O futuro da comédia é o presente (de Natal)

"Epah, vocês realmente, vocês vão ser os novos Gato Fedorento!", "Tu és tão engraçado, tu para mim és o Herman do amanhã!" ou "Essa 'tá boa! Sem dúvida que virás a ser um Alberto João Jardim..." são algumas das frases que se houvem por aí quando algum tipo diz uma graçola.

Porquê que há-de haver sempre comparações? Num comentário a um post anterior, a Sofia disse que tinhamos muita graça e que poderíamos vir a ser os novos Gato Fedorento. Três pontos a referir:

Ponto nº1 - A Sofia, ao contrário das pessoas do anúncio não veio ao sítio certo. Para ela o sítio certo pode ser ou uma escola primária para aprender a ler, e aí perceber que este blog não é só as imagens extremamente cómicas mas também tem uns textos anexados que não têm muita piada, ou a um oculista porque a graduação dela já não é a mais indicada (e parece que há estudos feitos que comprovam que ler este blog completamente desfocado tem alguma piada, embora sejam estudos extremamente recentes e por isso ainda de veracidade não comprovada).

Ponto nº2 - Se viessemos a ser os novos Gato Fedorento, isto implicaria que cada um de nós fosse um deles. Sendo assim, e visto que não me enquandro em mais nenhuma das personalidades parece que vou ter de ser o Zé Diogo Quintela! Tudo bem, mas o meu problema é ter de fazer vários skectches em tronco nú, no inverno está frio, e eu sou uma pessoa que se resfria muito facilmente...

Ponto nº3 - Reforçam-se as ideias dos pontos 1 e 2.

É chato para mim continuar a ouvir "Ah, tu ainda vais ser um Joaquim de Almeida, com todo esse jeito que tens para a comédia!" e acreditem que não me apetece passar o resto da minha carreira a fazer papéis de sul americanos irritados com a vida. Estas comparações por vezes podem ser muito desagradáveis, por exemplo, para uma pessoa que cante bem, compará-lo ao Freddy Mercury é a mesma coisa que estar a dizer, tu ainda vais ser um homossexual que morre com SIDA.

Por tudo isto, parem de ser chatos, não queiram vir a ser o Manuel Luis Goucha!

P.S. - Para a semana vou estar de férias, vou fazer exactamente o que a Area diz ser impossível, que é ir para um destino paradisíaco enquanto se anda na faculdade. Uma ligeira adenda, o material de bioquímica acompanhar-me-á nesta viagem, visto que vou ter uma frequência quando chegar. Como tal, se virem aí pelas praias um parolo com o calhamaço de folhas... não sou eu, porque não vou estar em Portugal. Ah Ah Ah!