É já amanhã...
...ou talvez depois de amanhã, será certamente depois de alguém ler este post e se encontrar comigo, que vou ser apedrejado. Vocês podem dizer "Que exagero... Apedrejado? Porquê?", dizem isso porque certamente não leram as linhas que se seguem. E se estão a dizer isso em voz alta certamente deviam procurar um médico, o que vocês deviam estar a fazer era a pensar nisso, não a dizer! Mas pronto, vamos ao que interessa... Antes de lerem isto devo avisar que este post vai falar de pupu com elevado detalhe, atenção às pessoas mais facilmente impressionáveis.
É oficial, eu odeio animais! Mais especificamente cães! O cão é o animal que toda a gente diz ser muito inteligente e o melhor amigo do homem. Ora se ele fosse assim tão inteligente não perseguiria a sua própria cauda durante horas ou daria quatro voltas antes de se deitar numa cama. E se ele fosse o melhor amigo do homem não faria as suas necessidades em pleno passeio, local onde o seu melhor amigo circula... Dirigia-se a uma casa de banho, sentava-se na sanita e quando acabasse limpava o rabinho e puxava o autoclismo.
As pessoas que acham o cão o seu melhor amigo de certeza que nunca pisaram o cócó do animal. Primeiro, aquilo cheira mesmo mal. Segundo, porra! que o cheiro que aquilo deita é mesmo nojento!. Terceiro, tirar aquilo do sapato é trabalho para o Tom Cruise numa "Missão Impossível IV". Porque quando pisamos o dejecto do animal ficamos sempre irritados e a questionar-nos "Como raio é que vou tirar isto do meu sapato?". A primeira opção passa pelo raspar a sola do sapato em arestas. No entanto isto nunca é suficiente para retirar toda a matéria fecal do sapato e vai chegar a hora em que vamos ter de ser nós próprios a retirar aquilo do sapato. A minha técnica envolve um palito, uma máscara por causa do cheiro, e muita dedicação. É curioso que naqueles programas de dicas para a casa vemos como tirar nódoas de vinho tinto de uma camisa, como descolar pastilhas de uma t-shirt, mas nunca nos ensinaram como retirar cócó de cão de um sapato.
Seria de pensar que pisar bosta de cão (e estão neste momento a esgotar-se os termos agradáveis, se é que os há, para denominar aquilo que sai do ânus do cão) era suficiente para uma pessoa deixar de gostar de cães. No fundo, se eu pisar o cócó de um amigo meu, é certo que deixo de lhe falar. Mas com os cães as pessoas parecem ser mais tolerantes. A pessoa que está hoje a retirar o, peço desculpa, cagalhoto do cão da sola do seu sapato, é a mesma que veremos amanhã a dizer a um dono de um Labrador Retriever, "Ai tão giro... Anda cá meu lindo!", esta segunda frase não para o dono, mas para o cão.
É essencialmente pela porcaria que os cães fazem que eu os odeio. Quanto a outros animais, por exemplo, o cavalo, também não gosto! Cheiram mal e são feios! Sim, são feios, ou se eu vos chamar cara-de-cavalo ficam a pensar que isso era um elogio?
Resta-me terminar com uma frase que li há algum tempo atrás e que é uma das minhas frase preferidas de todos os tempos. Peço desculpa de ser em inglês, mas nunca arranjei maneira de a traduzir sem que ela perca o sentido do trocadilho:
Outside the dog, a book is the man's best friend! Inside the dog, it's too dark too read!
3 Comments:
Não haja dúvida que tu eras perito em trazer o "merdol" para casa nos ténis... e lá estava a mãezinha a tratar do infeliz acontecimento...
pior que o melhor amigo do homem fazer coco nos passeios, é o melhor amigo do cão não ser amigo dele mesmo e não apanhar o coco que o seu amigo fez!
muito bem dito (escrito)
JaM
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