga a entrada. Mas é pública ou só os que têm 50 cêntimos podem gozar da sua graciosidade?

Nota: A imagem está de acordo com a época. Bem pensado, hun!?

Tenho dito. Saudações.

2 Comments:

At 14:01, Blogger André said...

A imagem é assustadora...
À parte disso, eu sugeria que colocassem os urinóis em calhas e que depois tivesse um sistema semelhante ao dos bancos dos carros, em que pudemos por o urinol à altura que queremos.
Poupava-se o trabalho de termos de andar a exprimentar aquele a que nos adequamos melhor.

 
At 12:03, Anonymous Anónimo said...

lolol : )
sempre me questionei porque é que no sudoeste havia a necessidade viva d colocar os urinois ao ar livre e bem visiveis (se os outros contentores de plastico bem serviam)...claro que cuidava mto melhor das outras casas d banho...mas no fundo nao passa de um luxozito...e de uma certa exposição desnecessaria. Mas vai daí são considerações que importam as meninas e não aos verdadeiros utilizadores do objecto - muito mais desinibidos por natureza - ...portanto!...

 

Enviar um comentário

<< Home