Hoje foi o dia!

Sinceramente penso, não penso, tenho a certeza, de que nunca fui tão afectado por um eclipse como o de hoje!
Por momentos pensei estar a viver o derradeiro apocalipse e muitas das ideias que tinha estavam de facto a tornar-se apocalípticas de tão estúpidas... Dei por mim a fazer buracos em folhas para observar a projecção do eclipse numa outra folha. Mais tarde reparei que tal fenómeno da mãe natureza também era observável na sombra das folhas das árvores (o que muitos cépticos à minha volta pensaram que seria mentira, mas uma hora mais tarde, ido o eclipse, lá se tiveram de render às evidências).
Apesar de todo este entusiasmo no fim ficou-me aquele sabor amargo na boca, como quem bebe um café sem açúcar a seguir a comer uma laranja que está descascada e cortada à mais de 48h (que imagem tão agradável). Este gostinho foi devido à pouca qualidade do eclipse. Esperava que se fosse tornar num anel perfeito e que fosse ficar de noite (apesar de saber de antemão que tal não iria acontecer em Lisboa, ainda esperei que Deus desse uma prenda aos lisboetas). Qual não é o meu espanto, quando vejo que o apogeu do eclipse acaba por ser uma mísera tentativa de unha que nem sequer estava cortada e bem arranjada.
Resumo este eclipse a duas palavras: fra-qui-nho.