A primeira pessoa!
Porquê? Porquê? Porquê? Por que respondemos à pergunta "Quem é?" com o pronome pessoal "Eu!"? Ou se for um grupo maior "Nós!"...
Que poderosa força interior nos impele a quando tocamos uma campainha, em que a outra pessoa não nos consegue ver e muitas vezes nos ouve com dificuldade, a responder "Eu" em resposta à interrogação de quem somos? Pior ainda, porque é que a outra pessoa abre sempre a porta? Eu aposto que isto é o abracadabra dos tempos de hoje, qualquer porta se abre perante o poder de um pronome pessoal na primeira pessoa. Aliás "abracadabra" deve mesmo ser "eu" numa qualquer língua antiga. O verbo ser nessa língua era qualquer coisa como:
Abracadabra sou
Tulitabriti és
Broquicitá é
Nonipratico somos
Bribriter sois
Nortiquá são
(fãs do Kassabian que estejam por aí espalhados, se me abordarem na rua e conseguirem reproduzir este verbo ganharão um espectacular prémio!)
Os publiciteiros (não estou certo que esta palavra exista, mas quero-me referir às pessoas que colocam publicidade nas nossas caixas de correio) têm por hábito responder "publicidade" à famosa pergunta feita pelo intercomunicador... Nada mais errado! Ninguém lhes abrirá a porta com uma resposta dessas! Respondam "Eu!" e vão ver não só a porta que está à vossa frente a abrir-se, mas também as portas de todos os prédios num raio de 89 metros.
Portanto da próxima vez que tocarem à minha campainha respondam "Sou eu, o André!" (onde se lê André deve ouvir-se o vosso nome, André foi usado a título ilustrativo e é uma marca registada com os direitos de cópia assegurados). Agora esperem só um momento que tocaram ali à porta... ... ... Sabem quem era? Era ele...
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